Sou APAIXONADA por livros ilustrados sobre as Grandes Civilizações da Antiguidade ou temas afins da História. Não posso vê um que já quero, se estiver a um preço acessível em um sebo, loja virtual ou livraria já compro. Tenho uma pequena coleção desse tipo de publicação que se depender de mim estará constantemente em crescimento. E "Grandes Civilizações: China" e "O Mais Belo Livro das Pirâmides" são exatamente esse tipo de publicação que me alegra os olhos, o paladar e o colecionismo.
"Grande Civilizações: China (1400 a.C - 1911 d.C.)" é escrito pela professora especialista em Cultura Chinesa Beth McKillop e ilustrado por Rob Shone. O que significa que apesar de ser um resumo do resumo da História da China é bem escrito e lindamente ilustrado. Me senti em um grande passeio pela história da China passando pelo seu comecinho com direito a citação do "homo erectus pekinensis", hominídeo descoberto na caverna de Zhoukoudian até a a chegada do socialismo, passando pela colonização inglesa.
Apesar de ser um livro antigo, foi publicado em 1888, gostei muito da leitura passando forma como a história chinesa foi periodizada, os textinhos sobre cada período, os quadros cronológicos e vários textinho abordando detalhes culturais como o Confucionismo , o Taoísmo, o Budismo, a forma como a escrita chinesa foi sendo construída, a fundição do bronze, os sepultamentos, a veneração dos antepassados, a construção da Grande Muralha e a medicina tradicional.
Apesar de faltar informações obre o século XX, esse é aquele livro que nos da vontade de saber mais sobre a China antes da Inglaterra ter feito suas ofensivas imperialista, do ópio, do Imperialismo Japonês... e tudo mais. Trata-se de uma história de três mil anos com muitos personagens, reviravoltas, encantamentos e tudo mais. Vou continuar em busca de publicações diversas sobre a China tanto na Antiguidade quanto na Atualidade.
Comprei "O Mais Belo Livro das Pirâmides" da historiadora Anne Millard não só por colecionismo, mas também por ENCANTAMENTO. Que livro LINDO! Valerie Wright, responsável pela edição de arte, brilhou muito nesse trabalho.
A Anne Millard tem milhares de publicações sobre as Civilizações da Antiguidade Clássica e do Oriente Próximo, especialmente os Egípcios e aqui ela explorou muito a grandiosa Civilização do Nilo. Abordando a religiosidade, a história e a forma como eles construíram não só as pirâmides como seus grandes monumentos.
Que experiência rica para os olhos é a leitura desse livro. E como ele é grandalhão ainda deu para levar para a sala de aula e usar para ilustrar minhas aulas tentando ajudar a imaginação histórica dos meus alunos. A única critica que faço é que achei os egípcios muito clarinhos para um povo que habitou a Região Norte da África.
Sabemos que o tom de pele da Civilização Egípcia é um objeto de disputa política entre intelectuais europeus que ao longo do século XIX embranqueceram as Civilizações do Oriente Próximo e o Movimento Negro que destaca o peso da África na construção desses povos e muito especialmente o fato do Egito está localizado no Norte da África e não no Norte da Europa. Sou sou do time que gosta de frisar que os povos do Oriente e os Egípcios não eram brancos, loiros e de olhos azuis, esses são os vikings, os nórdicos. Me incomodou a tonalidade da pele dos egípcios nesse livro e discuti isso com meus estudantes, embora sem muito aprofundamento.
Além das pirâmides egípcias, o livro aborda as construídas pelas Civilizações da América anterior as invasões europeias. Pela primeira vez eu tive um livro grande, com grandes imagens para trabalhar os Incas, Maias e Astecas com meus e minhas estudantes, foi bem bom e por isso passarei um pano para a Anne Millard.
Aqui encontramos as pirâmides das cidades Maias, especialmente Chichén Itzá, a cidade flutuante de Tenochtitlán, que despertou a curiosidade e atenção dos 6º anos, e as construções Incas em Cusco.
Além das civilizações mais famosas da América antes das invasões e conquistas dos europeus Anne Millard trouxe outros povos como os Mochicas e um breve passeio por outras construções piramidais pelo mundo o Dhammayangyi construído pelo rei Narathu, o Zigurate de Ur na Suméria e as pirâmides da atualidade como a do Louvre. O glossário de termos usados no livro também merece uma citação pois é belíssimo.
A critica que faço, para além de egípcios bem brancos, é que a autora dedicou muitas páginas ao Egito nessa publicação e acabou espremendo o espaço para as Civilizações da América e reduzindo Suméria, Núbia, Babilônia e Índia a breves citações.
nossa, esses livros tem cheiro de infância. beijos, pedrita
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