Por esses dias a Tina, que conheci através do Blog da Tina, me contou através das redes sociais a respeito do filme-documentário "Jonas e o Circo Sem Lona" em cartaz no Cinema São Luiz. Obviamente não me permitir perder a chance de ir e, como a experiencia foi significativa, também não me permito deixar de fazer um registro.
O documentário aborda como Jonas, um adolescente cuja família nasceu e cresceu no circo, porém decidiu deixar a lona e seguir outro rumo. Ele simplesmente não se adapta a essa vida sem circo, então, estimulado por seu desejo e apoiado pela avô, decide montar um circo no quintal de casa junto com seu grupo de amigos.
Ao longo do filme nós acompanhamos a experiencia mágica do Jonas de criar e administrar seu circo no quintal em meio ao banho de água fria do cotidiano vivenciado no subúrbio de uma grande cidade colonial.
Nos subúrbios as mães conscienciosas como a do nosso garoto sabem que crianças não podem ser entregues unicamente ao luxo de viver seus sonhos, elas precisam bem cedo encarar as realidades da vida, como por exemplo a necessidade urgente de obter o máximo de educação escolar possível. Toda a rotina vivenciada pelo menino e sua família me foi muito familiar, eu me senti em casa na verdade.
Nos subúrbios as mães conscienciosas como a do nosso garoto sabem que crianças não podem ser entregues unicamente ao luxo de viver seus sonhos, elas precisam bem cedo encarar as realidades da vida, como por exemplo a necessidade urgente de obter o máximo de educação escolar possível. Toda a rotina vivenciada pelo menino e sua família me foi muito familiar, eu me senti em casa na verdade.
É comovente acompanhar a luta da mãe do garoto para prover sua família e manter Jonas na escola regular. Ela parece está constantemente nadando contra a maré dos desejos dela e dele, mas permanece firme na direção que considera a melhor possível para ele.
É desamparador perceber o quão infeliz o menino é na escola que não desperta nele interesse algum. A educação escolar para ele é um grande blá blá blá sem utilidade muito clara e, naturalmente, ele vira as costas para a escola. Aliás, acho compreensível uma criança/adolescente não compreender a importância da escola ou o quanto ter acesso a ela é um direito duramente conquistado e não uma imposição difícil de suportar. Porém, é muito irritante ver educadores não compreenderem a importância de crianças como Jonas para a escola e simplesmente optarem por carimbar ele com um "não é exemplo para ser seguido".
É muito forte o momento no qual uma das educadoras da escola convida a cineasta para ter uma conversa sobre o Jonas. É triste como o menino por não ter interesse pelos conteúdos escolares é desqualificado por ela. Também acho pesado sobrecarregar adolescente ou crianças com bom desempenho escolar como "exemplos a serem seguidos".
Sempre penso que a crianças e adolescentes deviam ter liberdade para SER e PONTO. Unicamente SER já devia bastar e Jonas É. Só isso já faz dele um personagem e tanto.
O filme está em cartaz até 29 de março nas principais capitais!
Que coisa boa que conseguiste ver!Aqui ainda não consegui! Pena, perco eu,bem sei!!! beijos, chica
ResponderExcluirPandora, estou escrevendo aqui com os olhos cheios d'água.
ResponderExcluirO filme, infelizmente não consegui assistir por estar numa cidade um tanto distante da capital. Mas sei que ele me chegará.
Claro, emocionou-me a história e o teu olhar, de uma pessoa comprometida, envolvida e apaixonada pela educação, pela criança.
Porém, emocionou-me mais ainda ver essa grande lona de alegrias que os blogs proporcionam. Vínculos que foram se criando e se enlaçando, permitindo-nos de gota em gota ir conhecendo uma característica aqui, um sentimento ali, e as partilhas vão acontecendo e vão agregando valores, conhecimento, sabedoria, reflexões a todos.
Um beijo para você, outro para Tina!
Oi, Jaci!
ResponderExcluirEsse filme deve ser lindo demais!
Mirmã, olha.. confesso que na época da escola eu também achava um saco o modo de educar, mas fazer o que né?
Beijos
Balaio de Babados
Sorteio Três Anos de Historiar
Ele É mesmo e pode ser reticências
ResponderExcluirComo toda criança e adolescente
E vc É uma professora sementeira
Paula uma cineasta sementeira
Terras boas que mudam o mundo e são quintal do meu mundo
Já até imagino minha antiga professora de didática passando esse filme. Ela adorava falar de como a escola não aproveita o cidadão como ele é.
ResponderExcluirAcho a escola uma época complicada: enquanto alunos a gente não dá a devida importância, e não sei até onde os professores - os meus, por exemplo, gostavam, em sua maioria, de alunos mudos. Não importava que não fizessem a lição, não bagunçando estava de bom tamanho - conseguem motivar os que estão desencantados. E olha que eu, mesmo nerd, após dez anos de estudo, já nos tempos de colegial, não via a hora de aquilo tudo acabar. Hoje entendo o quanto perdi e sofri para correr atrás do prejuízo em épocas de vestibular. Mas eu aluno queria era fugir dali.
ResponderExcluirSinto falta de opções culturais mais consistentes, esse é uma das desvantagens em se viver no interior.
Olá, Pandora.
ResponderExcluirEsse filme deve ser muito lindo. Pena que por aqui não passa hehe. Achei muito interessante o tema abordado. Só vamos conhecer o valor da escola quando nos tornamos adultos, quando crianças é tudo uma chatice mesmo. E concordo com você sobre rotular as crianças e adolescentes como exemplos a serem ou não seguidos. É muito para uma criança carregar.
Prefácio