Reza o dicionário que Agreste é uma palavra que vem do latim agrēstis podendo ser utilizada como um adjetivo de dois gêneros e também um substantivo masculino. O adjetivo se refere aos campos; silvestre, selvagens ou o que contraria convenções citadinas; não cultivado, rústico, caracterizado pela aspereza, rigor, grosseria. Já o substantivo masculino se trata de uma zona fitogeográfica do Nordeste do Brasil, próxima ao litoral, entre a mata e a caatinga, de solo pedregoso e vegetação xerófila.
Nesses dias de Carnaval a Região fitogeográfica Agreste situada no estado de Pernambuco foi meu destino e pelo muito que amo essas terras de campos áridos, rústicos, ásperos e rigorosos sempre fico tentada a não deixar esses momentos passarem sem um registro.
Não é que eu não ame Recife, eu amo, mas além do litoral, longe da influência do mar tudo é tão diferente... Da forma como o sol esquenta nossas cabeças ao chão no qual pisamos, tudo é outro mundo. Um mundo mais solido no qual a areia da lugar a rocha e as pessoas parecer ser mais fortes e mais resilientes feitas de uma fibra mais difícil de ser romper, uma fibra agreste.
É difícil até escolher palavras para falar das pessoas do Agreste e do Sertão, pois vivendo no limite entre o muito pouco e o quase nada elas conseguem receber quem chega com uma generosidade difícil de acreditar.
Atualmente o interior do Nordeste enfrenta talvez a maior seca dos últimos cinquenta anos... É uma situação terrível, não só as plantações minguam como o gado seca ao sol. Ao longo das estradas não é raro encontrar carcaças de bois e bezerros secando a míngua. Qualquer que seja a crise que os habitantes da cidade passem nos últimos tempos me parece que lá é pior e mais difícil, mas incapaz de tirar a capacidade dessas pessoas de acolher quem chega com sorrisos, abraços e histórias.
Mais uma vez minhas andanças por esse mundo do Agreste beirando o Sertão foi repleta de aprendizados, abraços, sorrisos e bons momentos... Só agora mesmo, repassando as lembranças das nossas aventuras, analisando os momentos, não encontrando palavras adequadas para descrever as coisas e me perguntando o quanto esse post vai ficar sem um sentido claro, me bate vontade de chorar...
O Agreste, com sua natureza árida e pessoas fortes, consegue ser didático e lúdico ao mesmo tempo. São das coisas que abraçam enquanto ensinam sobre a importância de não cair e desmontar ou sobre como vez ou outras nós precisamos inventar truques para enganar a dor enquanto esperamos a próxima chuva no meio da maior seca de nossa história.
Que lindas fotos e realmente uma visão bem diferente por lá! E aprender com a natureza em suas diferentes apresentações é válido sempre! Gostei de ver! bjs, tudo de bom,chica
ResponderExcluirApesar de toda aspereza e crises de água, na brava seca, ser gentil e esperançosos sempre. Conheço bem essa realidade. Passa no meu blog e vem nos ajudar num projeto literário
ResponderExcluirnossa, deve ter sido uma viagem interessante. adoraria fazê-la eu amei o filme viajo porque preciso volto porque te amo que viaja por essas paragens. eu não conheço pernambuco. nem a capital. beijos, pedrita
ResponderExcluirLugar lindo de povo humilde e trabalhador. Viajei poucas vezes para o interior do Nordeste, mas amei todas as experiências.
ResponderExcluirMaravilhosas fotos.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de março. Serão três livros como prêmio, sendo dois autografados.
Olá, Pandora.
ResponderExcluirAmei a postagem. A Olivia lá do blog que gosta de viajar e conhecer lugares novos. Eu sou mais de fica em casa e também já morro de calor por aqui no sudeste, imagine lá então hehe. As fotos ficaram ótimas.
Prefácio
Adorei saber e ver pelas tuas fotografias esse belo e intenso substantivo: agreste, que só em livros e televisão conheço.
ResponderExcluirTuas palavras para descrever esse povo tão sofrido e tão guerreiro, emocionam.
Beijo!
Oi, Jaci!
ResponderExcluirAdorei suas fotos! Ficaram lindas!
Eu até curto algumas vezes ir pro interior, mas sou muito urbana pra gostar de verdade hahhahahah
Seu texto está lindo, como sempre.
Beijos
Balaio de Babados
Sorteio Literário de Carnaval
Resenha premiada Paixão e Crime
Sorteio Três Anos de Historiar
Senti uma melancolia bonita nesse texto. E você ainda não me contou o que aconteceu por lá kkkk quero detalhes, mulé!
ResponderExcluirMenina, seu "carnaval" sem dúvidas foi repleto de aprendizagem e coisas boas.
ResponderExcluirMe senti em sintonia enquanto lia, e bateu vontade de conhecer tbm, de colher esse aprendizado, de senti o sol queimando na pele kkkk (apesar de que aqui onde morro tbm é quente).
Beijos
http://recolhendopalavras.blogspot.com.br
Que bacana. Sou aqui da pontinha sul do brasil, e nunca fui tão ai para cima do país. Acho tudo muito lindo. A cultura, os lugares.. quero muito conhecer também :)
ResponderExcluirhttp://www.vivendosentimentos.com.br
Eita, que viagem boa! E que bom que, além da diversão, vc tb tirou um aprendizado com a experiência. Show!
ResponderExcluir=)
Suelen Mattos
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ROMANTIC GIRL
Oi Jaci! Que experiência grandiosa poder fazer viagens assim e descobrir as coisas e pessoas da terra...Imagino que as coisas do sertão não são mesmo explicáveis, devem ser sentidas, talvez seja por isso que sofrem tanto por lá, falta o olhar afetuoso e caridoso, não é mesmo?
ResponderExcluirLinda postagem, beijos!
Muito linda sua reflexão sobre uma das regiões mais carentes do Brasil e, talvez por isso mesmo, tão cheia de calor humano, verdade e sobretudo, generosidade. Sem falar nas fotos que ficaram maravilhosas. Parabéns.
ResponderExcluirhttp://verdadesdeumser.com.br
Amiga. Como é lindo ler você descrevendo esta terra, meu povo, nossas memórias de forma tão poética... Emocionante! Obrigada por topar estas aventuras comigo... É sempre bom ter você comigo para me ensinar a entender e aprender com a vida. Amo vc...lindas palavras!
ResponderExcluirVoltei pra dizer que acabam de entrar por lá teus céus! Obrigadão, lindo fds!
ResponderExcluirPodes ver aqui:
http://ceuepalavras.blogspot.com.br/2017/06/ceus-da-pandora.html
bjs, chica