sexta-feira, 1 de julho de 2011

Contando uma história...



Quando contemplei o infinito negror de teus olhos foi como se tivesse cruzado uma esquina, realmente foi 'como se eu fosse pra um Vietnã lutar por algo que não será meu'. Como uma mariposa, não resisti a tentação de me aproximar da luz, não resistir e me aproximei um pouco mais, queria entender! Isso realmente foi uma temeridade!

Mas, temerária ou não, em meio as minhas buscas por respostas, acabei encontrando um gigante, um monstro, um titã... Prometeu roubando o fogo para socorrer os homens, Atlas segurando os céus, Epimeteu se encantando com Pandora e esquecendo que os deuses não costumam oferecer presentes inocentes? Ou será que vi apenas um homem e me encantei com essa visão?

Agora, nesse momento em que fito o por do Sol, o azul do céu e conto os dias que temos passado juntos, olhando para você começo a ponderar sobre o quanto tenho desejado que o relógio que marca tuas horas, dias e anos voltasse, que você fosse menino, que eu pudesse te colocar no colo e entre toques, cheiros e segredos trazer novamente um sorriso ao teu rosto.

Aposto, sem medo de perder, que não seria difícil. No melhor da festa eu apertaria um pouco mais o abraço e seria apenas a senha para você pular do meu colo, desejoso de espaço, e voltaria a viver, a ser feliz.

É tão mais fácil quando os  homens são meninos... Sempre acho trágico que você não seja nem menino nem titã e que sendo apenas homem não esteja entre o leque de minhas possibilidades te trazer ao colo.

Engraçado, invoquei tantos seres mitológicos para falar de ti, acabei recordando das lendas africanas falando a respeito de homens que açoitados pelo vento, chuva, morte e dor se transformaram em divindades a quem até hoje se presta culto.

Imagino eu que se dor for a matéria-prima da qual são feitos os deuses, qualquer dia desses você vira um deles! E, enquanto vejo o azul do céu ceder lugar as cores do entardecer, me perco ainda mais em pensamentos cogitando qual seria a comida certa a oferecer para a divindade que você seria. Qual seria o preço a ser pago para receber o teu axé, essa força que esses deuses oferecem aos que tem fé?

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P.S. [1]: Quando Rafaela era criança eu costumava contar histórias para ela dormir... História que eu lia,  ouvia,  vivia ou inventava... Não sei se ela realmente gostava, sei que funcionava e ela dormia que era uma beleza... Como muita gente que gosta de ler, as vezes eu tinha vontade de escrever minhas histórias, dizem que vontade dá e passa, mas dessa vez não passou... Eu suspirei mais alto do que esperava e não resisto (graças ao apoio da Meire) a tentação de gravar aqui esse suspiro!
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P.S. [2]: Escrever isso foi como tirar um peso enorme das minhas costas...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

É brincando que se aprende!

Como eu sou uma faladeira descompensada, desde que me entendo por gente escuto minha mãe dizendo que devo ter cuidado com o que falo, pesar minhas palavras, "pensar para falar" e não "falar para pensar".

Ontem no meio da madrugada em meio aos mares da blogosfera dei de cara com o texto da Meire, lá no My Crystal Visions,  que me lembrou as palavras de minha mãe, pensei que se tratava de uma coisa e na verdade era outra... Não resisti e pedi a dona do texto permissão para traze-lo para minha caixita.

Obrigada Meire, você me fez uma vez mais concordar com a máxima que diz: "é brincando que se aprende"!


Brincando de Amarelinha

Ouça o que você diz. Escolha bem suas palavras. Você brinca de Amarelinha e as palavras são pedras atiradas que podem te levar ao CÉU ou ao INFERNO. Está em suas mãos escolher se vai brincar com uma pedra ou uma flor. E é você quem atira, portanto a responsabilidade é toda sua. E depois de atirar o que quer que seja você tem que pular no quadrado que a atirou e aí vamos ver se vai cambalear ou pular num quadrado diferente. Falar é isso, depois de dita a palavra não volta a fita e se atirar flores a resposta será flores, mas se atirou pedras, não espere que receba flores, pois não irá acontecer. Quando as palavras saem do pensamento para a boca e daí para fora num sopro temos  que sustentar o que falamos, então vemos o quão verdadeira é uma pessoa, pois o importante depois da palavra atirada é a atitude tomada. Dizem que atitude vale mais que as ditas cujas, mas tomar cuidado com o que fala também ajuda a mostrar quem você realmente é.

As palavras que saem da sua boca refletem o que corre dentro de ti, como pulsa os elementos em sua terna ou obscura imensidão interior.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

6 Semelhanças entre a pós-graduação e o Jardim de Infância: quase tudo verdade!!!


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P.S.: Só acrescentaria que as crianças não comem biscoito no almoço e sim uma refeição balanceada prescrita por uma nutricionista, já o pós-graduando... E que eu não recorto e colo nem para o blog que dirá para trabalhos acadêmicos... E o resto, é bem verdadeiro!!!

 Saudades da Educação Infantil!!!

sábado, 25 de junho de 2011

Sobre minha presunção!

Se não fosse crente seria gótica rsrs...
Morte, é um personagens da história em quadrinhos Sandman, bem, essa menina sorridente do cabelo grande e trajes meio gótico, dispensa apresentações néh?! O que falar sobre ela que o nome em si já não diga???

Deixa eu vê??? Que ela surgiu no volume 8 de Sandman, jogou um pão nele e que há quem diga que a partir desse momento Sandman começou a virar essa história incrível que acabou se tornando? Blá... blá... blá... Outras pessoas melhores que eu já falaram isso, é só colocar no Google que se fica sabendo milhares de detalhes... E não foi por isso que eu comecei esse post falando nela.


Eu comecei esse post falando nesse personagem porque a Morte é minha personagem preferida em toda a obra de Gaiman, tenho a impressão de que entre todos os Perpétuos ela é a que  mais está se encontrando com as pessoas, seja na paz ou na guerra, no inverno ou no verão, no começo da história ou no fim dela. O último grande encontro de todas as pessoas é com ela, o último suspiro, lágrima, sorriso, prece ou desejo vão ser compartilhados com essa pequena e, apesar do peso de suas funções, ela permanece firme e sorridente. A Morte é um personagem que conserva um sorriso no rosto e ar de menina travessa, diz o que pensa, não tem medo de nada e eu tenho a leve impressão que ela gosta demais das pessoas.

Eu também gosto de pessoas, gosto de está com pessoas, de conversar com pessoas, ouvir suas histórias,  entender seus caminhos, sorrir com suas graças, chorar com suas tristezas... Ajudar quando possível, conviver, sei lá, eu sou desagradavelmente fã de gente.

Gosto de criança pequena para colocar no braço e sentir aquele cheiro delicioso, aquela pele gostosa, aquela traquinagem saudável misturada a inteligência ou nada disso, porque nenhuma criança é igual a outra e tem criança que é de paz, é de ficar quieta, é de conversar papos existenciais e fazer perguntas que os filósofos, cientistas e teólogos fazem a milênios sem sucesso.


Gosto de papear com pessoas idosas que viveram em outros tempos, que possuem outros saberes, que sentem a passagem das horas de outras formas, que olha a cidade, a vida, os homens por cima como quem já viu, viveu e creu e não inveja a ninguém... Ou mesmo aquelas senhoras idosas ranzinzas cheia de dores que reclamam do filho, do marido, da passagem do tempo da juventude que se foi.... Ou ainda aquelas senhoras idosas que tem certeza absoluta que a vida não começa depois dos 50, a vida começa AGORA e estão ai, melhor do que eu... Gosto de papear com esse povo que passou dos 60... 70... 80...


Nem preciso dizer que gosto de adolescente, dos meus pareceiros e pareceiras... do clube das mulheres casadas... do clube dos maridos das amigas, especialmente os que me chamam para assistir jogo de futebol, mesmo quando eles torcem pelo Internacional, Cruzeiro ou Sport, porque bem, ninguém é perfeito!

E na verdade é ai que mora o titulo do post, gostar de gente é sempre um risco, uma temeridade... Ultimamente eu venho pesando meus valores, minhas construções afetivas, minhas idas e vindas, minhas histórias repetidas com as pessoas, o tanto que eu fui usada, machucada e derivativos... Começo a pensar que seria melhor seguir o exemplo de Júnior e começar a gostar de Betas.


Ou seguir o de Aline e começar a curtir mais cachorros que gente!

Rambo: eterna criança de Aline!
Eu duvido que Rambo maltrate Aline afectivamente algum dia ou que as betas de Júnior sejam cruéis com ele, mesmo sem querer querendo... Ah, mais eu duvido mesmo!!! E nesse ritmo eu começo até a entender porque Rafaela comprimenta primeira Pi e depois as outras pessoas da casa. Começo a pensar se isso é absurdo ou simplesmente é um reconhecimento a fidelidade canina da cachorra dos zoião!

A cara de Pi!
Eu devia aprender com meus irmão menores a ser menos tola e presumida... Começo a pensar que meu pecado capital é a presunção... Eu presumo demais sobre as pessoas, que elas são legais, que nada de ruim vai acontecer, que não vão me pisar, que eu não vou pisar e me arrepender em seguida... Que não vai haver abuso, excesso, maldade, uso... É tão ruim se sentir usada... Isso está se transformando em uma coisa tão comum em minha vida... Já tá ficando rotineiro de um jeito que eu começo a pensar onde vou parar nesse ritmo!

O pior é que a essa altura do campeonato eu já convivi com tanta gente que algumas coisas já consigo prever, sei onde vai dar, mas, e talvez esse MAS seja minha maior presunção, eu sempre penso que vou aguentar, que sei que é assim mesmo... que não vou sofrer, que não vou chorar... que vou consegui manter o sorriso no rosto, o ar amigo... e seguir em frente!

Achar que vai dar para suportar talvez seja a maior das minhas presunções idiotas, mais pouca idiotice para mim é bobagem néh!!! Não dá para sorrir sempre. Nem todas as pessoas valem a pena o estrago. Eu não suporto mais ser quebrada desse jeito.

Estou cansada!

Começo a pensar seriamente que entre gostar de cachorros, peixes ou gente, o estúpido é gostar de gente, talvez os meus irmãos estejam certos!
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Ainda hoje eu li um texto da Cris, lá do Cafofo, falando sobre blogueiros malas, depois que escrevi esse post eu pensei: realmente eu sou uma mala... Esse post ficou enoooorrrrmeeeeeee.... Eu fiz o blog de diário de novo e sim... sou irremediavelmente mala! kkkkkkkk....