segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Só a titulo de registro...

Só a titulo de registro, hoje me aconteceu uma coisa inusitada. E eu contar a história a titulo de registro mesmo... pq ainda estou entre assustada e emocionada!!

Como o fim de ano trás consigo inúmeras correrias, a confraternização da Escola Bíblica Dominical ocorreu hoje (16/01), sim a despeito do que se possa pensar ao ler sobre igrejas católicas e derivativos por aqui, só  para constar: eu sou evangélica e professora da escola dominical táh! E pois é, professores reunidos, mesa posta para o almoço começa a famigerada dinâmica...

Dinâmica de crente já sabe: tem que ter Bíblia, abre Bíblia, fecha Bíblia, corre pra procurar pista, acha pista, vai prá lá, vai prá cá, eis que alguém encontra no meio da dinâmica um vasinho amarelo de flores amarelas, todo mundo acha fofo, ainda mais que as flores tem cheirinho... e todo mundo começa "é de quem? é de quem?".

E ai a irmã começa a desfilar as qualidades da herdeira do presente... a começar por "queremos homenagear nossa professora mais antiga", até ai eu estava no meio do frenesi das outras professoras doidinhas pra ganhar sabendo que não tinha chance... até que no final Lúcia emendou dizendo que a homenageada da tarde era eu.

Como assim? Eu sou a professora mais antiga da Escola Dominical de minha igreja local?

Pois é! Fizemos as contas (na verdade, eu que fiz antes de ir receber, matando Lucia de raiva!), quem foi, quem venho... desde 2004, contando, somando, subtraindo, Lúcia estava certa, eu sou a mais antiga, não a mais velha, mas a mais antiga e fui homenageada como tal. Eu sei, é simplesmente assustador! Só a titulo de registro: foi uma experiência assustadora!!! Pelo amor de Deus, o próximo almoço eu participo da organização só para assegurar que não hajam homenagens estranhas...

Ah, o templo no qual congrego é relativamente novo, não tem mais de 10 anos, ele é uma extensão do antigo onde eu congreguei desde pequerrucha, quando ele nasceu migrei e congrego nele desde o comecinho por isso alguém aos 24 é o docente mais antigo de uma escola dominical, antigo não significa nem mais velho,  nem melhor, nem mais experiente, mas ainda assim é muito estranho. E escrever sobre isso está sendo mais assustador do que viver isso, porém acho que o registro vale a pena!



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Entre as Ciências Exactas...

Dizem que pessoas que gostam de ciências humanas, tipo História, de literatura e derivativos não são muito chegadas nas ciências exactas... Obviamente que esse dito tem lá sua razão de ser, a disputa entre os cientistas naturais e os cientistas ligados as humanidades é antiga, data de séculos atrás.

Os cientistas da natureza, físicos, químicos e derivativos em geral não gostam de admitir que um saber  não comprovado em laboratório é cientifico e os cientistas ligados as humanidades gostam de dizer que o povo das ciências exactas só entende de vidros, formulas e bombas atômicas (o que tem um fundo de verdade \o/)!!!

Birras... muitas birras... disputas... muitas disputas... Eu que o diga, afinal eu tive a honra de ainda estudante de História me apaixonar por um estudante de Química e acredite eu herdei dessa relação um ódio profundo e ilimitado pela donzela explosiva... Estou contando os dias para vê minha irmã passar no vestibular para ter o prazer de queimar em alta fogueira todo e qualquer livro de Química que resida em minha casa, e não, não vou doar a biblioteca nenhuma, preciso ter o prazer dessa queimada!

Já com Física eu não tenho problema existencial nenhum, alias se a Química para mim tem tons femininos, talvez pelas experiências sempre contento misturas, soluções, ácidos, bases e sais que remetem muito a cozinha (ou pelo meu ciúme e amor frustrados rsrsrs), a Física para mim tem um tom masculino, é a ciência da mecânica, da eletricidade, dos fenômenos naturais... grandes tecnologias são desenvolvidas nos laboratórios e tem a fabulosa fibra óptica.

Hoje eu encontrei com um amigo que estuda física, ele está na fase do mestrado e pesquisa coisas referentes ao tema Fibra Óptica, passamos uma boa hora falando unicamente nisso e nessa hora inteira ele me explicou que tudo que eu escrevo no meu pc se transforma em luz e é transmitido por quilômetros e quilômetros de fibra óptica até chegar a outro pc em qualquer parte do Brasil e do mundo.

E sim, que o mesmo acontece com nossa voz quando ligamos para nossos amigos ou parentes que moram  longe,  nossa voz vira luz e viaja na velocidade da luz até chegar aos ouvidos de nossos entes queridos que estão tão... tão... distantes, e que um fio de fibra óptica, que aliás é vidro, um fio infinitamente pequeno de vidro, é melhor condutor que muitoooo cobre junto, além de mais barato.

Pode parecer bobo, mas eu nunca tinha parado para pensar nisso. Fiquei assim chocada, ouvindo e ouvindo sobre como esse processo acontece e todos os detalhes científicos da coisa (pois é, com físicos vc não escapa dessa parte).

Ah, no final eu ganhei até um presente, uma parte do aparelho que ele estava manipulando hoje a tarde lá na Área 2 da UFPE e um convite para conhecer o laboratório.

Parece estranho, mas é assim quando você se relaciona com os cientistas da natureza, o papo deles é estranho, eles te explicam coisas que vc nunca sonhou, nem precisou saber, te falam de equações e soluções e etc..., te dão presentes estranhos e te convidam para visitar o laboratório... São tudo menos comuns!

Meu presente incomum: receptor de fibra óptica!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aos amigos um convite: vamos pensar a respeito de inclusão???

Assim, hoje é um dia muito especial e esplico o porque!

É que a Aleska do Diários de Bordo e eu no próximo dia 5 de Fevereiro estaremos postando em conjunto sobre a inclusão de "deficientes físicos" ou "portadores de necessidades especiais" nos mais diversos cetores da sociedade e queremos convidar nossos amigos e amigas blogueiros a postar conosco sobre esse tema!
A ideia é que vocês contassem o que pensam sobre esse tema, se acreditam que algo vem sendo feito de forma errada ou correta para a inclusão desses cidadãos, ou mesmo experiências que vocês queiram compartilhar conosco para uma reflexão conjunta, porque mesmo que muitas cabeças possam não pensar melhor certamente possibilitam uma visão mais ampla do problema e de possíveis soluções para ele.

Vocês podem comentar uma noticia de jornal, antiga ou nova tanto faz, comentar alguma lei, fazer um poema, uma denúncia, inventar uma solução ou mesmo uma teoria que você acredite que vai mudar as regras do jogo.

E sim, se vc pretende participar deixe um comentário aqui ou  no Diários de Bordo com seu nome e e-mail ou link do blog, pq nós vamos sortear entre os participantes a revista em quadrinhos  Persépolis vol 1.
 
O tema da postagem e a revista aparentemente não tem nada em comum, é que a Caixa está de aniversário e sortear esse livro faz parte de minha comemoração... Espero ter alguma idéia para mais comemorações!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Blogagem Retro...

É, decididamente eu não resisto a uma blogagem coletiva, e com a autora da blogagem me convidando a deixar a leseira aí é que resistir fica difícil mesmo... rsrsrsrs... A Elaine do Um pouco de mim, propôs aos blogueiros e blogueira relembrarem alguma blogagem ou blogagens marcantes de 2010 e lá fui eu.

E sim, não posso deixar de dizer que 2010 foi um ano rico em blogagens, falei de tantas coisas diferentes por aqui que esse virou ainda mais um grande reflexo do meu mundo particular mesmoooo com todos os "osss" do mundo... Literatura, Literatura Infantil, Autores amados, autores não tão amados, músicas, sonhos, politica.... História, histórias, angústias... noites de insônia... animes... Escola Dominical... Escola Bíblica de Férias.... Casamento de Midiam... etc...

Foi difícil escolher o que eu ia postar novamente, mas pesando, contando e dividindo, resolvi repostar esse pensamento de Clarice Lispector, pq é perfeito e tem se tornado meu lema de vida, não quero que o amor que sinto pese a nenhum dos meus entes queridos.
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Terça-feira, 27 de julho de 2010

"Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz."
 
Clarice Lispector

domingo, 9 de janeiro de 2011

Na casa da Vovó, no meu caso: na Casa de Voinha!

A Elaine, do Casinha de Taipa, me presenteou com um selo vindo diretamente do: Na casa da vovó, um selo que foi um grande presente porque conhecendo este novo espaço eu acabei tendo a oportunidade de relembrar as minhas experiências com minhas avós e as histórias de vida delas. Voinha, que é como eu chamava a mãe do meu pai foi uma pessoa ímpar, Mãe, que é como eu chamo a mãe de minha mãe, não perde mesmo, com elas eu aprendi algo assim crucial em minha personalidade e é o tal de senso de RESPONSABILIDADE.



E vê alguém falando de avós me fez sentir uma enorme saudades de voinha,  Dona Rita, teve uma história e tanto, digna de uma novela, livro ou mesmo da pessoa que ela foi... Ficou órfã aos 12 anos, irmã mais velha  assumiu a casa e olha que o pai dela, o velho Rafael, não era um homem de brincadeira não, ele é uma lenda familiar, todos os filhos de voinha carregam o nome dele, meu irmão se chama Rafael, minha irmã Rafaela, vários dos meus primos também carregam esse nome no sobrenome e a maioria deles prefere ser chamado de Rafael.

E a nega herdou todo potencial do homem para virar mito, casou muito cedo, mas escolheu o marido pessoalmente e senta que tem história: Voinho namorava a irmã dela, Tia Maria, mas Tia Maria traiu ele, para se vingar ele quis namorar Voinha, o Velho Rafael não quis, ameaçou, mas Voinha bateu o pé e disse: "Eu vou namorar ele sim!".

Minha opinião pessoal: antes tivesse ouvido o pai, eu amo Voinho, amo mesmo, ele é um bom avó, sobretudo para as netas, tem olhos azuis lindos e  um sorriso afetuoso, mas nunca, nunca mesmo chegou a amar Dona Rita, todo mundo sabe disso, as Rafael até entendem, mas os Rafael são incapazes de perdoar isso, Freud explica, e como explica... E se Dona Rita tivesse ouvido o pai ela não seria quem ela era, logo minha opinião é insignificante, o importante é que voinho quis pregar uma peça em Tia Maria e quem foi enredado na peça foi ele, pouco tempo depois ele se casou em Serraria com Rita. Ah, Tia Maria e Voinha foram amigas a vida toda, e as negas tinha uma queda por olhos claros, Voinho tem olhos azuis e o marido de Tia Maria verde...

Ah[2], só para constar, esse história toda se deu no interior da Paraíba, lá onde judas perdeu as botas, as histórias dizem que depois que eles se casaram  voinho sempre que podia fazia as malas e viajava e ela segurava a barra sozinha... Orgulhosa como só ela, levava os filhos para a roça, cavava um buraco debaixo de uma árvore, cobria com um pano e colocava os filhos pequenos dentro com um pano na cabeça para poder trabalhar. Diga ai se a velha não era casca grossa?

Na primeira oportunidade que teve pegou os filhos e venho para Recife atrás de Voinho e cáh estamos nós... Eu convivi muito com ela, presenciei muitos dos seus eternos perrengues com voinho... Sua ranzizisse eterna, seu orgulho e seu cuidado com seu clã, sua forma de amar controlando os filhos de perto ate enlouquecer eles, a forma dos filhos serem grudados a ela até a exaustão... Foi duro para todos nós aprender a viver sem Voinha, até hoje sinto falta dela até as lágrimas.

E tem uma coisa engraçada, um dos filhos dela nunca casou, quando ela era viva ele vivia dizendo que ia sair de casa, iria morar sozinho e isso e aquilo, mas depois que ela morreu ele nem fala mais em sair de casa e casa dela continua exactamente igual ao que era quando ela estava viva... Nada mudou por lá, quando você chega lá parece que voinha vai aparecer a qualquer momento em algum lugar, moveis, cozinha, mesa... geladeira, tudo igual só falta ela... Eu não sei como ele aguenta viver ali, eu fico angustiada de tanta vontade de chorar, painho não entra também, ele não aguenta.

Hoje a Casa de Voinha é um tipo de museu, mas já foi um lugar alegre com uma avó dominadora, mas bastante afetuosa, engraçada em sua ranzizice e que sempre me inspirou de muitas formas... Ah, sem contar que a voz de Voinha sempre teve peso entre o meu pai José Rafael e eu, o que ela falava era Lei e sempre que queria algo ela advogava minha causa. Sinto saudades e discutia menos com painho também!

Ah[3], voltando ao selo, deixo ele para todos que se sentirem instigados a relembrar suas avós, se puder passe na Ana Bela e confira a história que ela conta, eu gostei muito, especialmente por ter me feito lembrar do quanto foi bom ter voinha e do quanto ela foi especial para todos nós.