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domingo, 2 de março de 2014

Das agitações de Fevereiro e de como conheci o "Centro Cultural Rossine Alves Couto" [Desafio 12 Lugares - 02]

Fevereiro foi um mês bem corrido para mim, pois é a época de inicio do ano letivo e para minha alegria e pena, além de enfrentar os sabores e dessabores da educação infantil, resolvi enfrentar os sabores e dessabores da docência em História. Não é que tudo seja uma grande bolha de enfado e cansaço, ambos os trabalho possuem seu lado bom, mas é que eles também cansam bastante, e irritam, e tiram a força da gente para passear em fins de semana.

Ah, mas para dizer que não falei de flores deixo algumas cenas do minha rotina na educação infantil [trabalho que mais amo no mundo].

Criatura fofa e dengosa que foi com minha cara de primeira e tem pulado em cima do meu colo em qualquer oportunidade, mas não faz parte do meu grupo e quase compensa uma das crianças do meu grupo que não vai com minha cara mesmo kkk...

"Tava chorando, mas sentei no colo da tia e parei!"

Inicio do trabalho com leitura e contação de história:


Existe coisa mais fofa que  pé de criança?


Menina mais inteligente do mundo fazendo dengo!


Vamos construir castelos?


Pois é, devido a intensidade dos trabalhos de fevereiro quase não consegui cumprir o de "Desafio 12 Lugares" e conhecer um lugar diferente esse mês. No entanto, aos 43 do segundo tempo, precisei ir ao centro do Recife no dia 28 de fevereiro [véspera do carnaval], vivi uma grande frustração, tive um ataque de choro sentido [TPM MONSTRO] e no meio do ataque de choro sentido me lembrei do desafio, respirei fundo e me peguei olhando em volta em busca de um lugar público no qual eu ainda não tivesse posto os pés. Encontrei no meio desse olha o "Centro Cultural Rossine Alves Couto" na Rua do Hospício.


Confesso que já tinha curiosidade por esse espaço, pois ele abriga o "Núcleo da Diversidade do Ministério Público de Pernambuco" e ao mesmo tempo é vizinho dos templos centrais de diversas denominações de igrejas evangélicas do Recife, as quais não são bem símbolos de tolerância a diversidade. A parte esse detalhe, no centro funciona uma biblioteca e foi ela o objeto de minha exploração.

Recife é uma cidade na qual o Carnaval é vivido livremente. Aqui a festa é de rua, congrega todo tipo de pessoa possível e imaginária e a sexta-feira [28/02/2014] foi o dia anterior ao Sábado de Zé Pereira e dia da abertura dessa festa. Ou seja, enquanto mundo chamado Recife mergulhava em um caos quente com metade das pessoas fugindo do centro e da festa e outra metade vindo para o centro e para a festa e eu mergulhando no silêncio de uma biblioteca. Terry Pratchett disse uma vez "bibliotecas são buracos negros que pensam", para mim, ele tem razão.

O "Centro Cultural Rossine Alves Couto" é um órgão ligado ao Ministério Público de Pernambuco, logo o acervo da sua biblioteca é quase totalmente voltado para a área do Direito Civil. Enquanto eu andava no meio daqueles calhamaços nos quais homens e mulheres explicam como podemos nos defender dos vilipêndios cotidianos eu esquecia da vida, da morte, do carnaval e dos problemas.

Foi terapêutico, especialmente porque lembrei que tenho direitos e me peguei com vontade de vez em sempre da uma pausa na vida e me da ao trabalho de conhecer melhor meus direitos. Afinal os livros estão lá super acessíveis a qualquer pessoa capaz de por eles se interessar, não são propriedade exclusiva dos advogados do Brasil.

 



Ah, lá também tem alguns documentos interessantes sobre a história de Pernambuco, para quem interessar possa:


E alguns poucos livros de outras áreas do conhecimento:



Acabei escolhendo folhear alguns dos livros da biblioteca e o meu preferido foi o "Titãs da Literatura", relembrando um velho exercício que eu costumava fazer nos meus anos de biblioteca escolar.


Alguns dos autores citados:


Em tempo, Rossine Alves Couto foi promotor público da cidade de Cupira, semiárido do estado de Pernambuco. Ele foi assassinado em 10 de maio de 2005, enquanto almoçava em um restaurante em frente ao fórum da cidade. Na época foram realizados vários atos públicos com o intuito de não deixar a morte brutal e precoce dele passar em brancas nuvens como é comum no Brasil, mas tenho minhas duvidas se os reais responsáveis pela morte do jovem promotor sorridente das fotos foram realmente punidos.

Infelizmente o Brasil e o brasileiro ainda tem um caminho a percorrer no sentido de fazer os direitos civis se tornarem uma realidade cotidiana. Eu não sei, porém suspeito, conhecer as leis pode fazer  pate desse caminho.


sábado, 25 de janeiro de 2014

Caxias do Sul e o estranho mundo da Ana Seerig [Minhas aventuras no Sul do Brasil - Parte I] #01

Há quatro anos atrás, um pouco antes da conclusão de meu curso de história, conheci uma pessoa pra lá de especial através dos descaminhos da virtualidade: a Tita Hart. A Tita é uma criatura muita apaixonada pelo Rio Grande do Sul e eu tenho a impressão que ela adotou o Sul como pátria e da convivência com ela surgiu o desejo de conhecer essa pátria.

E para completar eu adquirir um imã para gaúchos cujo auge foi conhecer a Ana Seerig, o Lucas Borba, o Pedro, entre outros guris e gurias extremamente fofos, lindos e enternecedores. Então decidi aproveitar a primeira férias de verdade de minha vida indo visitar o Rio Grande do Sul.

E vou ter de registrar que sou obrigada a concordar com a Ana Seerig, se o mundo começa em Recife ele certamente termina no Rio Grande do Sul. Eu me apaixonei de muitas formas por aquele canto do Brasil, por suas gentes e por suas histórias. Foi inesquecível! Conhecer Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Gramado foi mágico de tal forma que não posso resumir a experiencia em um único post então tenham paciência comigo companheiros e companheiras de virtualidade. Cada cidade ganhara um post a começar por Caxias do Sul, minha primeira parada após desembarcar em Porto Alegre.

Em Caxias do Sul quem me recebeu foi a Dona Ana Seerig, a Tita me entregou nos braços dela não sem medo, afinal a Ana tem uma baita fama de má, é ariana e viciada em carteado e nós temos um talento nato para a discórdia. É fato notório e publico que entre 10 opiniões, eu e a Ana discordamos em 11. Eu temi por minha vida em Cassias, quer dizer Caxias!!! kkkkkkkkkkk

Mas, apesar de meus temores, Cassias Caxias do Sul foi perfeita! Foi muito bom passar um tempo com a Ana, ela é super fofa, querida, um pouco má, mas é difícil não se apaixonar perdidamente por ela, por sua estante de livros impressionantemente gigante, por sua cidade e as gentes que nela habitam. Cassias Caxias do Sul não é uma cidade turística, mas as pessoas de lá são impressionantemente EDUCADAS, polidas e procuram sempre mostrar a quem chega por lá o melhor da cidade.

Fiquei encantada com tudo e todos, especialmente com a mãe e o pai da Ana, como disse a ela, um dia quero cresce e me torna uma mãe tão boa quanto a dela e quem sabe no dia das mães minha filha com fama de má possa cantar algo tipo "Como é grande o meu amor por você" para mim na manhã do dia das mães.

Sim, a casa da Ana é azul Grêmio
O pai da Ana e alguns dos livros dele atrás - os olhos dele também são azul Grêmio.

O pai da Ana e a Ana gentilmente me levaram para conhecer um pouquinho de Criuva, cidade conhecida por ser o berço da música tradicionalista gaúcha.

Igreja Matriz do Espirito Santo em Criuva.

Lá fui conhecer o Monumento aos Irmãos Bertussi. Como subir e desci ai em cima é um mistério, mas o pai da Ana ficou com medo de por acaso eu quebrar o pescoço na tentativa.

Monumento aos Irmãos Bertussi, em São Jorge da Mulada, Criuva
Acabei tirando uma foto na frente da casa dos Bertussi, um espaço aberto a visitação, mas se você quiser mesmo visitar agende, porque nós não fizemos isso e ficamos só na foto da fachada.


Em Cassias Caxias mesmo, outro ponto a se visitar é o Museu da  Casa de Pedra, construído por uma família de imigrantes italianos entre o fim do século XIX e o inicio do XX possui um acervo de objetos utilizados por famílias de imigrantes em sua rotina domestica majoritariamente.


Pequena vinha plantada na entrada da Casa de Pedra



Quarto montado com objetos doados por famílias de descendentes de imigrantes.

Outra coisa que a Ana fez questão de mostrar foi a arte do italiano Aldo Daniele Locatelli impressa nas paredes da Igreja de São Peregrino, um dos lugares mais emocionantes que já tive a honra de visitar.










Ah, também tive o prazer de conhecer o Pedro, o garoto das Esferas do Dragão, que por culpa da Ana só me mostrou a Esfera de 4 estrelas e a bandana do Naruto.


Quando eu era criança achava a Felícia um personagem no minimo incomodo, sempre exagerando no amor aos gatinhos...


Ai eu cresci e virei uma Felícia... mas se olhar direitinho  da para ver que o Pedro ta rindo pacas!!!


Também teve todas as flores de Caxias:




E o momento mais emocionante da passagem por Caxias, a saber a visita ao monumento do Negrinho do Pastoreio localizado de frente a prefeitura da cidade. Eu quase morri vendo a criança lá eternamente amarrada próxima ao buraco do formigueiro, onde o senhor de engenho o prendeu. É como um triste lembrança de que no Brasil ainda existem milhares de crianças vivendo em estado de fragilidade social, exploradas até uma morte precoce.



Eu não sou de acender velas, sou protestante, mas é tão dolorosa a situação dessa criança que sei lá... Da vontade de fazer algo por ele.


E por fim, antes que esqueça, a titulo de registro, achei muito legal a escolha dessa loja:


E não posso deixar deixar nos altos desse processo que Caxias do Sul não fica por baixo de nenhuma montanha russa do mundo... Pense em um lugar cheio de ladeiras assustadoras. Pensou? Pois é, você pensou em Cassias Caxias.



____________________

P.S.1: Mi, Michele Lima para os não intimo, você tinha toda razão, a Ana é um doce, o coração dela não é pequeno, é só concentrado.

P.S. 2. Lu, eu não disse que o Desafio 12 Lugares cabia nos meus planos para 2014, ainda tenho mais algumas histórias a contar sobre o Rio Grande do Sul, mas agora só faltam 11 lugares a conhecer néh?!?


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Das coisas de 2013 e dos desejos para 2014!

Eu mal acredito, mas é fato: 2013 está chegando ao fim! Ele não foi um ano tão difícil quanto 2012, o ano no qual nada aconteceu, mas também não foi ótimo como eu esperava que tivesse sido. Na verdade, coisas ocorreram em 2013, mas eu não ocorri, não aconteci como esperava, não dei um passo a frente, na verdade tenho a impressão que em 2013 dei um passo atrás em minha vida.

É duro admitir isso, mas se não der para admitir esse tipo de coisa em um blog pessoal onde mais vou admitir? Ao menos posso dizer: no próximo ano vou tentar mais e melhor, fazer o possível, me esforçar e tentar acontecer.

No mais, deixando as divagações com tendencia a melancolia extrema [mimimimi] houveram coisas boas em 2013 e é bom lembra-las, sim esse vai ser um post com algumas fotos, porque bem aqui é o meu diário então...

Bem, houve em Janeiro, só para começar, o casamento de Claudineia




Teve o nascimento dos minhas sobrinhas e os chás de bebê (o que significa que 2014 vai ser um ano de muitas festas de 1 ano).

Eu escrevi e defendi uma dissertação.



Colei grau de Mestre em Educação pela UFPE! Bem, não basta um titulo dado por uma federal da vida para ser algo como mestre, minha mãe é muito mais mestre em tudo nessa vida, porém, ainda assim, eu fico feliz por ter realizado esse desejo.


E falando em desejos, também realizei o desejo de conhecer a Mi (Michele Lima) e a Aleska em São Paulo e foi uma das melhores aventuras dessa vida.


E claro, houve um bom desempenho nas atividades pedagógicas na creche, apesar das muitas, muitas, muitas mesmooooooo dificuldades inconfessáveis em uma vitrine como essa. Mas, além do inferno, eu vivi o céu naquela creche esse ano.

Eu e o L.D.

O L. D. é uma criança que conversa... conversa... conversa... conversa muitoooo... mas muito mesmoooooo... Ele costuma dizer que é o Batman, um dia desses ele disse que eu era a Mulher Maravilha "porque a Mulher Maravilha é amiga do Batman tia". Tudo bem que eu preferia ouvir algo como "porque a Mulher Maravilha é bonita tia!", mas o amiga foi infinitamente mais significativo e tem sabor de missão cumprida.

Ah, essa foto foi tirada pelo J. P., ele me atormentou tanto, pediu tanto, me subornou tanto de todas as formas inimagináveis... que eu dei o meu celular para ele brincar... kkk... Olhem só o olhar satisfeito dele...



E claro, houveram os livros. Graças a Deus, que não nos abandona, existem essa coisa maravilhosa chamada literatura. Ela é capaz de enternecer, sacudir, despertar amor, ódio, aflição ou simplesmente me transportar para outro mundo no qual posso organizar ou reoganizar meu mundo caótico.

Segundo o Skoob li 21 livros esse ano, mas como ele excluiu "Passarinha" da Kathryn Erskine, "O momento mágico" do Jeffrey Zaslowda da lista, todos os mangás, HQs e livros infantis, não confio nele. Posso ter lido mais de 21 um livros, certamente li 23.

No entanto, realmente eu não tenho um ritmo desenfreado de leitura tipo 1 livro por semana.



Eu já pensei em fixar metas de leitura ou aderir a desafios literários, mas sempre volto atrás, pois gosto do meu ritmo de leitura meio capenga, lendo milhares de livros ao mesmo tempo, levando um ano para ler um livro e dois dias para ler outros. Olhando para minha lista reduzida de livros lidos percebo que gostei de ler todos eles. E mesmo os que chegaram através de parcerias foram escolhas acertadas.

Se eu fosse destacar 10 entre eles seriam os representados na imagem abaixo:


Como eu passei tantos anos sem conhecer Isaac Asimov? Como a Trudi Canavan conseguiu escrever uma trilogia tão politizada? Como a leitura de "Fale!" e "Passarinha" foram tão capazes de remexer minhas entranhas? Como alguém consegue ser tão hilária quanto a Marian Keys? Como o Hig conseguiu se tornar meu melhor amigo? Como os professores que escrevem os livros didáticos do Brasil igonoram o André Rebouças lindamente? E, por fim, como a Charlote Bronte conseguiu ser uma mulher tão perspicaz sem perder a fé em Deus? #QuestõesExistenciaisProfundas

Ah, quase esqueço, deixo meu obrigada a Irene Moreira da Saleta de Leitura pela parceria, ao Luciano do .Livro pela parceria e pela excelente indicação, e a Michele Lima por ter me indicado e emprestado Melancia.

E por fim 2013 teve um pequeno milagre de Natal... Por um milagre eu ganhei um sorteio lá no blog da Lu Tazinazzo o "Aceita um leite?" e o prêmio chegou bem no dia 24 de Dezembro.


Enfim, que em 2014 Deus me der força para continuar testemunhando a felicidade de minhas amigas, fazer boas viagens, superar meus infernos, viver meu céu e ler meus livros... E desejo o mesmo a todo mundo!

Bons livros, bons filmes, boas festas, muita força para superar as dificuldades e muita luz para vive os momentos bons e faze-los durar uma pequena eternidade. Feliz Ano Novo meus amados e queridos companheiros e companheiras de virtualidade.