Conheci a "Tropa dos Lanternas Verde" através do icônico desenho animado "Liga da Justiça" produzido bem no inicio do século XXI e veiculado no SBT entre 2002 e 2013. Eu realmente parava para acompanhar as aventuras do grupo formado pelo Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Mulher-Gavião, Flash, Caçador de Marte e o Lanterna Verde John Stewart que era o meu grandeeeee crush.
Foi o John Stewart na "Liga da Justiça" que me apresentou a Tropa dos Lanternas Verdes, grupo de pessoas recrutadas entre todas as raças espelhadas pelo Universo para proteger todos os seres vivos existentes. Na mitologia dos Lanternas existem os Guardiões do Universo, os imortais responsáveis por dividir o Universo em 3600 setores e fundaram a Tropa dos Lanternas Verdes para proteger esses setores usando um anel capaz de materializar qualquer coisa imaginada por seu usuário. Para ser um Lanterna Verde é preciso ter nobreza, bravura, capacidade de ação, Força de Vontade capaz de sobrepujar o medo e fazer o juramento:
"No dia mais brilhante, na noite mais escura, nenhum mal escapará da minha vista. Que aqueles que adoram o poder do mal, cuidado com meu poder - a luz do Lanterna Verde!"
Apesar de gostar da mitologia do Lanterna Verde, comecei a colecionar HQs a partir de 2013 interessada na Mulher-Maravilha e seguindo os rastros das heroínas, do Batman, aqui e ali o Superman, só muito recentemente comecei a me interessar em conhecer mais desse povo do anel verde e suas aventuras.
Para minha surpresa, quando comecei a acompanhar, descobri que o Lanterna Verde icônico não é o John Stewart e sim Hal Jordan, um piloto de caça da Força Aérea Americana com grande força de vontade e um coração nobre capaz de salvar o mundo e inspirar corações, com ou sem os poderes do anel. É o ressurgimento do Hal Jordan como Lanterna Verde que acompanhei nesse primeiro volume da Saga do Lanterna Verde roteirizado pelo Geoff Johns e lindamente ilustrada com a arte de Ethan Van Sciver.
Aqui são narrados os eventos que acontecem depois que o Hal Jordam morreu se jogando no Sol para salvar o Universo. Após desse sacrifício grandiloquente, o corpo e a alma dele são divididos de forma que o corpo fica preservado e a alma passa a dividir espaço com uma entidade vingadora chamada Espectro.
O Espectro é uma entidade vingadora com uma concepção de Justiça Punitivista que se opõe a do Hal Jordam que vai mais pelo caminho da Justiça Reparativa. A relação dos dois é muito conflituosa e, enquanto a alma do Hal tenta evitar que o Espectro coloque em praticas suas ideias de Justiçamento radicalmente violentas, nos confins do Universo, no longínquo Setor 3599, outro Lanterna Verde descobre a existência de um novo vilão movido a partir da energia amarela do medo: o Parallax.
O Parallax é tão perigoso quanto poderoso e para enfrenta-lo a própria Liga da Justiça se juntou a batalha na figura do Batman, da Mulher-Maravilha e do Gavião Arqueiro. Também vamos vê outros Lanternas Verdes ganharem luz no palco, mas quem brilha mesmo é o Hal Jordam revisitando eventos e pessoas marcantes de seu passado e enfrentando seus medos para finalmente conseguir fazer com que sua alma volte a seu corpo e ressurgir uma vez mais como o Lendário Lanterna Verde, possível protetor do Setor Espacial 2814, ou seja, da Terra.
Olhando assim, esse texto acaba dando muito mais contexto sobre a mitologia em torno dos Lanternas Verdes que falando da trajetória contada neste vol. 1 de "A Saga do Lanterna Verde", mas é porque a leitura dessa história acaba carecendo de contexto. Trata-se de uma história de recomeço para um herói icônico que salvou o universo sacrificando a si mesmo. Aqui nós temos lutas e flashbacks e reflexões e Batman desconfiando de todo mundo e pessoas defendendo o heroísmo e integridade moral do Hal Jordam, são muitas idas e vindas dentro de pouco mais de uma centena de páginas. Gostei muito!
Ser alguém com protagonismo na vida em geral é difícil, liderar é uma dádiva e um peso. Pessoas acertam e erram, mesmo pessoas corajosas possuem medo. Vencer o medo não é uma tarefa fácil, as vezes a gente cai e precisa se reerguer, juntar nossos cacos, colocar a alma no corpo e seguir com a vida. O Geoff Johns trouxe para seu roteiro esse aspecto da existência humana e a arte do Ethan Van Sciver conseguiu dar forma a essas ideias com muita luz ver e também com muitas sombras tal como a força de vontade é cheia de luz e sombras.
Essa é uma HQ com folego para inaugurar uma série de novas aventuras onde a Luz Verde da Esperança pode desafiar e vencer o Medo e eu quero acompanhar.
Olá,
ResponderExcluirAchei interessante a HQ, pois pude conhecer mais do personagem por sua análise.
Acho que vi essa animação também, mas não muitos episódios haha
Lembro do filme do Ryan Reynolds tb.
Quem sabe eu leia futuramente pelo menos uma edição...
até mais,
Canto Cultzíneo
Acho que nesse mundo em que vemos tantas indignidades e baixezas, a ponto de acharmos que estamos cercados de vilões, precisamos acreditar na existência de heróis, ainda que fictícios.
ResponderExcluirBeijo
já tinha ouvido falar. beijos, pedrita
ResponderExcluirE que gráficos lindos!
ResponderExcluirOi Pandora! Bateu aquela nostalgia! Eu assisti muito Liga Da Justiça, um dos meus desenhos preferidos. Não sei muito sobre o Lanterna, mas aprendi bastante lendo seu texto. Sempre consumi mais material da Mulher Maravilha, Batman e Superman. É sempre bom lembrar que há outros além deles. Bjos!!
ResponderExcluirMoonlight Books
Faz tanto tempo que não leio uma HQ da DC, principalmente ligada aos Lanternas. É bem nostálgico ter esse momento de leitura! s2
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