Conheci a história contada em "Meu Casamento Feliz" através do anime disponível na Netflix e fiquei ENCANTADA. Nele acompanhamos as venturas e desventuras de como Miyo Saimori e Kiyoka Kudo se conhecem, vão se encantando um com o outro e por fim se apaixonam. A construção do amor entre a Miyo e o Kiyoka é tão doce, tocante e acolhedora que quando o mangá chegou a banca não pude deixar de iniciar mais essa coleção.
A história de "Meu Casamento Feliz" acontece em uma versão do Japão durante a chegada das tecnologias características da II Revolução Industrial se mesclam com a magia. No mundo desse mangá existem pessoas que possuem dons espirituais sendo capazes de ver espíritos, gerar raios, controlar o fogo, ter super força e por aí vai.
O Kiyoka é o herdeiro de uma grande família nobre e com seus poderes também ocupa uma alta posição no Exército Imperial. Já a Miyo é a filha mais velha de uma família senhorial abastada, de importância média, mas sem nenhum poder espiritual. Ele é um homem que sabe seu valor e pode exercer sua vontade sem prestar contas nem mesmo a sua família. Ela, a partir da morte de sua mãe e do segundo casamento de seu pai, cresceu sendo humilhada, massacrada e explorada por sua família devido ao fato de não ter poderes espirituais.
A Miyo é uma Gata Borralheira do conto infantil Cinderela, resignada com seu sofrimento cotidiano, cercada de humilhação por todos os lados. Profundamente acostumada a violência ela é aquela personagem que muitas vezes me deu vontade de colocar no colo e ninar. Ela entra na vida do Kiyoka Kudo devido a um noivado arranjado. A família Saimori não deseja entregar a um homem tão temperamental sua filha mais jovem e mais prezada e entrega a ela sua filha mais velha e mais desprezada.
O Kiyoka Kudo é uma A Fera do conto infantil "A Bela e a Fera", rude, desagradável, insensível. A tempos sua família tenta encontrar uma noiva para ele e ele simplesmente vai afastando as candidatas e nesse costume recebe a Miyo com uma indiferença que seria atroz para uma pessoa menos acostumada a conviver com escárnio alheio. A postura resignada e humilde da nossa Cinderela causa estranhamento a essa Fera e aos poucos ele vai observando ela com mais atenção, cuidado e ternura.
Tal como a Fera da Bela, Kiyoka Kudo é um homem solitário e carente de afeto. Tal como a Cinderela a Miyo tem uma força interior muito sólida. Dentro da rotina cotidiana, os dois vão se observando, se conhecendo e sentindo a confiança e o amor florescendo. É lindo e emocionante de acompanhar. Terminei o vol. 1 de "Meu Casamento Feliz" encantada com esse casal, com a delicadeza de como o amor de ambos vai sendo construído.
O amor da Miyo é uma flor que cresce em meio aos escombros de uma infância e adolescência marcada por abandono parental, violência e solidão, e o Kiyoka a recebe como um presente imerecido e se propõe a retribuir com respeito, devoção e integridade. Eles formam um casal lindíssimo.
Além do relacionamento dos protagonistas, nesse mangá ainda somos confrontados com uma dose de mistérios significativa. Será que nossa Cinderela é totalmente destituída de poderes espirituais? E o trabalho da nossa Fera no Exército Imperial não oferece algum perigo a sua vida? Essas questões se insinuam como elementos para serem analisados em outros volumes nos quais espero que o amor dos meus queridos personagens siga florescendo e iluminando meus caminhos.




não conhecia, lindos os desenhos. vi que o japão está proibindo que os ia utilizem mangás como seus. beijos, pedrita
ResponderExcluirGraças a Deus, só assim para tudo não acabar em IA! Que ódio eu tenho disso.
ExcluirOi Pandora! Eu gosto bastante dessa história. Li alguns volumes do mangá antes de chegar aqui e depois conferi o anime e ambos ganharam meu coração. Fico feliz em ver sendo lançado no Brasil. Esse romance tem que ser conhecido por mais pessoas. Bjos!!
ResponderExcluirMoonlight Books
@moonlightbooks
Achei a estória bonita em muitos níveis. Um deles diz respeito ao poder do sofrimento.
ResponderExcluirQuero dizer que o fato de a moça haver sido "treinada" na decepção e na violência fez dela uma pessoa sábia e resistente às provocações/tribulações. O outro ponto é aquele mencionado em muitas religiões e sabedorias humanas: ignorar as características negativas de uma pessoa, focando nas positivas, ainda que só potenciais.
Beijo
Olá! Já assisti o anime no Netflix e gostei imenso e lindo. Agora vou ler "Orgulho e preconceito" em mangá. Um abraço ❤️
ResponderExcluirSigo-te no teu blog, e convido-te a passarte no meu.
Oi Jaci! Eu também amo essa história! Eu tô muito curiosa para ver mais sobre esse universo dos espíritos/demônios e os diversos tipos de poderes espirituais. Também achei muito legal o recorte histórico em que a história se passa, geralmente o mais comum são histórias que se passam num período contemporâneo ou a idade média do japão.
ResponderExcluirGarota do 330