terça-feira, 24 de agosto de 2021

A Enxada e a Lança: a África antes dos portugueses de Alberto da Costa e Silva [40 Livros Antes dos 40/3]


Ler "A enxada e a lança: a África antes dos portugueses" do Alberto da Costa e Silva foi uma experiência extremamente difícil e cansativa, poucas vezes um livro me cansou tanto nos últimos 28 anos de vida leitora. Esse calhamaço de 940 páginas sobre a História da África desde o surgimento da humanidade até o ano de 1500 da Era Comum (1500 depois de Cristo) consumiu muito da minha paciência, experiência e tenacidade acumulada ao longo das décadas.

Muitas resenhas anunciam esse livro como delicioso, linguagem ótima, acessível, envolvente, verdadeira viagem ao passado da África sem precisar de Maquina do Tempo. Minha experiência foi totalmente diferente e minha opinião diverge dessas. Para mim esse foi um livro de leitura acidentada, dificilmente é possível lê-lo em um único folego, impossível concluir a leitura em curto espaço de tempo.

"A enxada e a lança", exigiu de mim disciplina, determinação, paciência, atenção dobrada e tempo, bastante tempo. Comecei a ler esse livro em janeiro, só terminei em meados de agosto, fiz jus aos anos que o autor levou para escrever esse livro. Alberto da Costa e Silva, diplomata, ensaísta, poeta e historiador brasileiro levou dez anos escrevendo esse calhamaço. Depois da leitura do livro, sai pela internet stalkeando o autor e descobri que seu interesse pela África surgiu a partir da leitura de livros como "Casa Grande e Senzala" de Gilberto Freyre quando ele ainda era adolescente, entre 15 e 16 anos. A partir de então ele adquiriu uma curiosidade histórica sobre a África e passou a colecionar informações históricas sobre o continente.


Uma vez diplomata, Costa e Silva teve possibilidades privilegiadas para robustecer seu acervo de informações sobre a África quando trabalhou em Lisboa e presenciou o bum de trabalhos de africanistas europeus na década de 1970. Ciente de seu interesse pelo continente, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Itamaraty, do qual era funcionário, inúmeras vezes o enviou como representante brasileiro a congressos e eventos nos diversos nos países africanos, inclusive, ele também teve a oportunidade de ser cônsul no Benim e na Nigéria.

A escrita de a "A Enxada e a Lança: a África antes dos portugueses" me parece uma grande síntese de todas essas informações recolhidas ao longo dos anos de estudante curioso e diplomata respeitado. O livro foi escrito em um formato enciclopédico seguindo uma cronologia que vai do surgimento do surgimento do australopithecus nas florestas e savanas do Quênia até pouco tempo antes da chegada dos portugueses no continente.

Um dos pontos altos do livro é o primeiro capitulo no qual somos levados pelo autor em um passeio pelo continente africano como se visto de cima. É um capitulo deslumbrante, uma verdadeira descoberta da geografia incrivelmente diversa do continente africano. Junto como autor percorremos o litoral Mediterrânico do continente, o qual esteve ao longo dos séculos em continuo diálogo com a Europa. Sobrevoamos a imensa extensão do Deserto do Saara, o qual divide a África em duas partes: África Saariana e África Subsaariana; cruzando o deserto encontramos o Sahel, uma faixa de terra abaixo do Saara que divide e conecta ao mesmo tempo o deserto a Savana; então desbravamos a Savana; ultrapassamos Florestas Tropicais, encontramos o Nilo para além do Egito, a Região dos Grandes Lagos, o Rio Níger, as cadeias de montanhas da Etiópia; o litoral Indico em constante dialogo com a Ásia (China, Índia) e as ilhas da Oceania.

Tenho muito carinho pelo primeiro capitulo desse livro, li ele muitas vezes ao longo dos últimos anos, ele orientou muitas de minhas pesquisas de paisagens africanas para a composição de aulas nas quais apresente as minhas e meus estudantes um continente africano para além dos estigmas propositalmente construídos sobre ele. Sempre fico absurdada com quão pouco conhecemos a História da África, se é impossível compreender o Brasil sem compreender a África então estamos muito distantes de compreender a nossa trajetória histórica.

É uma obviedade que o Brasil de hoje é resultado de um processo de misturas de diferentes culturas originarias de diferentes espaços geográficos do planeta Terra. O Processo Colonizador imposto por Portugal ao espaço geográfico que se convencionou chamar de Brasil trouxe consigo um processo de mistura de culturas muito grande, os diversos povos que habitavam essas terras antes da invasão dos europeus foram obrigados pelas circunstancias a se misturarem aos europeus posteriormente a esse caldeirão cultural foi acrescentado diversos povos africanos trazidos para cá na condição de escravizados para trabalharam em todos os ofícios subordinados possíveis e imaginários. Foi um processo de mistura cultural hierarquizado, desigual, racista, genocida, etnocida. Gilberto Freyre apontou em "Casa Grande e Senzala" a importância das pessoas negras e dos povos indígenas para a construção do Brasil, só esqueceu de refletir que essa construção não foi voluntária e nem horizontal e o quanto a parcela branca da população brasileira ao longo do tempo inferiorizou e estigmatizou essas heranças culturais.

A História, ciência da forma como conhecemos hoje, surgiu na Europa do Século XIX, dentro do contexto da formação dos Estados Nacionais e foi muito usada para unificar territórios europeus e da a eles uma configuração de país, de nação, dentro dos ideais Positivistas o discurso dos historiadores era carregado da ideia da Humanidade estar em um caminho de crescimento, trilhando um caminho para o mais e o melhor, sendo a Europa o topo desse mais e melhor então cabia aos europeus o fardo de conduzir o mundo para o mesmo grau de evolução no qual estava. A narrativa histórica, munida de documento, ela servia para justificar todas as violências produzidas pelos europeus mundo afora, e os senhores responsáveis por essa Escrita da História simplesmente descreviam a África como um continente sem protagonismo na História da Humanidade, mero coadjuvante. Só na segunda metade do século XX essa abordagem começou a se transformar e estudos sobre a História da África começaram a surgir na Europa, no Brasil, ao que tudo indica Alberto da Costa e Silva foi um pioneiro e mesmo agora ele é considerado o mais importante africanista brasileiro.


O apagamento da História da África, o não-estudo dessa história, a escassez de trabalhos sobre ela ao longo do século XIX e XX, não é uma triste coincidência. O racismo nesse contexto não é mero desconhecimento, equivoco, ignorância, inocência, "pobreza de espirito" ou prepotência . No contexto do Capitalismo, do Processo Colonizador, racismo é uma estratégia para fragilizar mentes, destruir o emocional das pessoas, subordinar corpos para melhor explora-los e eliminar sem danos aquelas e aqueles que não aceitam jogar o jogo da dissimulação. O desconhecimento é uma estratégia para a manutenção de relações sociais, politicas, econômicas e emocionais desiguais nas quais um grupo explora o outro.

Muito se culpa a escravidão praticada no Brasil pelo estado das coisas atual, e é claro que ela é responsável, mas também vou culpar o nosso pós-abolição por esse estado das coisas. Depois de criminalizada a escravidão em 13 de Maio de 1888, os grandes proprietários de terra, ex-proprietários de gente, elaboraram um sistema cultural, social, politico e econômico para manter a exploração dos corpos negros nesse país e o desconhecimento sobre o passado dessas pessoas antes da escravidão, antes da chegada dos portugueses na África era um elemento desse sistema, talvez ainda seja. Conhecimento Histórico é uma coisa poderosa, saber por onde eu andei ontem me ajuda a decidir melhor por onde vou andar hoje, pode ser decisivo para que eu não tropece em todas as pedras. E isso, é coisa que a branquitude não deseja, e aqui não estou falando de pessoas brancas individualmente, mas branquitude como grupo de pessoas descendentes do grupo colonizador dessas terras que mesmo agora desfruta dos dividendos gerados pelo trafico de pessoas e pela exploração dos corpos dessas pessoas nas lavouras de cana-de-açúcar, café, minas de ouro, trabalhos urbanos.

O Alberto da Costa e Silva, como funcionário publico, diplomata, esteve ao longo da segunda metade do século XX em diversas posições privilegiadas que o tornaram capaz de escrever essa história da África. Muitas vezes ele reafirma em entrevistas o quanto o Itamaraty, mesmo quando ele não estava servindo a diplomacia brasileira na Nigéria e no Benim, o enviava para congressos e eventos nos diversos países do continente africano tornando a ele possível alongar seus conhecimentos, documentos e bibliografia especializada.

Se a História é a ciência responsável por estudar a trajetória humana no tempo, nenhum espaço geográfico desse planeta tem mais história que o Continente Africano, pois nele surgiu nossa espécie e dele nos espalhamos para a Ásia, Oceania, Europa, América. Sendo assim não é de se estranhar a diversidade dos tipos de cultura que lá nasceram, se desenvolveram, morreram e reviveram.

O imaginário brasileiro, orientado por praticas racistas que tendem a homogeneizar culturas reduzindo a diversidade das possibilidades de experiências humanas no tempo, tendo a pensar na África como uma coisa só, mas na pratica não é bem assim. Diversas foram as formas de organização social foram desenvolvidas: grupos nômades, seminômades, aldeias, confederação de aldeias, cidades-estados independentes, cidades organizadas em um Reino, Reinos organizados em Impérios, Impérios formados não só por reinos e cidades, mas também capazes de abrigar aldeias e confederações de aldeias trocando tributos por proteção militar sem interferir na forma de vida das pessoas.


São tantos povos e tão grande a diversidade que muitas vezes me senti tonta durante a leitura. A narrativa adotada por Costa e Silva foi a enciclopédia através da qual o autor vai dissertando sobre economia, organização social, vida e morte de reis e príncipes, movimento de ascensão e queda de dinastias, surgimento e morte de reinos e impérios. Essa narrativa tem muitas armadilhas para a atenção da pessoa leitora, se torna por vezes monótona e em vez de proporcionar imersão causa uma dispersão. Desfilam diante de nossos olhos: Querma, Napata, Méroe, Nok, Axum, o processo de expansão dos Bantos (uma das maiores etnias do mundo, eles ocupam quase todo o sul da África), os Reinos Cristãos da Núbia, Mali, Gana, Etiópia, Ifé, os Reinos Iorubós, Songais, Igbos, Haúças, Mossis, Songais.

É muita coisa no conjunto, mas em especifico a impressão é estar lendo um resumo do resumo, pois são povos com dinâmicas e formas de vida próprias e complexas. Por exemplo, economicamente existiram/existem povos caçadores/coletores; confederações de aldeias dedicadas a agricultura ou ao pastoreio e mesmo aos dois; cidades-estados exclusivamente dedicadas ao comercio; reinos e impérios nos quais agricultura, pecuária e comercio dinamizavam a economia junto com a pratica da guerra. Aliás, todo continente, desde o litoral indico até a costa atlântica é ligado desde tempos imemoriais por rotas comerciais, produtos vindos da China, Península Arábica, Mundo Romano, Bizâncio, Índia circulam de leste a oeste do continente desde muito tempo passando de mão em mão por diversos mercados e mercadores, a África nunca foi isolada de outras partes do mundo. O comercio levou o continente a diálogos com outras culturas de forma horizontal e dinâmica proporcionando múltiplas trocas.


E falando em trocas, religiões originadas no Oriente Médio como Judaísmo, Islamismo e Cristianismo também chegaram e se estabeleceram no continente africano. Há grupos de judeus que habitam a África há séculos, advogando para si uma origem no grupo de Hebreus que saiu do Egito no Êxodo, são as tribos perdidas de Israel, descendentes do grupo que não seguiu Moises, viajando na direção oposta, mas esses não são os únicos. Há ainda um grupo na Etiópia que descende de Menelique, filho da Rainha de Sabá com Salomão, um dos Reis mitológicos de Israel e comunidades estabelecidas no Egito que fugiram de Israel na época do cativeiro na Babilônia, isso tudo bem antes de Cristo, do Império Romano e tudo mais.

O Norte da África fazia parte do Império Romano quando o Cristianismo surgiu, logo foi afetada pelo crescimento dessa religião no Império. Vários reinos se tornaram cristãos, receberam bispos e viveram um processo de dialogo entre as religiões ancestrais e esse novo culto monoteísta, especialmente na parte Nilótica da África cujas diálogos comerciais com o Império Bizantino eram demasiado interessantes.


O Islamismo bem surgiu na Península Arábia e já se espalhou a partir do século VII da Era Comum (depois de Cristo) por todo Norte da África, dialogando com as religiões ancestrais, se misturando a elas e se distinguindo delas, proporcionando e facilitando unificação de cidades para formação de reinos, unificando aldeias para a formação de cidades, viabilizando diálogos comerciais com a Península Arábica e outras partes do mundo e da África, como o Egito, que rapidamente aderiram a religião do  profeta. Tombuctu, cidade atualmente Patrimônio da Humanidade foi e é um centro religioso islâmico, politico e cultural africano, mãe de universidades, a cidade centenária sobreviveu a reis e imperadores.

As religiões tradicionais africana com a crença baseada em vínculos familiares duradouros capazes de sobreviver até mesmo ao fim do corpo físico, morte, enfrentaram, dialogaram, afetaram e foram afetadas por essas culturas religiosas diferentes, mas assim é a vida, feita de diálogos e transformações. Existe uma multiplicidade de cultos aos antepassados, a natureza, aos animais sagrados, a diversidade da manifestação da espiritualidade humana, entre eles se destaca o culto aos Orixás criados pelos Iorubás a partir de Ifé, pois esse culto, a despeito de toda violência que enfrenta cotidianamente, ele sobrevive no Brasil mesmo agora enquanto escrevo esse texto.

Sim, não posso esquecer de dizer que além do monoteísmo Judeu, Islâmico e Cristão com um culto a um Deus, inominado e não-humano, mas que emerge na narrativa como Pai, também há o culto monoteísmo a Mãe na figura da Terra. Os povos que cultuavam exclusivamente a Terra como Mãe de todas e todos consideram sua aldeia como o centro e começo do mundo e, é curioso perceber, nesse caso, levando em conta o surgimento da humanidade na África, é interessante perceber pensar: algum desses povos pode estar certo e em alguma dessas aldeias pode realmente ser o lugar no qual nossa trajetória nesse planeta começou.

Uma coisa constantemente pontuada ao longo de toda enorme extensão de "A enxada e a Lança" é o fato de entre os vários  itens comercializados dentro do continente africano entre os diversos povos nele existente e também fora do continente africano para os outros povos com os quais se dialogava culturalmente e comercialmente estava o SER HUMANO. No entanto, é bom lembrar que escravidão não é um substantivo para se colocar no singular, não existiu UMA ESCRAVIDÃO ou A ESCRAVIDÃO e sim ESCRAVIDÕES, vários tipo de exploração predatória da força de trabalho do ser humano ao longo do tempo. A forma de trabalho que se desenvolveu ao longo dos milênios desde o surgimento das primeiras cidades até a Idade Moderna e o Processo Colonizador inventado pelos Europeus teve diversas configurações formas e as escravidões vivenciadas na África antes do processo colonizador são diferentes da imposta pelos europeus aos povos chamados por eles de africanos a partir do século XVI.

Aliás, considerei um ponto frágil de "A Enxada e a Lança" o fato de Alberto da Costa e Silva ter usado ao longo de todo o livro o conceito de escravidão, império, reino entre outros criados para explicar a trajetória histórica dos povos europeus para explicar e falar sobre a trajetória dos povos africanos para somente no ultimo capitulo explicar que a trajetória dos povos que viveram no espaço geográfico que chamamos de África atualmente é original, única e não exatamente análoga a dos europeus. Reafirmo, minha opinião de que o livro é um grande levantamento bibliográfico, um resumo do conhecimento adquirido pelo autor ao longo da vida, ele não desenvolveu conceitos para abarcar a diversidade e singularidade das experiências africanas ao longo do tempo, mas se aplicou em mostrar que a África tem uma vasta HISTÓRIA anterior a chegada dos europeus no continente e sempre foi protagonista.

Achei incomodo só ao final do livro o autor informar, em outras palavras, que no uso de expressões como "escravidão" para experiências de privação de liberdade em vários níveis, pode ter existido anacronismos. Igualmente incomodo para mim é o uso da expressão "pagãos" para pessoas devotas das religiões tradicionais africanas anteriores ao Cristianismo, Islamismo e Judaísmo. Em vez de ser referir a humanidade usando a expressão "seres humanos" o autor usa a expressão "homens", então o livro é uma história dos homens africanos em posição de poder (reis, sacerdotes, príncipes, comerciantes, fundadores de cidades), as mulheres, ao meu ver, apareceram muito pouco e pontualmente.

No mais, esse livro é um CLÁSSICO de peso. Proporciona realmente uma viagem ao passado da África. Quem pretende ler, leia aos poucos, um capitulo por semana, sem pressa e sem medo. Se possível vá fazendo anotações ao longo do texto, como toda narrativa enciclopédica ele vai avançando por descrições de tumbas, rotas comerciais, jogos políticos de poder e quando a gente menos espera nos presenteia com uma história interessantes em um tom fantástico que desafia nossa ideia de possível. 

Lembro muito de Borges quando leio esse tipo de narrativa, são textos longos e um tanto monótonos, todavia, quando menos esperamos, colocam diante de nós o inverossímil, o absurdo, o mágico e o peculiar, a surpresa só capaz de ser produzida pelos seres humanos. No meio da narrativa mitológica deliciosamente absurda e insólita pode aparecer, comumente aparece, uma verdade aterradora. Entre as peças absolutamente concretas de uma tumba de um rei impressionantemente conservada para deleite dos historiadores, arqueólogos e derivativos pode existir uma mentira propositalmente deslavada. E, no entanto, a parte nossa percepção das coisas, não podemos provar nem a verdade da narrativa mitológica nem a mentira do documento histórico.


Essa leitura fez parte do projeto "40 Livros Antes dos 40", conclui-la me deixou com forte sentimento de cansaço e vitória. Recentemente a Editora Nova Fronteira reeditou o livro e mudou o arte da capa. Confesso que gostava mais da anterior, no entanto, o Kindle atualizou a capa sozinho, esse traidor. O box com a reedição em capa dura está a venda na Amazon, qualquer dia desses, quando o bolso me permitir, eu pego ele, pois esse é um livro que não se esgota em uma primeira leitura e sempre pode ser consultado.

3 comentários:

  1. deve ser difícil mesmo ler livros que temos que ler, mas a leitura não é fluida. fiquei curiosa apesar de vc não ter gostado. beijos, pedrita

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  2. Oi Jaci, livros complexos podem ser interessantes, gostaria de poder voltar no tempo e ter tido mais paciência para muita leitura boa que deixei para trás, sou seja, não aprendi coisas que poderiam interferir no meu eu, em minhas escolhas...Hoje quase muito pouco consigo reter na mente.
    Boas leituras, moça, sempre!
    Abração!

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  3. Que resenha incrível, Jaci. Fiquei com.muita vontade de conhecer esse livro. Tenho muito interesse em conhecer a história das civilizações. Mais que interesse, é um hiperfoco! Acho maravilhoso o quanto de riqueza cultural surgiu nesse mundo. Muito importante descobrir o tanto de coisa que a colonização apagou das nossas memórias. Um dia lerei. Beijos.

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