Não é novidade o quanto o tema deuses, divindades e milagres causam fascínio e encantamento. O "Pensamento Mitológico" foi a primeira forma de explicação para a realidade criada pelos seres humanos e mesmo hoje, com todos os nossos adventos tecnológicos e explicações cientificas, a figura dos deuses continua nos fascinando. O poder, a grandiloquência, a força dramática e a liberdade de expressão e ação atribuída aos deuses são imãs para a nossa atenção.
Partindo dessa força exercida por narrativas mitológicas Kieron Gillen, Jamie McKelvie e companhia criaram o argumento central para "The Wicked + The Divine". Aqui se conta o que ocorre quando divindades saídas dos diversos panteões do mundo aparecem no planeta Terra de 90 em 90 anos com o objetivo de criar inspiração através de milagres, maravilhas e muito tumulto por exatos dois anos, depois disso eles morrem e o ciclo retorna.
Partindo dessa força exercida por narrativas mitológicas Kieron Gillen, Jamie McKelvie e companhia criaram o argumento central para "The Wicked + The Divine". Aqui se conta o que ocorre quando divindades saídas dos diversos panteões do mundo aparecem no planeta Terra de 90 em 90 anos com o objetivo de criar inspiração através de milagres, maravilhas e muito tumulto por exatos dois anos, depois disso eles morrem e o ciclo retorna.
Em "A Lei de Faust", vol. 1 de "The Wicked + The Divine", somos apresentados ao ponto inicial da história, seu argumento, aos personagens, seus tons e formas. Esse primeiro volume em si é um triunfo em termos visuais e uma alegria em termos narrativos. É muito agradável a maturidade do texto e da arte apresentada. Salta aos olhos a diversidade étnica e de gênero dos protagonistas da história.
Apesar de não ser capaz de dizer para onde essa história vai a partir do volume 1, achei tudo nele instigante. A HQ reflete de forma muito adequada a ânsia e a luta por visibilidade protagonizada por pessoas negras, trans, homossexuais, bissexuais, travestis etc. Nele encontramos de forma respeitosa, real e clara personagens desses grupos a começar pela capa na qual uma jovem negra, Luci, toma conta da página inteira.
Apesar de não ser capaz de dizer para onde essa história vai a partir do volume 1, achei tudo nele instigante. A HQ reflete de forma muito adequada a ânsia e a luta por visibilidade protagonizada por pessoas negras, trans, homossexuais, bissexuais, travestis etc. Nele encontramos de forma respeitosa, real e clara personagens desses grupos a começar pela capa na qual uma jovem negra, Luci, toma conta da página inteira.
Quanto a história, como já foi dito, aqui se parte do pressuposto de que os deuses são imortais mas não podem ficar para sempre no mundo dos vivos. Exceto por Ananke, responsável por despertar e encerrar a estadia dos deuses no planeta, todos tem sua presença limitada a exatamente dois anos. Quando esse tempo acaba eles devem se suicidar. No entanto, durante o atual ciclo, ocorre algo estranho dentro do "Panteão dos deuses", algo com cheiro de traição. Um dos deuses precisa sai, ou ser tirado, de cena prematuramente e uma humana meio maluca decide investigar o que há por trás disso.
Nesse inicio encontramos muitas coisas não explicadas, mistérios ficaram no ar e as personalidades dos deuses apenas começaram a ser exploradas. Lúcifer, Odím, Sakhmet, Minerva, Baal, Amaterasu, Ananke, Morrigam, Inanna, Baphomet foram as divindades apresentadas nesse primeiro volume, mas poucas tiveram realmente um espaço no palco da ação.
Os holofotes estiveram apontados para Lúcifer, ou Lady Lucy, uma figura andrógena, questionadora, carismática, inspirada em David Bowie, tal como o/a Desejo dos Perpétuos. Também se destaca a figura Baal, o deus babilônico aparece com todo porte altivo de um jovem negro bem sucedido no auge de sua carreira e cara de multimilionário. Além deles, Morrigan, como uma divindade ligada a arte cujo lugar de atuação é o submundo do metro aparece um pouco mais que os outros personagens do panteão divino.
Tanto a arte quanto o roteiro de "The Wicked + The Divine" é fortemente inspirada na obra de Neil Gaiman. É muito difícil ver uma história sobre deuses entre mortais no século XXI e não pensar em "Deuses Americanos" e em toda HQ há uma destacada presença de temas e formas vistas em "The Sandman". Ainda que com menos força e maturidade, em todos os locais da HQ se sente a presença e inspiração dos Nove Irmãos Perpétuos criados por Gaiman.
Apesar de não conseguir pressentir para onde essa história vai ou se ela vai avançar e se aprofundar nas coisas que tenciona discutir, pretendo seguir com ela. Se a trama não se adensar e alcançar tons mais profundos como ocorreu em The Sandman, ainda terei em minha estante uma obra na qual os autores dão visibilidade a quem merece ser visível. Esse tipo de projeto precisa ser estimulado.
Oi Pandora!Eu comprei faz um tempinho,mas ainda não li e agora me arrependo de não ter feito isso ainda. Antes mesmo de você citar Gaiman, eu jé estava aqui fazendo as conexões com Deuses Americanos. Não imaginava que fosse uma história tão rica. Adorei! Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Oi! O livro tem uma diagramação bonita e a história parece ser interessante. Mas não é o Gênero que curto. Bjos <3
ResponderExcluirClick Literário
Nunca tinha ouvido falar dessa HQ e nem é o meu gênero favorito, mas super me interessei na história e achei o máximo os personagens serem super diversos, é como você disse, esse tipo de projeto precisa ser estimulado! Gostei da dica e fiquei com vontade de ler ^^
ResponderExcluirUm beijão,
Gabs | likegabs.blogspot.com ❥
Oi, Pandora!
ResponderExcluirSó de ter vibes de Deuses Americanos eu já quero.
Geralmente os primeiros volumes são um tanto confusos e a gente não sabe pra onde a história vai. Espero que melhor nos próximos.
Beijos
Balaio de Babados
Concorra ao livro Depois do Fim autografado
Oi Pandora! Que história linda e um trabalho visual a altura dos deuses!!! Imagino a riqueza dessa história e mesmo querendo evitar de abrir uma espaço na minha estante está sendo difícil resistir rs.
ResponderExcluirBeijinhos
https://saletadeleitura.blogspot.com.br/
Olá, Pandora.
ResponderExcluirA obra pelo jeito está muito linda. Só pelas fotos já deu para perceber que é uma edição que vale a pena. Mas acho que não leria porque apesar de gostar muito de algumas mitologias, quando envolve lucifer eu não gosto de ler hehe. E também não sou muito fã do Neil Gaiman hehe.
Prefácio
Oi, Pandora!
ResponderExcluirEsse quadrinho é um dos próximos da minha lista de aquisições a se fazer, espero conseguir conferi-lo logo :D
Acho a arte dessa HQ incrível!
Beijoss
www.vidaemmarte.com.br
Olá, tudo bem? Não conhecia a obra, mas adorei a resenha e fiquei com vontade de lê-la... Adoro ler quadrinhos, apesar de ter lido pouquíssimos, hehe.
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Gostei muito das ilustrações! *.* Faz tempo que não leio HQ. Esse já foi pra minha lista.
ResponderExcluirBeijos
Vivian
Saleta de Leitura
Oi, Pandora, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia a HQ, mas gostei de conhecer. Realmente as divindades mexem com a nossa imaginação. E eu gosto bastante de dar chance a essas histórias que abordam esse tema. E claro, sem falar que quando você falou sobre visibilidade meus olhos chegaram a brilhar. E concordo com você. Mesmo que a obra não seja tão profunda, ela já merece muito o nosso respeito pela visibilidade que dá a tantas minorias.
Um beijão
http://www.profissaoescritor.com.br/