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sábado, 1 de novembro de 2025

"Todas as Crônicas" de Clarice Lispector


"Todas as Crônicas" de Clarice Lispector foi, sem sombra de dúvida, a minha leitura mais importante de 2025. Comecei a leitura em 25 de Janeiro e segui com Clarice ao meu lado navegando pelos desafios grandes e pequenos que tem feito parte da minha vida ao longo desse ano imenso. A pneumonia do meu pai, os dias de internamento, a morte, o luto, a decisão de comprar um apartamento em um lugar mais próximo do trabalho, a troca de uma vida ancorada na parte central de uma cidade do interior para uma vida em um condomínio dentro da Região Metropolitana do Recife. Toda loucura e sanidade desse ano tão intenso, vivi ao enquanto lia as crônicas de Clarice Lispector nas manhãs maravilhosamente solitárias de meus dias de folga. Uma experiência incrível!

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

"Sou uma Pergunta" [Provérbios de Clarice Lispector 002]

Acabei de termina as crônicas de "Todas as Crônicas" de Clarice Lispector referentes ao ano de 1971 e é sempre uma mistura de satisfação diante de fechar um ciclo de leitura e saudades. Falta tão pouco para terminar... em fevereiro pareciam tantos os textos.

Assim como 1971 passou, o ano de 2025 também está passando, muitas vezes passando por cima de mim, mas passando. E hoje decidi trazer umas das crônicas que transpira candura e franqueza. Um conjunto de 101 perguntas, algumas respondíveis outras nem tanto. As perguntas me inquietaram, me fizeram pensar. Algumas foram um soco no estomago, outras me fizeram sorrir. Umas respondi automaticamente em um impulso que herdei da criança metida a sabichona que fui um dia outras me intimidaram pois como pessoa adulta entendo que certas coisas possuem camadas e mais camadas de mistério. O conjunto delas me fez amar ainda mais Clarice Lispector.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

"Desculpem, mas se morre" e "Mas há a vida" [Provérbios de Clarice Lispector 01]

 

Continuo lendo "Todas as Crônicas" de Clarice Lispector nas minhas manhãs de folga, virou um tipo de ritual. Acordo, faço minha higiene matinal, preparo o café da manhã, boto ele na mesa e entre um gole de café e outro vou lendo algumas crônicas dela.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Os Provérbios de Clarice Lispector


Tenho lido, aos poucos e sem pressa, "Todas as Crônicas" de Clarice Lispector e é um deleite para o coração. Essa Clarice quotidiana, contando detalhes do seu dia-a-dia, se abrindo texto a texto, despretensiosamente sincera, traz uma sensação de intimidade, de não ser sozinha no mundo, de ter uma fonte de pequenas alegrias.
"E que não se esqueça, nessa minha fina luta travada, que o mais difícil de se entender é a alegria. Que eu não esqueça que a subida mais escarpada, a mais à mercê dos ventos, é sorrir de alegria. E que por isso e aqui é que menos tem cabido em mim: a delicadeza infinita da alegria." (PRIMAVERA AO CORRER DA MÁQUINA, Jornal do Brasil, 23 de Setembro de 1967).

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Eu existo [Citação 018]

"Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecoas da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo." [A SURPRESA, Jornal do Brasil, 19 de Agosto de 1967)
Nunca fui muito amiga dos espelhos, os que tenho em casa ou ganhei ou veio com um móvel ou com a própria casa quando aluguei, mas nos últimos três anos muitas vezes me peguei nessa experiência de vê minha imagem refletida, pensar "então essa sou eu" e fotografar porque em nosso tempo o registo de imagens é quase involuntário. Até hoje pela manhã não sabia nomear a motivação desses registros... agora sei, não é narcisismo, é alegria de ser, é a sensação descrita pela Sylvia Plath em "A redoma de vidro" quando disse: "Respirei fundo e ouvi a batida presunçosa do meu coração. Eu existo eu existo eu existo." (Sylvia Plath).