domingo, 30 de junho de 2013

Sonhos...

Uma vez há alguns anos atrás uma das professoras mais queridas que já tive fez a minha então jovem turma de aprendizes de historiadores e historiadoras a seguinte pergunta:

"O que move a História?"

Não foram poucas as respostas que surgiram: dinheiro, poder, fama, fortuna, ambição, cobiça, guerras, política... Enfim... no final de nossas suposições ela soltou a dela: 

SONHOS


Mas Sonhos???

Mas como assim sonhos???

E explicou, algo que segundo minhas memórias soou mais ou menos assim: A História é uma ciência que se preocupa com os feitos dos homens, e mulheres no tempo e antes de qualquer coisa os nós sonhamos... Dos nossos sonhos nascem nossos desejos e dos desejos todo o resto... politica, dinheiro, poder, fama, um bem maior, esperança... tudo começa nos sonhos.

Depois de tudo ela nos presentou com uma bandeja de sonhos de padaria! E nem preciso dizer que essa foi uma aula inesquecível e vez ou outra, ou vem e sempre, eu lembro desse momento lúdico nos mais diversos contextos.

Sempre quis registrar esse ocorrido aqui, pois acredito nessa ideia de minha ex-professora com nome e alma de pássaro. No entanto, só hoje chegou o momento certo para escrever sobre esse ocorrido.

Pois hoje estou com espirito de comemoração junto a uma de minhas queridas companheiras de virtualidade que está realizando um sonho, escrevendo um capitulo único de sua história.

A Sheila do blog "Cozinha de Mulher" fez publicar o seu primeiro livro, o "Sabores de A ao Z"resultado de uma blogagem coletiva ousada na qual ela percorreu sabores de países do globo terra indo do A ao Z descobrindo pratos possíveis de serem feitos por pessoas com ou sem muita experiencia com facas, panelas e fogão. Eu estou feliz com a Sheila e tenho que divulgar essa experiencia!


Eu não poderia deixar de felicitar, divulgar e festejar junto a Sheila esse feito enquanto desejo que todo mundo sonhe mais e melhor, sonhos individuais e coletivos e que ao acordar sejamos capazes de transformar nossos sonhos em realidade!

Escrever um livro, plantar uma árvore, ter filhos, colecionar livros, doar livros, viajar para longe, pesquisar, ser mais feliz na segunda-feira... até mesmo mudar o mundo.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Noite de São João...

Desde maio eu voltei a trabalhar na creche e passei a prestar serviço para a prefeitura de Recife como professora de uma escola municipal na qual leciono História, História do Recife e Ensino Religioso. Em síntese: tenho tido dias longos, loucos, meio improváveis, as vezes sinto um dia se tornar uma vida inteira...

Hoje comecei a vida com crianças de três anos, livros infantis, massa de modelar, papas, melancias, banhos, colchões, lençóis, almoço - "Se não comer não ganha suco!" -, higiene bucal, sono, para eles e elas, para mim não...

Depois que eles e elas dormiram eu corri para cima de moto rumo ao mundo do sexto ano com a pré-história e pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra da Capivara; das demandas dos adolescentes agitados, indisciplinados, agressivos, carentes de tudo do sétimo ano e da arte de tentar equilibrar todos os conflitos para falar da Idade Média antes que o sinal toque para o intervalo; e dos dois nonos anos onde todos os habitantes da América Pré-colombiana parecem olhar para mim esperando com a paciência única dos mortos para ver como faço para resolver o alvoroço dos alunos, a forma como a sala está de cabeça para baixo e ainda assim encontrar tempo para falar sobre eles.

Não, um dia não é uma vida, o dia é mil vidas. A minha, a dos alunos e a de todos os mortos que precisam ser invocados nas aulas de história!

Enfim, depois de tudo, quando finalmente comecei a trilhar o caminho que me traz de volta para casa eu encontrei com várias fogueiras acesas. Amanhã é dia de São Pedro e aqui, nos bairros de subúrbio do Recife, essa tradição persiste. A frente de uma casa a folgueira já estava com o fogo alto dançando no ritmo do vento de cidade litorânea, em outra uma criança soltava bombinhas, mais a frente havia pessoas bebendo algo alcoílico e comendo comida de milho... e tantas outras cenas...


Me ocorreu que acontecia algo como uma "noite de S. João para além do muro do meu quintal" e "do lado de cá" estava "eu sem noite de S. João" contando apenas "com uma sombra de luz de fogueiras na noite, um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos e um grito casual de quem não sabe que eu existo".

Ando meio melancólica por esses dias, tentei omitir isso desse espaço, afinal um diário/blog é feito de memória e esquecimento e sempre se pode esquecer de momentos tristes... Mas, em perspectiva eu sinto que vou gostar de lembrar dessa noite melancólica noite de São Pedro e da poesia de Fernando Pessoa que o Vitor Ramil musicou tão lindamente. Deixo aqui o registro do momento, do poema e da música.


Noite de S. João

Noite de S. João para além do muro do meu quintal. 
Do lado de cá, eu sem noite de S. João. 
Porque há S. João onde o festejam. 
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite, 
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos. 
E um grito casual de quem não sabe que eu existo. 

Alberto Caeiro, In: "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Autoras...

Quase em cima do laço, estamos publicando o podcast do mês de junho. Em função da falta de internet, pasmem, do lado alemão Atlântico, só conseguimos gravar ontem a oitava "tagarelação literária" das Meninas dos Livros. O tema da vez foi Escritoras. Cada uma de nós falou de uma autora que nos marcou especialmente, ou por um livro, ou por vários. 


Dona Aleska falou sobre Jean Kwok e seu livro A Garota Traduzida. A nossa prefeita, Michele Lima, que já está pensando nas eleições, falou de Marian Keyes, enquanto eu falei sobre a Marion Zimmer Bradley por, além de ser autora de As Brumas de Avalon, e a Ana se empolgou falando da Agatha Christie.

Enfim, quem gosta de ouvir falar de livros, autoras e derivados, sinta-se convidado a ouvir nosso bate-papo e comentar, aqui e lá no blog das "Meninas dos Livros", nós sempre respondemos os comentários \o/





sábado, 22 de junho de 2013

Fechando ciclos...

Definitivamente tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo nesses dias enquanto o Brasil deixa de ser o país do futebol para ser o país das manifestações... Sei lá, nunca pensei que viveria um tempo assim, mas vou dizer uma coisa: "Eu não estava dormindo!" e muitas pessoas também não estavam essas manifestações não apareceram do nada, elas são parte de um movimento em torno de uma conscientização politica... espero que algo continue mudando em nós e para melhor.

Sim, continue mudando porque algo no Brasil já vem se transformando há tempos, desde o momento no qual elegemos o Lula para presidente nos negando a aceitar algo minimamente semelhante a Fernando Henrique novamente. Penso que depois do Lula ficou um grande buraco frustrado no coração do Brasileiro, esperávamos mais dele e de alguma forma por esses dias conseguimos expressar essa frustração misturada com o desejo der ter mais e melhor.

A parte isso, eu particularmente também vivo um momento de fechamento de ciclo... Enfim defendi minha dissertação ontem. A dissertação em si levou dois anos para ser conclusa entre a reelaboração do projeto, a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a escrita do texto, mas eu tenho a impressão que levei uma vida para realizar isso.

Meu Deus, como me sinto cansada!!!
Feliz, cansada, meio chapada e mais um pouco cansada!!!

Claro, também me sinto uma professora de História mais completa, agora posso dizer que fiz uma pesquisa histórica, respondi um problema historiográfico e colaborei com algo para a conhecimento da história de minha cidade e de minha profissão e embora minha pesquisa e meu problema não sejam coisas grandiosas essa realização é significativa para mim e eu não acreditava muito que seria possível.

Então, agora eu me sinto muito grata a Deus, a minha família, aos meus amigos e também as pessoas queridas, companheiros e companheiras de virtualidade que me doaram de graça ao longo do processo da pesquisa palavras de apoio e incentivo através desse blog sempre que eu expus aqui de alguma forma minhas angústias e inseguranças.

Muito, muito, muito obrigada \o/ 


Sou muito grata a cada um de vocês!!!
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P.S.: Só a titulo de registro, vou deixar nesse post o resumo do meu trabalho para o caso de alguém ter curiosidade de saber em que investir tanto de meu tempo.

CULTURAS ESCOLARES EM RECIFE: ESCOLAS PARTICULARES E MÉTODOS DE ENSINO (1880-1888)

Nos últimos vinte anos o conceito de cultura escolar emergiu dentro do cenário das pesquisas em educação no Brasil. Compreendido como uma das facetas do processo de escolarização, ele engloba toda a vida escolar, ideias, corpos, mentes, objetos, condutas, formas de ser e fazer. Nesse trabalho investigamos, através dos anúncios de escolas publicados por professores particulares no Diário de Pernambuco, algumas das características das culturas escolares anunciadas e potencialmente vividas na cidade do Recife entre 1880 e 1888. Nos anúncios, os docentes apresentaram os endereços de suas escolas, algumas características dos prédios e espaços nos quais suas escolas funcionaram, os graus de instrução potencialmente ensinados (primário e secundário), as disciplinas oferecidas, os valores morais orientadores do ensino, métodos de ensino, os objetivos a serem alcançados pelos alunos e etc. Dessas informações nos detivemos nos endereços, através dos quais mapeamos as escolas, localizando-as na geografia da cidade. Além disso, analisamos as descrições dos espaços escolares e dos métodos anunciados. Para investigar as características dos métodos de ensino anunciados somamos, aos anúncios das escolas, a análise das cartilhas de alfabetização dos métodos de Castilho, João de Deus e Intuitivo ou Lição das Coisas. Por fim, analisamos como e se as culturas escolares do Recife, nos últimos anos da escravidão, se relacionaram, ou não com os debates acerca da Abolição, característicos do período. Por fim, concluímos que nas culturas das escolas particulares do Recife localizaram-se nos bairros centrais, estiveram abertas aos debates pedagógicos característicos do período, mas se mantiveram majoritariamente distanciadas dos debates e propostas, tanto abolicionistas, quanto escravistas.

domingo, 16 de junho de 2013

IDENTIDADE de Educadora

Depois de finalmente terminar de escrever a dissertação, voltei para a trabalhar na creche e as minhas funções como Auxiliar do Desenvolvimento Infantil. Consequentemente voltei a me deparar com os velhos dilemas e lutas de minha categoria. Em meio a esse momento de voltar a respirar os ares da creche encontrei o blog  "Bélgica Soares: Mais uma educadora que acredita no Brasil" e esse texto dela revela nosso atual momento com a prefeitura e nós mesmas tão bem que pedi a ela para publica-lo aqui para começar bem a semana.

Em busca da minha I-D-E-N-T-I-D-A-D-E de Educadora
Por educadora Bélgica Soares

Estes dias de luta pelo RECONHECIMENTO PEDAGÓGICO do ADI, do qual venho sempre trazendo alguns artigos aqui e na minha página do Face, me passou uma pergunta pela cabeça…

Você acha este trabalho:


Igual a este?


A prefeitura da cidade do Recife acha!

Não está entendendo? Eu explico.

Em 2006 a PCR abriu um concurso público com 500 vagas para a criação do cargo de ADI – os AUXILIARES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL – que teriam entre suas atribuições trabalhar nas salas de aula das Creches e CEMEI’s desta cidade. Até ai, tudo estaria bem, se não fosse pelo enquadramento que eles deram a estes profissionais : ADMINISTRATIVOS. Você acredita? Eu também não. Estes profissionais que estão em salas de aula há quase 7 anos NÃO SÃO RECONHECIDOS pelo seu trabalho pedagógico.

É bem verdade que este cargo surge pra cobrir um déficit na Educação Infantil, que diga-se de passagem foi resolvido (em partes), pois eles dão continuidade ao trabalho educacional quando há ausência dos professores, seja pelas inúmeras licenças médicas, férias de julho – chamada carinhosamente de “recesso escolar” – para planejamento, reuniões, assembleias, etc… O mais chocante é a carga horária que estes profissionais cumprem: de 40 horas semanais… Normalmente, qualquer um diria: “mas tem professor que dá aula em 2 ou 3 lugares diferentes“; e eu diria: “certo“… Tudo certo, se não fosse a diferença salarial. Um professor de Creche recebe nesta mesma instituição, um salário de R$1.213,61 – por 29 horas semanais, enquanto um ADI recebe R$746,39 por 40 horas semanais trabalhadas. Ficou chocado? Então, some a isso tudo um trabalho em que você está sentado o dia todo no chão, pois as salas de Educação Infantil não possuem cadeiras nem mesas, dando banho em 15 crianças em banheiros ainda não adequados, em prédios adaptados, sem ventiladores ou material suficiente, sentando e levantando umas 40 vezes por dia, ufa… Cansou? Eu cansei só de lembrar (rsrsrsrsrs)

Muitos questionamentos vem sendo levantados em relação ao nosso trabalho, até ouvi de alguém que o que fazemos não é educacional pois, dar banho, alimentar e cuidar de forma mais geral é administrar o tempo… Não acredito que num país que diz tanto valorizar a educação, de discursos que falam em período de eleições sobre a importância de espaços educacionais e valorização dos profissionais de educação alguém ainda acredite neste tipo de argumento… Fico mesmo sem resposta, pois é a mesma coisa de dizer que Creche é essencial pois, sem ela as crianças não comem (justificativa usada na idade média), será preciso dar uma aula pedagógica a estas pessoas pra que elas entendam que Creche deixou de ser assistencial e passou a ser educacional, há muito tempo? Afinal, o cuidar e o educar são entendidas pela própria LDB como indissociáveis no trabalho pedagógico.

Diante de tudo isso, é muito fácil pra mim responder a você leitor o porquê de mesmo depois de tudo que descrevi, depois de quase sete anos, um problema de coluna e muitas decepções com gestores – professores e sociedade que não valorizam este lindo trabalho que desenvolvemos eu ainda continuo exercendo esta função. Por que eu acredito no trabalho que desenvolvo todos os dias ao lado dos meus companheiros, crianças e famílias do CEMEI que estou lotada. EU AMO MEU TRABALHO, mas eu aceito um salário digno e condições melhores, e você…

Qual a sua opinião?



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Texto originalmente publicado  nesse link 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A música da novela que traduziu o meu momento...

Talvez por minha mãe não ser fã de novelas ou por instinto mesmo eu não me tornei uma pessoa noveleira de verdade. Apenas com a aposentadoria de painho e a descoberta de seu gosto por novelas me tornei uma pessoa que vez em sempre acompanha, ainda que de forma indisciplinada, um ou mais de um folhetim sem nenhum motivo especial.

Então hoje quando cheguei do trabalho liguei a televisão em busca de alguma novela para ver... E enquanto lia as redações feitas pelos alunos de uma escola da prefeitura para a qual ando prestando serviço ouvindo o som das vozes dos autores e levantando a cabeça vez ou outra de repente fui atingida pela voz do  Ney Matogrosso cantando algo que tinha vivido: "Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo eu acordei com medo e procurei no escuro..."

Nem sei o que escrever sobre a música... ela descreve bem meu momento... O Ney Matogrosso cantando parece compreender tão bem o sentimento... e enquanto eu o ouvia sentia como se alguém me dissesse coisas do tipo:

"Você não está sozinha!
Você não é a primeira pessoa que se sentiu assim!
Você não é a última pessoa que vai se sentir assim!
As luzes estão incrustadas em todo o túnel olhe bem em seu entorno!"

Quando terminei de ouvir a cação corri para a net, procurei por ela, ouvi mil vezes, não fiquei satisfeita e precisei escrever esse post para guardar a música em minha própria caixa de pertences compartilhados...

Engraçado, já tinha publicado o post, mas em meio a pesquisas descobri (nesse link) que a música foi escrita em 1974 por ninguém menos que o Cazuza. Reza a lenda que ele tinha 16 anos, fez o poema para a avó e quando ela morreu, anos depois dele, a família deu o para o Ney Matogrosso; o trabalho de musicalização do texto foi feito pelo Frejat.

É engraçado como eu não tenho praticamente nada em comum com o Cazuza, mas vivo sofrendo de empatia com a arte dele...

Poema
Cazuza

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim,
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A sorte está lançada!


Reza a lenda que essa frase  tem suas origens nos jogos de dados comuns na Roma antiga e entrou para a história quando foi dita pelo general romano Júlio César (100 a.C. a 44 a.C.).

Dizem que "ao lado de Pompeu e Crasso, César havia composto o Primeiro Triunvirato, que governara Roma até a morte de Crasso, em 53 a.C. Em 49 a.C., César era o cônsul na Gália e, diante da crescente influência de Pompeu sobre Roma, resolveu levar suas tropas para a capital. Às margens do Rio Rubicão, no limite entre os territórios governados por César, e de Roma, em poder de Pompeu, Júlio César parou. Atravessar o rio exigia uma autorização do Senado. O general foi até a margem e disse: “A sorte está lançada” ou "Alea jacta est", em latim. Era uma declaração de guerra." (Fonte da Informação) 

Quanto a mim, estou usando ela para registrar e compartilhar com meus amigos e amigas de virtualidade que enfim terminei de escrever minha dissertação, entreguei a banca, recebi a confirmação da data e a defesa é dia 21/06/2013.

Por favor, se não for pedir demais, torçam por mim....

Ah, obrigada a todos e todas que deram aquele apoio moral em todos quando as minhas angustias com a pós extrapolaram as barreiras e vieram para aqui.


sábado, 8 de junho de 2013

Espelhos e reflexos...


Sempre é fácil quebrar
encantos,
sentimentos,
sonhos...
espelhos.
Nunca é fácil quebrar
dúvidas,
angústias,
medos...
reflexos.

_________________

Essa é a minha participação na 10ª Edição do projeto "Uma imagem, 140 caracteres".
De todas as imagens do 140 caracteres, essa foi a que mais me soou familiar, quase intima.
Foi difícil desabafar.
Mas não escrever necessariamente.
Quebrar espelhos é tão fácil.
Deveria ser igualmente fácil se livrar das imagens que eles refletem.
Odeio espelhos!
Eu e minhas fragilidades...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Divindades da mitologia "indígena" "brasileira"

Um dos meus interesses de vida é conhecer um pouco mais sobre diferentes mitologias e em especial as mitologias nascidas aqui no Brasil. Tanto as derivadas do contato entre "índios", europeus e africanos, tanto as dos três povos separadamente.

Abri esse post para divulgar algo que vi sobre a mitologia indígena, não creio que exista apenas uma mitologia "indígena", aliás mesmo o nome "indígena" é discutível em minha opinião. Acho que chamar de índios os povos que habitavam o território conhecido hoje como Brasil um tanto inadequado, um amigo meu disse que na Argentina os povos nativos preferem o nome "primeiros habitantes", eu acho isso mais digno.

Enfim, voltando ao foco, a questão é que as mitologias indígenas brasileiros padecem de uma infantilização terrível. Os primeiros habitantes do Brasil tem sido constantemente representados como crianças e seu conjunto mitológico descrito como coisa quase infantil.

Como, além de professora de ser história, tenho um nome que faz referencia a um mito indígena vem lá vem cá estou procurando informações sobre essa mitologia. Fiquei feliz quando a um tempo atrás fiquei encontrei uma imagem na qual algumas divindades indígenas brasileiras apareciam adultas, pensei: "Uau, eles cresceram!" E postei sobre isso em outro blog, o blog acabou decidi repostar aqui.


Eles cresceram...


Tupã é o autor do trovão e dos relâmpagos, sendo o criador do raio, tal onipresença celeste confere a este um poder significativo na mitologia Tupinambá.

JACI, a formosa deusa Jaci, a Lua, a Rainha da Noite que traz suavidade e encanto para a vida dos homens.

No início de todas as coisas, Tupã criou o infinito cheio de beleza e perfeição. Povoou de seres luminosos o vasto céu e as alturas celestes, onde está seu reino. Criou então, a formosa deusa Jaci, a Lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos homens. Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa. Jaci era irmã de Iara, a deusa dos lagos serenos.

Guaraci ou Quaraci na mitologia tupi-guarani é a representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos processos biológicos. Também conhecido como Coaraci. É identificado com o deus hindu Brahma e com o egípcio Osíris.

Yorixiriamori - Esse deus deixava as mulheres encantadas com seu canto,o que despertou a inveja nos homens,que tentaram matá-lo. O deus fugiu sob a forma de um pássaro. É um personagem do mito “A Árvore Cantante”, dos Ianomâmis. Essa árvore desapareceu depois da fuga da divindade.

Anhangá - Deus do inferno e inimigo de Tupã.Pode se transformar em vários animais, e quando aparece para alguém, é sinal de má-sorte.

Ceuci - Deusa protetora das lavouras e das moradias, seu filho Jurupari, mesmo nome de um peixe brasileiro, nasceu do fruto da Cucura-purumã, árvore que simboliza o bem e o mal na mitologia Tupi-guarani.

Akuanduba - Divindade dos índios araras, tocava a sua flauta para por ordem no mundo.

Wanadi - Deus dos iecuanas,ele criou três seres para gerarem o mundo. Os dois primeiros cometeram um erro, e criaram uma criatura defeituosa,que representa os males do mundo. O terceiro concluiu o ato da criação.

Yebá Bëló - Conhecida também como “A mulher que apareceu do nada”, é uma divindade do mito de criação dos índios dessanas.Segundo eles,os seres humanos surgiram das folhas de coca(ipadu), que ela mascava.
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P.S.: Publiquei esse post no EmQuantos, na época uma moça chamada  Marina M. M. fez um comentário super interessante, tentei acha-la para pedi permissão a ela para postar o comentário... Marina se você aparecer por aqui saiba que ainda quero publicar seu comentário.

A proposito, sem querer me gabar e já me gabando, parabéns para mim que tenho a Lua no nome 
\o/


domingo, 2 de junho de 2013

As velhas fotos...


Abrindo a velha caixa
Encontrei aquela foto
Ri sozinha
Lembrei do Quintana
"O tempo não para!
Só a saudade faz as coisas pararem no tempo."

Essa postagem faz parte do desafio: Uma imagem, 140 caracteres - 9ª Edição,
Uma proposta do blog Escritos Lisérgicos