segunda-feira, 24 de junho de 2013

Autoras...

Quase em cima do laço, estamos publicando o podcast do mês de junho. Em função da falta de internet, pasmem, do lado alemão Atlântico, só conseguimos gravar ontem a oitava "tagarelação literária" das Meninas dos Livros. O tema da vez foi Escritoras. Cada uma de nós falou de uma autora que nos marcou especialmente, ou por um livro, ou por vários. 


Dona Aleska falou sobre Jean Kwok e seu livro A Garota Traduzida. A nossa prefeita, Michele Lima, que já está pensando nas eleições, falou de Marian Keyes, enquanto eu falei sobre a Marion Zimmer Bradley por, além de ser autora de As Brumas de Avalon, e a Ana se empolgou falando da Agatha Christie.

Enfim, quem gosta de ouvir falar de livros, autoras e derivados, sinta-se convidado a ouvir nosso bate-papo e comentar, aqui e lá no blog das "Meninas dos Livros", nós sempre respondemos os comentários \o/





sábado, 22 de junho de 2013

Fechando ciclos...

Definitivamente tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo nesses dias enquanto o Brasil deixa de ser o país do futebol para ser o país das manifestações... Sei lá, nunca pensei que viveria um tempo assim, mas vou dizer uma coisa: "Eu não estava dormindo!" e muitas pessoas também não estavam essas manifestações não apareceram do nada, elas são parte de um movimento em torno de uma conscientização politica... espero que algo continue mudando em nós e para melhor.

Sim, continue mudando porque algo no Brasil já vem se transformando há tempos, desde o momento no qual elegemos o Lula para presidente nos negando a aceitar algo minimamente semelhante a Fernando Henrique novamente. Penso que depois do Lula ficou um grande buraco frustrado no coração do Brasileiro, esperávamos mais dele e de alguma forma por esses dias conseguimos expressar essa frustração misturada com o desejo der ter mais e melhor.

A parte isso, eu particularmente também vivo um momento de fechamento de ciclo... Enfim defendi minha dissertação ontem. A dissertação em si levou dois anos para ser conclusa entre a reelaboração do projeto, a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a escrita do texto, mas eu tenho a impressão que levei uma vida para realizar isso.

Meu Deus, como me sinto cansada!!!
Feliz, cansada, meio chapada e mais um pouco cansada!!!

Claro, também me sinto uma professora de História mais completa, agora posso dizer que fiz uma pesquisa histórica, respondi um problema historiográfico e colaborei com algo para a conhecimento da história de minha cidade e de minha profissão e embora minha pesquisa e meu problema não sejam coisas grandiosas essa realização é significativa para mim e eu não acreditava muito que seria possível.

Então, agora eu me sinto muito grata a Deus, a minha família, aos meus amigos e também as pessoas queridas, companheiros e companheiras de virtualidade que me doaram de graça ao longo do processo da pesquisa palavras de apoio e incentivo através desse blog sempre que eu expus aqui de alguma forma minhas angústias e inseguranças.

Muito, muito, muito obrigada \o/ 


Sou muito grata a cada um de vocês!!!
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P.S.: Só a titulo de registro, vou deixar nesse post o resumo do meu trabalho para o caso de alguém ter curiosidade de saber em que investir tanto de meu tempo.

CULTURAS ESCOLARES EM RECIFE: ESCOLAS PARTICULARES E MÉTODOS DE ENSINO (1880-1888)

Nos últimos vinte anos o conceito de cultura escolar emergiu dentro do cenário das pesquisas em educação no Brasil. Compreendido como uma das facetas do processo de escolarização, ele engloba toda a vida escolar, ideias, corpos, mentes, objetos, condutas, formas de ser e fazer. Nesse trabalho investigamos, através dos anúncios de escolas publicados por professores particulares no Diário de Pernambuco, algumas das características das culturas escolares anunciadas e potencialmente vividas na cidade do Recife entre 1880 e 1888. Nos anúncios, os docentes apresentaram os endereços de suas escolas, algumas características dos prédios e espaços nos quais suas escolas funcionaram, os graus de instrução potencialmente ensinados (primário e secundário), as disciplinas oferecidas, os valores morais orientadores do ensino, métodos de ensino, os objetivos a serem alcançados pelos alunos e etc. Dessas informações nos detivemos nos endereços, através dos quais mapeamos as escolas, localizando-as na geografia da cidade. Além disso, analisamos as descrições dos espaços escolares e dos métodos anunciados. Para investigar as características dos métodos de ensino anunciados somamos, aos anúncios das escolas, a análise das cartilhas de alfabetização dos métodos de Castilho, João de Deus e Intuitivo ou Lição das Coisas. Por fim, analisamos como e se as culturas escolares do Recife, nos últimos anos da escravidão, se relacionaram, ou não com os debates acerca da Abolição, característicos do período. Por fim, concluímos que nas culturas das escolas particulares do Recife localizaram-se nos bairros centrais, estiveram abertas aos debates pedagógicos característicos do período, mas se mantiveram majoritariamente distanciadas dos debates e propostas, tanto abolicionistas, quanto escravistas.

domingo, 16 de junho de 2013

IDENTIDADE de Educadora

Depois de finalmente terminar de escrever a dissertação, voltei para a trabalhar na creche e as minhas funções como Auxiliar do Desenvolvimento Infantil. Consequentemente voltei a me deparar com os velhos dilemas e lutas de minha categoria. Em meio a esse momento de voltar a respirar os ares da creche encontrei o blog  "Bélgica Soares: Mais uma educadora que acredita no Brasil" e esse texto dela revela nosso atual momento com a prefeitura e nós mesmas tão bem que pedi a ela para publica-lo aqui para começar bem a semana.

Em busca da minha I-D-E-N-T-I-D-A-D-E de Educadora
Por educadora Bélgica Soares

Estes dias de luta pelo RECONHECIMENTO PEDAGÓGICO do ADI, do qual venho sempre trazendo alguns artigos aqui e na minha página do Face, me passou uma pergunta pela cabeça…

Você acha este trabalho:


Igual a este?


A prefeitura da cidade do Recife acha!

Não está entendendo? Eu explico.

Em 2006 a PCR abriu um concurso público com 500 vagas para a criação do cargo de ADI – os AUXILIARES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL – que teriam entre suas atribuições trabalhar nas salas de aula das Creches e CEMEI’s desta cidade. Até ai, tudo estaria bem, se não fosse pelo enquadramento que eles deram a estes profissionais : ADMINISTRATIVOS. Você acredita? Eu também não. Estes profissionais que estão em salas de aula há quase 7 anos NÃO SÃO RECONHECIDOS pelo seu trabalho pedagógico.

É bem verdade que este cargo surge pra cobrir um déficit na Educação Infantil, que diga-se de passagem foi resolvido (em partes), pois eles dão continuidade ao trabalho educacional quando há ausência dos professores, seja pelas inúmeras licenças médicas, férias de julho – chamada carinhosamente de “recesso escolar” – para planejamento, reuniões, assembleias, etc… O mais chocante é a carga horária que estes profissionais cumprem: de 40 horas semanais… Normalmente, qualquer um diria: “mas tem professor que dá aula em 2 ou 3 lugares diferentes“; e eu diria: “certo“… Tudo certo, se não fosse a diferença salarial. Um professor de Creche recebe nesta mesma instituição, um salário de R$1.213,61 – por 29 horas semanais, enquanto um ADI recebe R$746,39 por 40 horas semanais trabalhadas. Ficou chocado? Então, some a isso tudo um trabalho em que você está sentado o dia todo no chão, pois as salas de Educação Infantil não possuem cadeiras nem mesas, dando banho em 15 crianças em banheiros ainda não adequados, em prédios adaptados, sem ventiladores ou material suficiente, sentando e levantando umas 40 vezes por dia, ufa… Cansou? Eu cansei só de lembrar (rsrsrsrsrs)

Muitos questionamentos vem sendo levantados em relação ao nosso trabalho, até ouvi de alguém que o que fazemos não é educacional pois, dar banho, alimentar e cuidar de forma mais geral é administrar o tempo… Não acredito que num país que diz tanto valorizar a educação, de discursos que falam em período de eleições sobre a importância de espaços educacionais e valorização dos profissionais de educação alguém ainda acredite neste tipo de argumento… Fico mesmo sem resposta, pois é a mesma coisa de dizer que Creche é essencial pois, sem ela as crianças não comem (justificativa usada na idade média), será preciso dar uma aula pedagógica a estas pessoas pra que elas entendam que Creche deixou de ser assistencial e passou a ser educacional, há muito tempo? Afinal, o cuidar e o educar são entendidas pela própria LDB como indissociáveis no trabalho pedagógico.

Diante de tudo isso, é muito fácil pra mim responder a você leitor o porquê de mesmo depois de tudo que descrevi, depois de quase sete anos, um problema de coluna e muitas decepções com gestores – professores e sociedade que não valorizam este lindo trabalho que desenvolvemos eu ainda continuo exercendo esta função. Por que eu acredito no trabalho que desenvolvo todos os dias ao lado dos meus companheiros, crianças e famílias do CEMEI que estou lotada. EU AMO MEU TRABALHO, mas eu aceito um salário digno e condições melhores, e você…

Qual a sua opinião?



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Texto originalmente publicado  nesse link 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A música da novela que traduziu o meu momento...

Talvez por minha mãe não ser fã de novelas ou por instinto mesmo eu não me tornei uma pessoa noveleira de verdade. Apenas com a aposentadoria de painho e a descoberta de seu gosto por novelas me tornei uma pessoa que vez em sempre acompanha, ainda que de forma indisciplinada, um ou mais de um folhetim sem nenhum motivo especial.

Então hoje quando cheguei do trabalho liguei a televisão em busca de alguma novela para ver... E enquanto lia as redações feitas pelos alunos de uma escola da prefeitura para a qual ando prestando serviço ouvindo o som das vozes dos autores e levantando a cabeça vez ou outra de repente fui atingida pela voz do  Ney Matogrosso cantando algo que tinha vivido: "Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo eu acordei com medo e procurei no escuro..."

Nem sei o que escrever sobre a música... ela descreve bem meu momento... O Ney Matogrosso cantando parece compreender tão bem o sentimento... e enquanto eu o ouvia sentia como se alguém me dissesse coisas do tipo:

"Você não está sozinha!
Você não é a primeira pessoa que se sentiu assim!
Você não é a última pessoa que vai se sentir assim!
As luzes estão incrustadas em todo o túnel olhe bem em seu entorno!"

Quando terminei de ouvir a cação corri para a net, procurei por ela, ouvi mil vezes, não fiquei satisfeita e precisei escrever esse post para guardar a música em minha própria caixa de pertences compartilhados...

Engraçado, já tinha publicado o post, mas em meio a pesquisas descobri (nesse link) que a música foi escrita em 1974 por ninguém menos que o Cazuza. Reza a lenda que ele tinha 16 anos, fez o poema para a avó e quando ela morreu, anos depois dele, a família deu o para o Ney Matogrosso; o trabalho de musicalização do texto foi feito pelo Frejat.

É engraçado como eu não tenho praticamente nada em comum com o Cazuza, mas vivo sofrendo de empatia com a arte dele...

Poema
Cazuza

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim,
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A sorte está lançada!


Reza a lenda que essa frase  tem suas origens nos jogos de dados comuns na Roma antiga e entrou para a história quando foi dita pelo general romano Júlio César (100 a.C. a 44 a.C.).

Dizem que "ao lado de Pompeu e Crasso, César havia composto o Primeiro Triunvirato, que governara Roma até a morte de Crasso, em 53 a.C. Em 49 a.C., César era o cônsul na Gália e, diante da crescente influência de Pompeu sobre Roma, resolveu levar suas tropas para a capital. Às margens do Rio Rubicão, no limite entre os territórios governados por César, e de Roma, em poder de Pompeu, Júlio César parou. Atravessar o rio exigia uma autorização do Senado. O general foi até a margem e disse: “A sorte está lançada” ou "Alea jacta est", em latim. Era uma declaração de guerra." (Fonte da Informação) 

Quanto a mim, estou usando ela para registrar e compartilhar com meus amigos e amigas de virtualidade que enfim terminei de escrever minha dissertação, entreguei a banca, recebi a confirmação da data e a defesa é dia 21/06/2013.

Por favor, se não for pedir demais, torçam por mim....

Ah, obrigada a todos e todas que deram aquele apoio moral em todos quando as minhas angustias com a pós extrapolaram as barreiras e vieram para aqui.


sábado, 8 de junho de 2013

Espelhos e reflexos...


Sempre é fácil quebrar
encantos,
sentimentos,
sonhos...
espelhos.
Nunca é fácil quebrar
dúvidas,
angústias,
medos...
reflexos.

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Essa é a minha participação na 10ª Edição do projeto "Uma imagem, 140 caracteres".
De todas as imagens do 140 caracteres, essa foi a que mais me soou familiar, quase intima.
Foi difícil desabafar.
Mas não escrever necessariamente.
Quebrar espelhos é tão fácil.
Deveria ser igualmente fácil se livrar das imagens que eles refletem.
Odeio espelhos!
Eu e minhas fragilidades...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Divindades da mitologia "indígena" "brasileira"

Um dos meus interesses de vida é conhecer um pouco mais sobre diferentes mitologias e em especial as mitologias nascidas aqui no Brasil. Tanto as derivadas do contato entre "índios", europeus e africanos, tanto as dos três povos separadamente.

Abri esse post para divulgar algo que vi sobre a mitologia indígena, não creio que exista apenas uma mitologia "indígena", aliás mesmo o nome "indígena" é discutível em minha opinião. Acho que chamar de índios os povos que habitavam o território conhecido hoje como Brasil um tanto inadequado, um amigo meu disse que na Argentina os povos nativos preferem o nome "primeiros habitantes", eu acho isso mais digno.

Enfim, voltando ao foco, a questão é que as mitologias indígenas brasileiros padecem de uma infantilização terrível. Os primeiros habitantes do Brasil tem sido constantemente representados como crianças e seu conjunto mitológico descrito como coisa quase infantil.

Como, além de professora de ser história, tenho um nome que faz referencia a um mito indígena vem lá vem cá estou procurando informações sobre essa mitologia. Fiquei feliz quando a um tempo atrás fiquei encontrei uma imagem na qual algumas divindades indígenas brasileiras apareciam adultas, pensei: "Uau, eles cresceram!" E postei sobre isso em outro blog, o blog acabou decidi repostar aqui.


Eles cresceram...


Tupã é o autor do trovão e dos relâmpagos, sendo o criador do raio, tal onipresença celeste confere a este um poder significativo na mitologia Tupinambá.

JACI, a formosa deusa Jaci, a Lua, a Rainha da Noite que traz suavidade e encanto para a vida dos homens.

No início de todas as coisas, Tupã criou o infinito cheio de beleza e perfeição. Povoou de seres luminosos o vasto céu e as alturas celestes, onde está seu reino. Criou então, a formosa deusa Jaci, a Lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos homens. Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa. Jaci era irmã de Iara, a deusa dos lagos serenos.

Guaraci ou Quaraci na mitologia tupi-guarani é a representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos processos biológicos. Também conhecido como Coaraci. É identificado com o deus hindu Brahma e com o egípcio Osíris.

Yorixiriamori - Esse deus deixava as mulheres encantadas com seu canto,o que despertou a inveja nos homens,que tentaram matá-lo. O deus fugiu sob a forma de um pássaro. É um personagem do mito “A Árvore Cantante”, dos Ianomâmis. Essa árvore desapareceu depois da fuga da divindade.

Anhangá - Deus do inferno e inimigo de Tupã.Pode se transformar em vários animais, e quando aparece para alguém, é sinal de má-sorte.

Ceuci - Deusa protetora das lavouras e das moradias, seu filho Jurupari, mesmo nome de um peixe brasileiro, nasceu do fruto da Cucura-purumã, árvore que simboliza o bem e o mal na mitologia Tupi-guarani.

Akuanduba - Divindade dos índios araras, tocava a sua flauta para por ordem no mundo.

Wanadi - Deus dos iecuanas,ele criou três seres para gerarem o mundo. Os dois primeiros cometeram um erro, e criaram uma criatura defeituosa,que representa os males do mundo. O terceiro concluiu o ato da criação.

Yebá Bëló - Conhecida também como “A mulher que apareceu do nada”, é uma divindade do mito de criação dos índios dessanas.Segundo eles,os seres humanos surgiram das folhas de coca(ipadu), que ela mascava.
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P.S.: Publiquei esse post no EmQuantos, na época uma moça chamada  Marina M. M. fez um comentário super interessante, tentei acha-la para pedi permissão a ela para postar o comentário... Marina se você aparecer por aqui saiba que ainda quero publicar seu comentário.

A proposito, sem querer me gabar e já me gabando, parabéns para mim que tenho a Lua no nome 
\o/


domingo, 2 de junho de 2013

As velhas fotos...


Abrindo a velha caixa
Encontrei aquela foto
Ri sozinha
Lembrei do Quintana
"O tempo não para!
Só a saudade faz as coisas pararem no tempo."

Essa postagem faz parte do desafio: Uma imagem, 140 caracteres - 9ª Edição,
Uma proposta do blog Escritos Lisérgicos
  

sexta-feira, 31 de maio de 2013

25 coisas para fazer antes...

Encontrei  um texto chamado "25 coisas para fazer antes dos 25" e achei muito legal. Através dele, deu para perceber que esses dilemas tão meus na verdade são também de outras tantas pessoas e eu decidi no impulso publicar aqui o texto e junto a ele algumas coisas que me ocorreram enquanto eu lia.

Aliás, só para constar, 25 anos me pareceu uma segunda adolescência, 27 tem parecido assustador, agora parece faltar tão pouco para os 30 e eu ainda não sou a mulher sofisticada, elegante, confiante e bem sucedida que eu desejo ser.

Sem mais, segue a lista

25 coisas para fazer antes dos 25

1. Faça as pazes com os seus pais. Seja por, finalmente, reconhecer que eles realmente querem o melhor para você ou por perdoá-los por serem imperfeitos, você não pode entrar feliz na vida adulta com essa marca de ressentimento familiar. Estou tentando...

2. Beije alguém que seja ‘muita areia para o seu caminhãozinho’. Beije modelos, estudantes de medicina e empreendedores que moram em Dubai, e não se preocupe se eles(a) vão te ligar depois ou não. Não tenho mais idade para isso

3. Minimize a sua passividade. Isso eu fiz \o/

4. Seja subordinado ou faça um bico, para começar a entender como gorjetas funcionam, como manter a paciência perto de babacas e como algumas palavras amáveis podem mudar o dia de alguém. Eu fiz um bico!

5. Reconheça liberdade como uma passada num fast food às 5h30 da madrugada com um bando de estranhos que você acabou de conhecer. Reconheço liberdade como viajar sozinha para onde quero e meu dinheiro permite contra a vontade do resto da família.

6. Tente não se martirizar por possuir um diploma ‘inútil’. Dinheiro é um terror e as coisas não aconteceram exatamente como você planejou, mas você tinha mesmo que fazer faculdade… E ter um diploma não é a pior coisa do mundo. Nós vamos resolver essa confusão, provavelmente. O ponto é que você não merece menos só porque ir à faculdade não trouxe um retorno imediato. Seja paciente, trabalhe com o que você tem e lembre-se que muitos de nós estamos nessa juntos. Né que isso é mais comum do que parece!! Só não consigo decidi se é confortador ou assustador!!

7. Se você está em qualquer emprego que seja, abra uma poupança. Você nunca sabe quando estará desempregado ou  desesperado para fugir da sua vida por uns dias. Mesmo R$20 por semana já fazem R$1040 a mais por ano do que você teria de outro jeito. Uau, não é só minha mãe que diz isso!

8. Adquira o hábito de ir lá fora, aproveitar a luz, cultivar seus amigos, esquecer a internet. Como eu descobrir a net entre os 20 e os 25 isso vai ficar para os 30!

9. Fique curtindo – e alimentando – uma ressaca por 4 dias seguidos. Ainda não tomei aquele porre... Quem sabe um dia...

10. Comece um relacionamento com o(a) sua paixão platônica dizendo que o(a) quer. Diretamente. Tipo, olhando em seu rosto e dizendo assim: Eu quero você. Eu quero ficar com você. Na próxima vida talvez... Mas foi legal descobri que paixões platônicas são comuns nessa idade!

11. Aprenda a dizer não – para você mesmo. Não continue usando salto alto se você odeia, não continue fumando se você odeia o seu cheiro no dia seguinte, pare de passar dias inteiros afundado no sofá para depois reclamar que está perdendo o Sol. Isso é um aprendizado para a vida inteira!

12. Tire um tempo para revisitar os lugares que construíram quem você é: o apartamento em você cresceu, sua escola, sua cidade natal. Esses lugares até podem ficar lá para sempre, mas você definitivamente não. Boa Ideia Sempre!

13. Encontre um hobby que te faça esperar pelo momento de ficar sozinho, que deixe essa solidão momentânea agradável e energizadora. Encontrei!

14. Pense que você se conhece até conhecer alguém mais do que você. Será?

15. Esqueça quem você é, suas prioridades e como uma pessoa deveria ser. Difícil!

16. Identifique os seus medos e, ao invés de deixar que eles controlem as suas ações, encontre e converse com pessoas que já os superaram. Não se contente sem experimentar 000002% do que o mundo tem para oferecer porque você tem medo de viajar de avião. Estou tentando!

17. Adquira o hábito de organizar as coisas e desapegar. Só porque funcionaram em algum momento não significa que você deve mantê-las para sempre – sejam essas ‘coisas’ o seu par de calças favorito ou o seu ex. Aprender a desapegar foi uma conquista... comecei com livros...

18. Pare de se odiar. Estou tentando!

19. Saia e assista àquele filme, leia aquele livro ou ouça aquela banda que você já mentiu sobre ter assistido, lido, ouvido. Fiz isso...

20. Tire vantagem do seguro de saúde enquanto você ainda é saudável. ????

21. Crie o hábito de falar às pessoas como você se sente, seja escrevendo um e-mail de fã para alguém cujo trabalho você ame ou falando ao seu chefe por que você merece um aumento. Tentando também!

22. Namore alguém que diga “Eu te amo” primeiro. Isso vai ficar mesmo para depois dos 25 antes dos 30!

23. Deixe o país com a desculpa de “se encontrar”. Isso não funcionará. Lugares não mudam pessoas. Invés disso, beba bastante sozinho, leia vários livros, faça sexo em albergues sujos e volte para casa quando a saudade bater. Isso vai ficar para o depois dos 25 antes dos 30!

24. Revolucione e compre um Macbook Pro. hum...

25. Largue aquele emprego que te deixa infeliz, termine relacionamentos que te façam agir como um lunático, abandone os amigos que ininterruptamente te dão vontade de vomitar. Você é novo, resiliente, há outros trabalhos, relacionamentos e amigos se você estiver aberto a eles. É isso ai \o/

Eu vi a lista no Ingresse.com,  nesse link

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A sorte das pipas!


Sou uma pessoa levemente distraída, vivo com a cara para o ar, com a cabeça nas nuvens, meu pai debocha me chamando de "Mundo da Lua", apesar do deboche me irritar profundamente tem seu fundo de verdade e eu não mudo porque gosto de ser assim.

Gosto de ser o tipo de pessoa que vive metade a sonhar, gosto de ter os pés no chão e os olhos nas nuvens. Talvez por isso inveje a sorte das pipas que os meninos empinam em dias verão por toda a parte do subúrbio onde moro. Enquanto o sol brilha e o vento sopra esvoaçando saias, cabelos e meus pensamentos vez em sempre paro e fico olhando o movimento das pipas lá no alto, voando quase livres no céu...

Por esses dias meu vizinho resolveu empinar pipa no quintal de minha casa, não resisti e pedi e ele para entrar na brincadeira. Foi ótimo sentir o vento puxando a armação frágil do brinquedo ligado ao chão apenas por uma linha tão tênue que fica invisível. Mas, confesso, apesar do prazer de segurar a linha foi uma tortura ignorar a vontade louca de soltar o fio e deixar a pipa ir embora. Me ocorreu ser uma pena estarem todas as pipas sempre sempre presas por fios semi-invisíveis na imensidão.

Enfim, apesar disso, presas ou não, elas estão tão altas, tão próximas as nuvens, tão envoltas no azul do céu que eu não posso deixar de invejar a sorte delas que podem ir tão alto enquanto meus pés precisam ficar tão presos no chão!



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Esse texto foi publicado pela primeira vez em uma segunda-feira de outubro de 2011... Segunda-feira sempre é um dia que me deprime. Mas as vezes, não sempre e nem constantemente, gosto de combater esse mal estar com algo positivo, esse texto me remete a algo positivo... Vou começar a semana com ele, mesmo que ainda seja Maio, esse mês incomodo, e o céu esteja cinza.