segunda-feira, 31 de maio de 2010

Presente de aniversário \o/

Festa \o/ Festa \o/ Alegria \o/ Alegria \o/

Confesso que não sou a pessoa mais animada para festas, sou super chata com essas coisas, tanto que na Igreja eu mexi todos os meus pauzinhos e meu aniversário passou devidamente em branco, e olha que esse ano caiu nesse domingo, um dia altamente perigoso uma vez que meus compromissos na Igreja são justamente no domingo.

Mas, dos meus amigos de longa data, das crianças que vivem aqui em casa, do povo do orkut e do povo do trabalho eu não escapei e sim, sei que esses são casos perdidos, vem ano vai ano e eles ficam apenas piores... Só fiquei um pouco triste pq as crianças esperavam bolo e não rolou, eu detesto bolo, mas frustração de criança é fogo e ano que vem, se Deus quiser, vou fazer um bolo de chocolate bem grande e vou colocar 25 velas nele, as crianças vão adorar \o/.

Minhas amigas de longa data já estão acostumadas, não morrem por causa de um bolo, Adriana não veio pq adoeceu, mas  Aline veio e Cintia também com Ramom, meu sobrinho lindo, a gente festejou com pizza e file de frango a parmegiana com macarrão pedido de um restaurante que faz entrega e foi massa \o/! Melhor que isso só dois disso.

E hoje as meninas da creche completaram a festa com sorvete e chocolates foi tão boooooooommmm... Foi um dos melhores aniversários que eu já tive e ainda ganhei presente \o/...

Ai, uma das meninas me ofereceu um livro \o/, eu esperava o prometido ovo com farinha, mas ganhei um exemplar lindo de "Alice no país das maravilhas", lindo \o/. Adoro ganhar livros \o/ Esse vai para a galeria dos maiores e melhores presentes que já ganhei, sem explicação possível, sem palavras para descrever a emoção.


E, falando sério, esse ano, como todos os outros eu fiquei emocionada com minhas amigas, Deus sabe que eu sou chata, grossa e altamente lunga e ontem mesmo uma pessoa disse que eu era uma metralhadora sarcástica, mas ano após ano as meninas me convidam para celebrar meu aniversário, como se fosse um dia realmente importante, como se fosse algo a celebrar e isso me faz pensar que mesmo metralhadoras sarcásticas por piores que sejam possuem amigas e são por elas em algum grau amadas.

Amei a lembrança de minhas amigas, amei a presença das crianças, amei o livro, amei os recados do orkut, amei tudooooooooo e não posso deixar de gravar a memória de dessas celebrações.
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Recife, 02 de Junho de 2011.

Promessa feita, promessa cumprida, comprei bolo, refrigerante, coloquei uma vela rosa onde os 25 anos apareciam e celebrei meu 25º aniversário com minha família e os pequenos...

Foi ótimo!!! Olha a foto do bolo para confirmar:

domingo, 30 de maio de 2010

Bossa Nostra , Nação Zumbi.

Paisagens de Inverno, Camilo Pessanha.

Paisagens de Inverno
Camilo Pessanha
Ó meu coração, torna para trás.
Onde vais a correr, desatinado?
Meus olhos incendidos que o pecado
Queimou! o sol! Volvei, noites de paz.
 
Vergam da neve os olmos dos caminhos.
A cinza arrefeceu sobre o brasido.
Noites da serra, o casebre transido...
Ó meus olhos, cismai como os velhinhos.
 
Extintas primaveras evocai-as:
Já vai florir o pomar das maceiras.
Hemos de enfeitar os chapéus de maias.
 
Sossegai, esfriai, olhos febris.
E hemos de ir cantar nas derradeiras
Ladainhas...Doces vozes senis...

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Recife, 21 de Junho de 2011.

Já faz mais de um ano que publiquei esse soneto de Camilo Pessanha, ironicamente publiquei no dia do meu aniversário de 24 anos... Pois é, sempre preciso pedir a meu coração que torne para trás, ele está sempre desatinado, sem contar que em plena primavera quase sempre sinto que algumas paisagens de minha vida são de um Inverno melancólico...

Odeio inverno, amo o Sol!

Espero ansiosamente que o inverno passe, que ele dê espaço a dias de luz, que o calor tome conta dos corpos e que quando tudo se tornar insuportável venha uma brisa marítima esvoaçar as saia e despentear os cabelos... Que a tristeza dê lugar as alegrias breves e longas dos que amam com a certeza de que são amados...

Amo essas postagens antigas que eu tenho a impressão que ninguém ler! Sempre que volto a elas tenho a impressão que estou me encontrando comigo mesmo.

O blog é uma falha no tempo, onde eu posso voltar e ver a mim mesma em um lapso do passado!
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Recife, 29 de Outubro de 2011.


Se passou mais de um ano desde que esse texto foi postado, notadamente ele é mais acessado durante o inverso e, segundo os mecanismos de rastreamento de acessos, os seus acessos costumam vim da Russia e de Portugal, são pessoas que não costumam comentar a postagem, não sei se pegam a imagem ou a poesia.

Para os que vem em busca da poesia deixo essa pérola que encontrei no site da Biblioteca Nacional de Portugal, que é a imagem do manuscrito dessa poesia escrito pelo autor:


Eu adoraria que cada pessoa que se detem no blog ao menos deixasse uma pequena nota na caixa de comentário aos menos para dizer que detestou o texto. Mas, como não posso impor o comentário como condição de acesso o que faço é me resignar.

Decidi hoje adicionar algum dado bibliografico em relação a Camilo Pessanha a essa postagem, tendo como fonte o Portal São Francisco, escolhido pela objetividade do texto, mas um espaço realmente bom para aprender sobre o autor é sua página no site da Biblioteca Nacional de Portugal.


Talvez no futuro eu venha a mecher um pouco mais nessa postagem e acrescente a ela palavras minhas, por hora deixo um texto sintetico sobre o autor.


Camilo de Almeida Pessanha nasceu no dia 7 de setembro de 1867 na cidade de Coimbra em Portugal.

Após formar-se em Direito foi para Macau, na China, onde exerceu a função de Professor.

Acometido de Tuberculose e, segundo alguns estudiosos, viciado em ópio, o que contribuía para o agravamento da doença, retornou várias vezes para a Portugal para tratar da sua saúde.

Essas viagens de pouco valeram, uma vez que o poeta faleceu em 1º de março de 1926 em Macau.

Camilo Pesanha que é, sem sombra de dúvidas, o maior e mais autêntico poeta Simbolista português foi fortemente influenciado pela poesia de do poeta frances Verlaine.

Sua poesia, que influenciou vários poetas modernistas, como por exemplo Fernando Pessoa, mostra o mundo sob a ótica da ilusão, da dor e do pessimismo.

O exílio do mundo e a desilusão em relação à Pátria também estão presentes em sua obra e passam a impressão de desintegração do seu ser.

A sua obra mais famosa é " Clepsidra", relógio de água, que contém poemas com musicalidade marcante e temas até certo ponto dramáticos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vento, ventania me leve sem destino...


Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos... Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar...
Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Ásia, europa, américa... 
(...)
Hum! Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...
Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero mover
As pás dos moinhos
E abrandar o calor do sol
Quero emaranhar
O cabelo da menina
Mandar meus beijos pelo ar...




quinta-feira, 27 de maio de 2010

O vermelho Ainda é a cor que incita a fome

Bossa Nostra
Nação Zumbi

Ninguém quer saber
O gosto do sangue
Mas o vermelho
Ainda é a cor que incita a fome
Depende da hora e da cor
Depende da hora,
Da hora, da cor e do cheiro
Cada cor tem o seu cheiro
Cada hora lança sua dor
E dessa insustentável leveza de ser
Eu gosto mesmo é de vida real
Elevei
Minha alma pra passear
Elevei
Minha alma pra passear
Não me distancio muito de mim
E quando saio não vou longe
fico sempre por perto
Depende da hora e da cor
Depende da hora,
Da hora, da cor e do cheiro
Cada cor tem o seu cheiro
Cada hora lança sua dor
E dessa insustentável leveza de ser
Eu gosto mesmo é de vida real
Elevei
Minha alma pra passear
Elevei
Minha alma pra passear
Linck 

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Não sou uma pessoa musicalizada, entendo muito pouco de música, mas sou apaixonada pelo som da guitarra e pela música produzida pelo povo que forma a Nação Zumbi, não só pq são pernambucanos, mas pq realmente são bons... Maracatu psicodelico, capoeira da pesada \o/.

Nação Zumbi é a prova máxima de que a cultura é dinâmica e se transforma a tradição dos tambores do maracatu misturada ao som das guitarras psicodelicas para falar de temas filosóficos, da realidade social e de tudo o mais que a imaginação humana achar pertinente. Melhor que isso só dois disso \o/.

Chico é importante, claro! Mas, um grupo é mais que seu vocalista e embora o malungo realmente tenha sido genial e sua produção seja firme e ecoe ainda hoje, Nação Zumbi é mais que Chico e persiste, fazendo valer o legado que ele deixou e criando coisas novas... enquanto eu saiu de minha casa cantarolando baixinho que "ninguém quer saber o gosto do sangue, mas o vermelho ainda é a cor que incita a fome...".

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Recife, 27 de Abril de 2011.


É estranho dizer isso pq todo mundo gosta de ter um blog visitado e comentado, mas as vezes, não sempre, nem constantemente, sinto saudades desse tempo em que escrevia 100% para mim e a possibilidade de que alguém aparecesse para ler os comentários era bem vaga.

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Recife, 20 de Maio de 2011.


Saudades de ter vontade de postar!

Antene-se

Antene-se
Chico Sciense e Nação Zumbi

É só uma cabeça equilibrada em cima do corpo
Escutando o som das vitrolas, que vem dos mocambos
Entulhados à beira do Capibaribe
Na quarta pior cidade do mundo
Recife cidade do mangue
Incrustada na lama dos manguezais
Onde estão os homens caranguejos
Minha corda costuma sair de andada
No meo das ruas e em cima das pontes
é só uma cabeça equilibrada cima do corpo
Procurando antenar boa vibrações
Preocupando antenar boa diversão
Sou, sou, sou, sou, sou, sou Mangueboy
Recife, cidade do mangue
Onde a lama é a insurreição
onde estão os homens caranguejos?
Minha corda costuma sair de andada
No meio da rua, em cima das pontes
É só equilibrar sua cabeça em cima do corpo
Procure antenar boas vibrações
Procure antenar boa diversão
Sou, sou, sou, sou, sou, sou Mangueboy

terça-feira, 25 de maio de 2010

Símbolos

Símbolos? Estou farto de símbolos... 

Álvaro de Campos

Símbolos? Estou farto de símbolos...
Mas dizem-me que tudo é símbolo,
Todos me dizem nada.
Quais símbolos? Sonhos. —
Que o sol seja um símbolo, está bem...
Que a lua seja um símbolo, está bem...
Que a terra seja um símbolo, está bem...
Mas quem repara no sol senão quando a chuva cessa,
E ele rompe as nuvens e aponta para trás das costas,
Para o azul do céu?
Mas quem repara na lua senão para achar
Bela a luz que ela espalha, e não bem ela?
Mas quem repara na terra, que é o que pisa?
Chama terra aos campos, às árvores, aos montes,
Por uma diminuição instintiva,
Porque o mar também é terra...
Bem, vá, que tudo isso seja símbolo...
Mas que símbolo é, não o sol, não a lua, não a terra,
Mas neste poente precoce e azulando-se
O sol entre farrapos finos de nuvens,
Enquanto a lua é já vista, mística, no outro lado,
E o que fica da luz do dia
Doura a cabeça da costureira que pára vagamente à esquina
Onde se demorava outrora com o namorado que a deixou?
Símbolos? Não quero símbolos...
Queria — pobre figura de miséria e desamparo! —
Que o namorado voltasse para a costureira.
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Por todos os lados estamos cercados, rodeados, envolvidos por  símbolos. Os historiadores se valem da analise dos signos para escrever seus trabalhos, lançam mão do que chamam de "paradigma indiciário" e citam Carlo Ginzburg em seu celebre livro "Mitos, emblemas e sinais",  mesmo eu costumo lançar mão desse autor para validar alguns tipos de analises. 

Dizem os historiadores que mesmo a arte é um signo, um indicio a ser lido, que, por exemplo,  os textos literarios falam sobre o escritor, a cultura que produziu e a sociedade na qual ele vive e que isso vai além da poesia, da crônica, do romance e tudo o mais. Para além de nos embriagar-mos com a beleza da arte produzida por quem sabe manejar a palavra, a tinta,  a argila e etc... podemos com ela compreender o mundo de quem escreve, pinta, modela e isso é grande, é nobre, é lúcido e garante a possibilidade de que a história seja preservada e recontada por aqueles que não a viveram.

No entanto, a parte o fato de me embriagar nos símbolos que a arte produz,  quando me vejo diante de alguns deles não posso evitar a pergunta  de Fernando Pessoa: "que espécie de símbolo é uma costureira desamparada demorando-se em um lugar onde outrora ficava com o namorado que a deixou?", embora essa figura do desamparo componha um quadro digno de ser visto em sua beleza dramática, sempre penso que melhor seria ver o quadro vulgar e comum do namorado voltando para a costureira e o tradicional "Felizes para sempre!".

Dança...

 
Dança
Mario Quintana

A menina dança sozinha
por um momento

A menina dança sozinha
com o vento, com o ar, com
o sonho de olhos imensos...

A forma grácil de suas pernas
ele é que as plasma, o seu par
de ar,
de vento,
o seu par fantasma...

Menina de olhos imensos,
tu , agora, paras,
mas a mão ainda erguida
segura ainda no ar
o hastil invisivel
deste poema!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Um dia muito especial...

Eu não sou uma grande fã da linguagem cinematográfica, também não sou uma grande conhecedora dessa arte, mas existem filmes que nos deixam uma marca e uma dor.

Comecei a assistir esse filme na casa de um amigo e acabei de assistir "Um dia muito especial" sozinha em minha casa que mesmo sendo um lugar constantemente lotado não consegue me oferecer nem mesmo uma companhia atenta para assistir um filme, comentar uma  poesia ou partilhar uma inquietação que presa no silêncio vira facilmente angústia.

Não, não pretendo fazer uma resenha do filme, não sou suficientemente competente ou conhecedora da linguagem cinematográfica para ousar fazer tal coisa, eu só estou escrevendo sobre o filme pq ele me pareceu tão lindo...Porque eu viajei do macro ao micro, da opulenta e barulhenta chegada de Hitler a Itália até as almas silenciosas e solitárias de duas pessoas que por coincidência acabaram se encontrando e pq me emocionou observar como Antonietta e Gabrielle em um único dia constroem uma relação tão intensa.

Sinto que ainda há muito mais sobre esse filme a ser descoberto, sei que não vou deixar de estudar essa história com mais atenção, desconfio que irei rever essa história algumas vezes mais.

domingo, 23 de maio de 2010

Um achado interessante_Dunama: um Rei!

Há dois anos atrás por exigência da disciplina "História e Cultura Afro-brasileira" eu tive que fazer um trabalho cuja proposta era falar sobre o Reino Africano do Kanem Bornu de forma alternativa, podia ser poesia, música, jogo ou qualquer coisa do gênero... Bem, para a poesia eu não tenho talento, para jogo eu não tenho imaginação, a minha musicalidade é uma coisa que não existe, acabei me optando por pegar alguns fatos da história do Kanem e transformar em um livrinho infantil.

Claro que escolhi o livro infantil pq meu irmão sabe desenhar e eu planejei sordidamente pedir para ele que ilustrasse a história rsrsrsrs... 

O livrinho ficou até legalzinho, podia ter ficado melhor \o/, mas a um tempos atrás eu resolvi fotografa-lo e deixar as imagens por aqui, justamente com a intenção de preservar a memória dessa atividade que é um modelo que pode ser aplicado a qualquer outra situação.Quando é necessário trabalhar um conteúdo especifico e não acho o material didático adequado o que faço é justamente é confeccionar o material, inventar uma nova moda...

No caso da história da África Negra a bibliografia em português é pouca então para esse trabalho eu utilizei um texto de Joseph Ki-Zerbo: História da África negra, um texto antigo, altamente positivista, uma sopa de pedra mesmo, mas muito esclarecedor.

Enfim, cá estarão sempre as imagens... mesmo que se perca esse material, afinal eu já passei bem perto de perde-lo, motivo pelo qual as paginas estão manchadas... enfim... depois vou pedir a meu irmão que trate essas imagens, vou reescrever o texto e ajeitar o livrinho bem direitinho, mas essas são cenas dos próximos capítulos, por hora aqui fica a memória de Dunama o rei do Kanem Bornu.