terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sandman de Neil Gaiman


Não foi "Sandman" o responsável por me fazer amar Gaiman, quem fez essa magica foi "Stardust", um dos livro mais relidos por mim na face da Terra. Porém, conta-se ter sido "Sandman" o responsável por fazer do inglês Neil Gaiman um autor mundialmente conhecido ao longo da década de 1990.

Em poucas linhas, pode-se dizer que "Sandman" é uma série de história em quadrinho com nada menos que 75 números publicados entre 1989 e 1996, todos roteirizados por Neil Gaiman contando com vários outros gênios para dar os contornos de desenhos, cores e letras.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

TAG: Os miseráveis

Ao longo de 2015, eu e o Alexandre decidimo ler juntos "Os miseráveis" do francês Victor Hugo. No agarramos a edição da Cosac Naify, ele pegou a edição física, eu me agarrei a digital e seguimos por essa aventura com direito a banner e tudo.

Ao longo do caminho algumas pessoas se juntaram a nós, mas diferenças de filosofias bloguisticas, ritmo de leitura e até mesmo empatia acabaram nos separando.

Outra coisa que aconteceu no meio do caminho foi a elaboração de uma tag baseada em alguns dos personagens do tomo 1 do livro. A ideia é que a gente procure na nossa estante afetiva sete livros que lembrem sete personagens do "Tomo I: Fantine".

Como ando mal das pernas bloguisticas, demorei uma vida para reunir força espiritual para responder essa tag, mas cá estarão as minhas respostas.


1. Bienvenu, Bispo de Digne: Um livro que te abraçou quando você mais precisava.



Há algum tempo eu fiz um post para o "Blog da Elaine Gaspareto" sobre esses livros com propriedades acolhedoras. Aqui, no entanto, só se pode citar 1, então citarei "O livro das coisas perdidas". O John Connolly tem uma escrita sutil, firme, realista mesmo quando trata de fantasia e da a sua história um desfecho absolutamente redondo e firme, do tipo que te abraça e empurra para frente.

2. Jen Valjean: Um livro que precisou de uma segunda chance.


Aqui não vou citar um livro, vou citar uma autora: Cecelia Ahern. Minha primeira experiencia com ela foi morosa, lenta e frustrante, esperava uma coisa e recebi outra, não tive empatia com a protagonista. Totalmente oposta a experiencia com "A lista", não esperava nada desse livro e ele me deu tão mais do que eu esperava que já solicitei ao Alexandre o próximo livro dela.


3. Madelaine: Um livro que parece uma coisa, mas é outra.


"O começo do adeus" é tudo o que a capa não diz dele. Quem protagoniza a história é um homem, o Aaron, que perdeu a esposa em um acidente tão repentino quanto esquisito e precisa lidar com o enorme vazio deixado por ela... Precisa encontrar formas de dar adeus a uma pessoa central na vida dele. Como tudo da Anne Tyler esse livro tem uma pegada forte na psicanalise, não é nada açucarado, fala de pessoas comuns como eu e você e é muito fácil se identificar com os personagens... Em nota, a esposa do Aaron era uma médica negra NADA HAVER com a mulher da capa.

4. Fantine: Um livro cujo o fim de te fez chorar.


"Marina" do Zafón, foi um dos melhores livros do ano até aqui. Depois de Neil Gaiman Zafon foi o autor que mais divinamente vi flertar com os clássicos da literatura ocidental. Ele consegue construir uma Barcelona capaz de encher Alan Poe de orgulho, executa a arte de tornar o absurdo plausível como Kafka e se apropria da ciência para fazer o horror acontecer como Mary Shelley. Aliás, ele homenageia esses autores em seu livro... E quando eu estava totalmente embebida nessa vibe, ele simplesmente me matou de tanto chorar! Livro perfeito, redondo... lindo!

5. Tholomyès: Um livro que foi abandonado.


Eu tentei, juro que tentei, mas não consegui avançar em "História das Assembleias de Deus no Brasil". Letra pequena, linguagem apologética, aquele português difícil... Um dia quem sabe... 

6. Cosette: Um livro infantil pelo qual você tem muito carinho.


Sou apaixonada por "Alice no país das maravilhas", o livro parece uma história de terror, mas a aventura da menina no mundo além da toca do coelho continua me encantando dia após dia, ano após ano da mesma forma que encantava quando há vinte (Deus passaram-se duas décadas) anos atrás.

7. Javet: Um livro cuja leitura foi sofrível.


Não que "Eu estava aqui.... e você?" seja um livro ruiiiiiiiiiiiiiim.... É que eu não me identifiquei mesmo com a protagonista. O Neir Ilelis foi professor de português e como tal conseguiu reproduzir muito bem, embora essa talvez não fosse sua intensão, o lado b da rotina de uma escola... Acho que isso bastou para que eu antipatizasse com sua protagonista e toda sua aventura tornando a leitura sofrível.

Quem quiser responder a tag, sinta-se convidado. Se e quando fizer, deixa o link aqui para que eu possa vê!

domingo, 27 de setembro de 2015

Em pausa...

Estou tentando juntar coragem e animo para atualizar o blog...
Ultimamente está difícil.
Poderia argumentar para justificar: tempo, trabalho, dividir o computador... mas na realidade é só animo mesmo...
Escrevo para constatar o obvio e tentar voltar a escrever com regularidade...
Se a tática não funcionar já sabem.... Eu to viva, continuo olhando os blog amigos e comentando quando posso... pois realmente tenho trabalhado com constância e divido o computador com minha irmã e ainda não consigo lidar com comentar via celular.

Cheros Gente, até nosso próximo encontro...

domingo, 13 de setembro de 2015

Ensino de história, alunos, docência e fracassos pedagógicos...

Nesse momento deveria está planejando as aulas de amanhã, mas acabei de corrigir umas provas, quase tive um ataque cardíaco de tanta raiva.

Precisei parar...

Fui botar meu almoço de amanhã no fogo, porque cozinhar me relaxa e agora preciso pensar.

Penso melhor quando escrevo, então estou aqui tentando avaliar o tamanho do estrago e o que fazer com ele.

Não tenho problemas com todas as minhas turmas. Na verdade esse ano está sendo um balsamo para as feridas do ano passado. Mudei totalmente minhas estratégicas didáticas com os sextos anos e vejo dia após dia o quanto eles facilmente se envolvem no conteúdo desde os nossos primeiros momentos.

A despeito das urgências tecnológicas, tenho usado muito com meus alunos do sexto ano objetos concretos, fotos palpáveis, livros, narrativas mitológicas, mapas, rodas de conversa, contação de história. Os resultados não podiam ser melhores! Eles viajam, exploram os documentos, boa parte dos alunos fazem analises interessantes, quando não chamam atenção para detalhes que até hoje tinham passados despercebidos a mim.

Me pego e me peguei muitas vezes me aprofundando nos meus próprios estudos da Antiguidade Ocidental e explorando a Oriental devido a debates nascidos nesses sextos anos. É uma delicia trabalhar com eles, está com eles. Aliás, esse fim de semana me peguei vendo um filme indicado por uma das minhas alunas do sexto ano.

"Mr. Peabody & Sherman" é uma interessante aventura pelo passado. Não cheguei a vê no cinema, adorei ter visto. Adorei mais ainda ter visto por indicação de uma aluna.

A Educação Infantil também não tem me oferecido desafios além da conta. Na verdade, percebo cada vez mais que a "Educação Infantil" como um lugar de conforto. Apesar de exigir muita transpiração, movimento e força, cumpri sua rotina se tornou algo fluido e intuitivo. Está com as crianças é exaustivo e trabalhoso, mas também prazeroso e reconfortante. Me sinto em equilíbrio comigo mesma quando vejo mais uma tarde indo embora.

Não contém a ninguém, mas tenho pensado muito na possibilidade de uma nova graduação em pedagogia focada em estudos voltado totalmente para a educação infantil. Me digam o que vocês acham! Sejam sinceros: é uma boa ideia, ou é loucura?

Meu desafio é esse sétimo ano! Fico me perguntando o que fazer e não chego a uma resposta satisfatória. Troco a didática e piora! Queria envolve-los, o conteúdo do sétimo ano é tão bom! Mas, só para citar um exemplos, se levo um livro de arte com obras de Leonardo da Vinci para debater o Renascimento, alguém jocosamente pergunta: "Professora, quando a aula vai começa?". Vou corrigir os livros... Oh Deus, parece que eu sou a única pessoa que costuma abri-los... Tem livro com cheiro de novo em SETEMBRO! Chamo os pais e mães dos mais negligentes, eles confessam não saber o que fazer. Depois do resultado de hoje penso seriamente em dar um esporro neles amanhã! Mas, se esporro resolvesse, bem, essa avaliação não teria sido um fracasso!

Também não me conformo com o fracasso, me RECUSO! Não gastei quase uma década da minha vida aprendendo história para ser facilmente vencida.

Estou aqui respirando fundo, olhando para meus livros, as avaliações empilhadas, minha inseparável caneca de café... O tempo de cozimento da se encerrou... Acho que vou voltar aos planos de aulas!

sábado, 5 de setembro de 2015

Uma foto da infância pendurada no varal...

Escolher uma foto da infância para mim não foi um exercício fácil. Há quase 30 anos atrás a sensibilidade das mães e pais na hora de fotografar os filhos era outra. Os momentos a serem fotografados eram escolhidos com cuidado, só os momentos significativos ganhavam a honra do registro.

A foto que escolhi não é minha melhor foto de infância, talvez se minha mãe chegar a vê esse texto ela vá brigar um pouco comigo, afinal ela expõe a parte de trás do quintal da vizinha da frente (na época minha tia) e ele não está apresentável.


Essa foto foi tirada por Painho, eu tinha dois anos e três meses, nesse dia Mainha não estava em casa ela tinha ido dar a luz a Junior e eu estava sob os cuidados de Tia Neide, todas as vezes que olho essa foto tenho a sensação de voltar no tempo sabe... Eu lembro desse ocasião, de vê Painho desarmando o berço, de ver ele mexendo nas peças, de sair de casa e fazer perguntas a ele, do sentimento de ansiedade, um pouco de tensão diante da situação nova, lembro dele decidindo tirar a foto.

Não lembro de tia Neide protestar contra o vandalismo fotográfico de tirar uma foto com a menina vestindo roupas de casa e com pés descalços, mas Tia Neide diz que houve e ainda reclama quando vê essa foto, mas faz isso rindo. Também costumo me perguntar como fiquei sem sandálias tempo suficiente para a foto se  uma das lembranças mais fortes da minha infância é da grande proibição de sair de casa sem sandálias nos pés.

Acabei escolhendo essa foto porque no ultimo dia 3 de Setembro meu irmão completou 27 anos, pensei em escolher uma foto com ele, mas me ocorreu que essa foi a minha primeira foto com ele, acho que foi nesse dia que meu irmão nasceu para mim, o dia que virei irmã mais velha, umas das minhas "identidades" favoritas e mais definidoras das características gerais da minha personalidade.

Se você quiser conhecer um pedacinho de outras infâncias,