sábado, 7 de agosto de 2010

Dia das Avós e dia dos Pais...

Pois é, essas foram as duas ultimas datas que agitaram a vida dos professores de educação básica, educação infantil, EBDs e afins... Datas que eu deixei passar sem comentar por uma serie de motivos que não vem ao caso e um tanto quanto atrasadinha venho fazer a postagem do que foi feito sobre esses dois temas...

Para o DIA DA VOVÓ fizemos umas flores de crepon, simples, mas muito singela:


E para o DIA DOS PAIS, fizemos um pequeno quadro com as mão das crianças, usamos uma base de cartolina guache para ficar duro e nas bordas emborrachado para dar o charme, ficou lindo:

 

Ver essas lembrancinhas para os pais me lembra que painho sempre guardou todas as lembrancinhas de escola que eu trazia para ele, tem pai que não dá lá muito valor a esse tipo de coisa, mas por incrível que pareça, meu pai sempre deu valor a esse tipo de lembrancinha.

A primeira que dei a ele foi um serrote de papel, amarelo e marrom, cartolina guache amarela com papel camurça marrom, eu tinha 3 anos e ele ainda tem esse serrote guardado, aliás eu só lembro de tantos detalhes pq ele guardou esse serrote por todo esse tempo (21 anos), me pergunte o que dei a mainha nesse ano que eu não me lembro, aliás, não me lembro em ano nenhum, mainha nunca guardou as lembrancinhas e painho guardou todas em um tipo de "caixa de relíquias" que ele tem!

Se vc fez algo parecido ou gostou da idéia me conta táh!?!?!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Na Floresta do alheamento...


" A manhã rompeu, como uma queda, do cimo pálido da Hora... Acabaram de arder, meu amor, na lareira da nossa vida, as achas dos nossos sonhos...
 Desenganemo-nos da esperança, porque trai, do amor, porque cansa, da vida, porque farta, e não sacia, e até da morte, porque traz mais do que se quer e menos do que se espera.
Desenganemo-nos, ó Velada, do nosso próprio tédio, porque se envelhece de si próprio e não ousa ser toda a angustia que é.
Não choremos, não odiemos, não desejemos...
Cubramos, ó silenciosa, com um lençol de linho fino o perfil hirto da nossa Imperfeição..."

Fernando Pessoa

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PESSOA, Fernando. O Eu profundo e os outros eus. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p112.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"Vou te contar tudo o que eu nunca disse, pai..."




"Vou lhe contar tudo o que eu nunca disse, pai..."

E lá se foi a primeira frase da longa carta que seria escrita a partir de então.

A primeira frase sempre é a mais difícil é ela que marca o destino de todas as outras e o destino das palavras que seriam postas neste papel seriam a verdade... seriam a revelação de todas as coisas que até então não foram ditas, a vida seria posta na ponta do lápis e o que nunca foi dito seria escrito em letras grandes, firmes e legíveis, o ciclo seria fechado, o que foi vivido seria contado e quem sabe a partir de então seria possível iniciar novos ciclos.

E lá se foi a escrever sobre si, sobre sua visão a respeito das inúmeras discussões que marcaram sua infância e deixaram o medo angustiante de que a vida fosse toda feita de gritos e dor, sobre o medo do escuro, a angustia da porta fechada, da parede rachada da cozinha, das eternas ausências nas festas da escola, do cadarço do sapato eternamente não amarrado, do braço não ofertado, da saudade não sanada, da eterna espera por uma volta que jamais ocorreu por completo, afinal o pai que se esperava  jamais voltava, o que voltava era um homem estranho feito de caos adicionando trovões ao céu já pesado de nuvens negras que compunha a vida naquela casa.

Tudo isso preso no estômago por anos a causar um eterno enjoo, toda uma história marcada por dias de ausência e trovão, por questões não resolvidas...  Agora tudo isso seria escrito  e o que até então não foi dito seria contado, cada história seria contada em linhas e mais linhas, quantas linhas fossem preciso para esgotar toda a dor desse conto amargo.

Seria contada a história do dia em que o aniversário foi esquecido, de como foi triste receber tantos presentes e tantos votos e até aquele redondo bolo rosa com três bailarinas em cima, um bolo cheio de glacê com cara sonho e programa da Xuxa e a eterna espera...

"...você esqueceu ein Pai!!! O que você ficou fazendo o dia todo que não lembrou que era meu aniversário ein??? Agora eu sei o que você esteve fazendo..."

E a essa altura não importa mais o acontecido, mas ainda  importa contar... Importa fechar... encerrar essas histórias, lacra-las, para que elas não voltem mais a encher as noites com pesadelos doloridos.

Tantas coisas não ditas para serem contadas, coisas tão ruins... coisas tão boas... a carta vai ficando longa demais... passa de uma pagina para duas.

Facilmente se tornará um livro quando for contando por exemplo a respeito daquele dia incerto que repentinamente ficou certo quando o pai chegou e resolveu todos os problemas tão rápido que em três tempos parecia que nunca houve problema algum.

São tantas coisas a serem contadas que a carta vira livro e o livro virá a vida de quem escreve, não há o que fazer, quando se fala de pai se fala de heróis e vilões, de príncipes e ogros, de sonhos e de pesadelos, de problemas e soluções unidos em apenas um ser: "o pai".!

Quando se fala de pai se fala de uma relação que dura uma vida inteira, que rompe as portas da casa, atravessa o jardim, pula o  muro e influencia o mundo que os filhos criam para si... E enquanto o que não foi dito se transforma coisa  contada quem conta pesa dores e afagos, sonhos e pesadelos, sins e nãos, amores e ódios e comeã a descobrir ou redescobri no vilão um herói, no herói um vilão, no homem um pai, no pai um homem e no que foi contado uma história, apenas mais uma história a encher um mundo já tão cheio delas.

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Texto escrito para a 8ª edição do IN VERBIS!!!

Desde Freud que a relação de pais e filhos não é encarada mais como algo simples, a relação entre pais e filhos é algo que marca profundamente a vida de qualquer individuo e se entranha no reino magico do nosso inconsciente (realmente minha vida era melhor antes da psicanálise, eu poderia viver sem esse conhecimento adicional)!!! Ah, escrever de vez em quando não é tão ruim, as vezes distrai, colocar para fora o que está dentro, o que observamos ao nosso redor, o que nos pertuba... vejo tanta coisa acontecendo, tantas relações entre pais e filhos... vivendo cercada por crianças o que mais vejo são situações... essa edição do In Verbis foi perfeita... uma oportunidade única para vomitar o que anda entrando em mim pelos olhos, ouvidos e narinas nos últimos quatro anos em que vivo não só a minha complicada relação com meu pai como dezenas (talvez centenas) de outras relações pai/filho, pai/filha.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A abertura de anime mais linda... Fruits Basket

Esse vídeo fala por si só tantas coisas que eu fico besta.... 
Fruit Basket realmente foi um dos animes que eu mais gostei de assistir e é um dos mangas que eu mais luto para colecionar... Enfim... indescritível, tanto em japonês quanto em português (os fãs realmente são muito carinhosos com seus animes preferidos) essa canção me emociona de muita formas... Sem contar que a Karol, além de ter feito um trabalho super terno é muito simpatica com quem se comunica com ela!!!



Tohru chan é a coisinha mais kawaii do mundo!!!! Essa história é inesquecivel!!!! Essa personagem é inesquecivel!!!


domingo, 1 de agosto de 2010

Iniciando o registro de mais uma experiência pedagogica

Bem, como percebi que foi muito produtivo registrar o passo-a-passo da EBF_2010 resolvi registrar o passo-a-passo de mais uma experiência pedagógica que iniciei.

Dessa vez a experiência que estarei registrando é a que estou tendo com minhas alunas da Escola Bíblica Dominical.

Minha "sala" é das Adolescentes, os textos bases que utilizamos cotidianamente é o texto da Bíblia e o texto da Lição que a CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus) disponibiliza, uma lição que entre nós tem um preço um tanto alto se a gente for analisar o publico alvo delas. Mas, tudo bem...


Cada trimestre debatemos um tema especifico de um currículo de dois anos que é cíclico, o tema desse trimestre é "Vivendo em Família", tema complicado, truncado, viabilizador de grandes debates e de momentos únicos, é a segunda vez que estou debatendo esse assunto... o que significa que sou a titular dessa sala a no mínimo 3 anos.

Enfim, hoje minha turminha é composta por 4 alunas frequentes e mais três visitantes mais ou menos "assíduas" que conhecem minha didática, conhecem os meus métodos de tortura, ops, métodos pedagógicos e até gostam, mas não conseguem vim de domingo a domingo.

Assim, tenho 4 alunas, as meninas são um amor, super fofas e com características próprias, já tive ao longo dos últimos anos vários grupos de alunas, os mais diversos acreditem, grupos muito grandes, grupos grandes, grupos médios e grupos pequenos como esse e sei que nem sempre um grupo pequeno é sinônimo de paz dentro da sala, assim como um grupo grande nem sempre é sinônimo de bagunça. Cada grupo é um grupo e cada ciclo é um ciclo e carece de que seja para ele elaborada uma didática própria, a didática que eu usei para o ultimo grupo que saiu para a próxima sala não se aplica a esse grupo de meninas então mudei e elaborei um novo projeto didático e é a maneira como esse projeto didático evolui que quero registrar aqui.

Quero ver onde eu consigo acertar, onde eu erro e onde eu posso melhorar e a escrita e o registro fotográfico que o blog proporciona me parece uma solução boa.

Percebo também que se eu quisesse abrir um blog só para tratar de assuntos relacionados a Escola Dominical eu teria pano para manga e conteúdo, mas minha intenção ao escrever um blog não é gerar conteúdo, é apenas registrar minhas coisas, esse blog é minha caixa e eu não me sinto inclinada a dividir minha vida assim...

E voltando ao que estou fazendo com as meninas, dessa vez eu propus as minhas alunas, construírem um diário de bordo onde elas vão registrar coisas relacionadas a EBD, o projeto é um tipo de "Viver e Registrar", vivo e narro o que vivo, meu ponto de vista como as coisas funcionaram para mim e depois debato em sala de aula o que registrei.

A idéia é simples, mas o propósito de todos esses momentos dentro da Igreja é que elas sejam capazes de dominar determinados conteúdos bíblicos e que sejam capazes de decidir se querem viver essa proposta ou não e penso que registrar ajuda.

Para tanto, transformei um caderno comum em um diário:


Colorido assim pq esse pequeno grupo é composto por meninas mesmoooo... com vontades de meninas, jeito de meninas e desejo de parecerem mulheres, mas ainda me chamam de tia, por isso mesmo lancei mão desse diário/caderno de atividades de casa.


Espero que funcione, percebi que elas ficaram animadas com a idéia, adoraram o caderno, todo decorado, cheio de "pra que isso?", aliás, essa metodologia dificilmente se aplicaria a minha antiga turminha, elas tinham necessidades diferentes, uma turma extremamente difícil, muito amada, mas muito difícil... Não é que essa turma seja mais fácil, mas é que sinto que essa turma é mais aberta a viver experiências mais lúdicas...

Enfim, com o advento do caderno/diário mais um momento se adiciona a rotina da sala, que é a seguinte:

1º Momento: Fofoca em dia! Reflexão sobre o que aconteceu durante a semana!
2º Momento: Hora da bronca! Qual versículo você leu durante a semana? (essa é minha marca registrada, a cobrança dessa leitura semanal e o debate sobre ela, há quem sinta saudades há quem ache isso um saco, mas todas as meninas sabem que eu cobro mesmo e quem não ler já sabe que vai levar uma bronca enormeeee... Não se pode ser cristão sem dominar o conteúdo da Bíblia!!!)
3° Momento: Discussão do Tema com uma metodologia especifica: Aula expositiva, analise de imagem, debate em grupo... varia de acordo com a inspiração (quem é Cristão entende o que quero dizer), mas não quer dizer que eu não planeje, planejo a aula, a inspiração vem na hora do planejamento, que esse negocio de chegar lá e falar sem ter feito nada antes não cola e eu não gosto, é falta de comprometimento. (Eu sei, sou chata!!!)

Entre o primeiro momento e o segundo momento vou adicionar o debate sobre a atividade proposta no caderno e ver o que dá... Ah, lembrando que o primeiro momento e o segundo momento são voltados para o terceiro, manipular a conversa é uma arte que aprendi com minhas alunas, é incrível como a gente entra na aula sem nem se dar conta!!!


Que Deus me ajude e que tudo corra bem... quero ver como nos saímos... Ah, uma das coisas que sei que vão apimentar o debate nos próximos dias é o fato que as meninas estão com a corda toda com Crepúsculo e derivativos... Huhu... Quem disse que não é útil amar cultura de massa?!?!?