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domingo, 10 de maio de 2015

Pequena nota sobre um certo pacote de 3,243 kg

Se alguém dissesse a criança que eu fui há 20 anos atrás que um dia ela ia esta sentada olhando para um pacote enfeitado por 31 selos e pesando 3,243 quilogramas acho que ela teria delirado... Bem, eu, sentada bem no limiar dos 30, certamente delirei!

Isso acontece no dia 27 de Abril, hoje já dia 10 de Maio e eu ainda não consegui escolher de forma adequada as palavras para escrever sobre isso... Me pego contemplando essa foto e pensando: "Meu Deus, como vou exprimir a sensação de ganhar o MELHOR PRESENTE DO MUNDO?".

Mas, por outro lado também não posso deixar a vida passar adiante sem registra que no dia 27 de Abril do ano de 2015 eu cheguei em casa e tinha um pacote de três quilos, duzentas e quarenta e três gramas, selado com trinta e um selos esperando por mim...

Quando vi o pacote fiquei loucaaaaa.... Não sabia se ria ou chorava e na duvida, como é de praxe vindo de gente da minha estirpe, fiz os dois... Delirei \o/ E então, para alivio da planteia ansiosa, a qual estava prestes a arrancar o pacote da minha mãe e abrir por conta própria para conhecer o conteúdo, decidi abrir e dei de cara com seis livros e uma bomba.


Os livros são um presente e também um incentivo... Deus, quando pedi ao Rafael para me da uma força no plano de fazer um curso de inglês não imaginei que ele fossem me mandar duas edições de Fabulas emprestadas ou um Gaiman de presente.

Aliás, também não imaginei que a bomba era de verdade... Nem a Ana foi tão eficiente... o confete impregnou o sofá, minha roupa, o chão da sala... e sabe Deus o que mais... Na sobra, precisei utilizar medidas emergenciais de contenção!

Em resumo, ainda não consigo me conter... Ainda não sei se abraço ou mordo o Rafael por tudo isso... Na duvida, posso fazer os dois!

domingo, 28 de dezembro de 2014

De como me tornei "O tipo de pessoa que ganha um Nietzsche de presente de Natal".


"Ninguém é obrigado a ser uma coisa só", eu sempre digo isso. Claro, nessa frase eu estou advogando em causa própria, pois definitivamente me dou o direito de ser muitas coisas sendo uma pessoa só.

Acordo de 5:50, sou uma sonambula precisando de mais uns 10 minutos para sair da cama...
Me arrasto para fora da cama as 6:30, ainda sou a indisposição em pessoa, muito prazer!
Pelo o ônibus, encontro os primeiros alunos, sou a professora de História.
Lago as 12, sou uma transeunte apresada.
Chego na creche, sou tia, Auxiliar do Desenvolvimento Infantil, Educadora Infantil...
Estou novamente em casa, sou filha.
Sento no computador, sou blogueira.
Estou livre de trabalhos, sou leitora.
Encontro pessoas no twitter, no face, na rua, no telefone, na vida, sou amiga.
Abro meu kobo, sou leitora.
Por todo o tempo sou cristã.
Quando não estou dormindo tenho sono.
Quando meu irmão sai para bebe na sexta e volta depois da meia noite e quer conversar, sou a irmã que vai dormir só depois dele dormir.
Quando me embrenho na internet por qualquer canal sou também a Pandora.
Olho para o céu noturno, sou Jaci.
Meu pai me chama, sou Ja-ci-le-ne.
Respiro, sou um ser vivo, mamífera, bípede, carnívora com culpa.

Mas, nunca pensei que em 2014, eu seria o tipo de pessoa que ganha um livro de Nietzsche de presente de Natal. Sem sombras de dúvidas, essa foi uma das grandes surpresas do ano, e talvez da vida.

Quando foi proposto aos colunistas do blog "O que tem na nossa estante", a realização de um amigo secreto no qual todos ganharíamos livros, topei na hora e corri para atualizei meu perfil no skoob. A Ju me pegou e vasculhou os 236 livros da minha lista de futuras leituras. Ela poderia ter escolhido um romance água com açúcar, o ultimo lançamento de Gaiman, um HQ qualquer como "Azul é a cor mais quente" ou "Kiki de Montparnasse", o próximo volume de Sailor Moon.... maaasss nãoooo escolheu ele!

Porque sim, uma historiadora cristã como a Ju, capaz pesquisar o Jesus Histórico e escrever poemas emotivos sobre a fé, jamais faria uma escolha corriqueira. Ela teria que irrevogavelmente aumentar minha lista de "eus" me tornando o tipo de pessoa que ganha um livro de Nietzsche de presente de Natal.

Nietzsche não é um autor de fácil leitura. Ele é difícil, o tipo que, na minha opinião, escrevia em um fluxo de ideias grande o suficiente para lhe fazer esquecer da existência de pontos finais. Além do mais, ele escreve do passado e sobre o passado.

Há quem afirme ser o pensamento dele uma coisa atemporal, mas eu não acredito em produtos culturais, como a Filosofia, dotados de atemporalidade. Então, Nietzsche emerge em minha imaginação como alguém não muito amado, vitima e produto das idiossincrasias de seu tempo. Iluminado pelo pensamento positivista e ao mesmo tempo critico dele... um ser humano angustiado e afligido pelos paradigmas de seu tempo...

Enfim, agora tenho um volume de "Além do bem e do mal" ocupando um lugar de destaque na minha estante. Sempre que olhar para ele vou lembrar dela, desse Natal e de mais esse eu....
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OBS: Estou bem atrasada com os meus registros de 2014, tive dois meses de hiato nesse blog, o qual também é meu diário, então corro o risco de fazer uma verdadeira maratona de postagens, uma em cima da outra praticamente.
Ah, sobre o post anterior, obrigada Chica, Adriana e Tio Verden... Você são um amor! Adriana, você está mais que certa! Bola para frente!