sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ao Amigo Distante


"E ao te ver tão longe
Dói mais que muito
Um pedaço grande do coração tirou
E levou pra longe...
Eu ainda te amo demais
Te amo
Amigo"

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Justificando...

Bem, eu tentei da uma modificada no blog... bem, até gostei da nova cara, mas sei lá... já foram dois anos com essa cara... sei lá... eu detesto mudanças brutas... quem sabe algum dia eu consiga mudar a cara desse blog... vou tentar!!!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Arte Barroca, Pinacoteca de Igarassu...

Atualmente estou em um momento de redescobrir a arte barroca... Fui levada a arte barroca através de uma pesquisa sobre Intelectuais e Artistas afro-brasileiros, nessa pesquisa me deparei com inúmeros artistas barrocos negros, na verdade a maior parte dos artistas barrocos brasileiros eram negros... Mas não é sobre isso que venho falar... 

A questão é que no meio desse frenesi de interesse por arte sacra e por arte barroca que vem tomando conta de mim, não posso ver uma igreja em Recife que já saiu fotografando na cara de pal mesmo (futuramente estarei postando essas imagens por aqui...rsrsrs)!!! E a parte isso, navegando por outros espaços acabei vendo o nome "Pinacoteca", automaticamente lembrei do Museu Pinacoteca de Igarassu, uma preciosidade que o Brasil abriga e que eu visitei...


Caracá, o lugar é show de bola, acho que mesmo quem não gosta de História e esse tipo de coisa se encanta com o clima do lugar, bem estou falando do clima artístico, pq o clima real é bem quente, na época que fui não era climatizado... Os quadros são enormes, expressivos, cheio de cores e claro incrivelmente barrocos rsrsrs...

Assim, acho que eu só entendi a intensidade da arte barroca, verdadeiramente, após essa visita a Pinacoteca, foi uma experiência única, o Santo Olegário te seguindo com o olhar sintetiza o espírito barroco, vc se sente cheio de angústia, pecador, é como se ele te dissesse: "Você pecou!", depois da Pinacoteca tive a oportunidade de visitar outros lugares de memória barrocos e é sempre assim, sempre sou acometida por uma vontade de dizer "Minha culpa, minha máxima culpa!". Vai ver sou sensível aos apelos da arte rsrsrss... Quem me conhece que me compre!!! rsrsrs

Ah, a parte todo o prazer que tive visitando a coleção de quadros de Igarassu, devo confessar, também, que foi uma experiência barata!!! Custou "míseros" R$ 2,00! Por R$ 2,00 eu pude apreciar o quinto maior acervo de arte barroca da América Latina e o oitavo maior  do mundo... uau... incrível, tudo uma questão de informação, de saber que a coisa existe e ir lá ver... deu vontade de chamar minhas colegas de trabalho para irem lá da uma olhadinha nas nossas férias... acho que elas vão topar, com o incentivo certo!

Ah [2], a única imagem dessa Pinacoteca que achei na net foi essa:

Anônimo, Martírio da Virgem Santa Quitéria, século XVIII.
Têmpera sobre madeira, 248 x 166 cm. Arquidiocese de Olinda e Recife,
Convento de Santo Antônio, Pinacoteca de Igarassu.

Mas, achei também um texto no JC Online que por seu conteúdo explicativo também vale a pena ter alguns excertos aqui:

"O centro histórico de Igarassu esconde uma preciosidade que foi descoberta antes pelos turistas que pelos próprios pernambucanos. O convento de Santo Antônio abriga a mais importante Pinacoteca de quadros barrocos da América Latina, um espaço que vem sendo cada vez mais conhecido por portugueses e espanhóis.


Parte integrante do Centro Histórico - que também inclui a igreja dos Santos Cosme e Damião, a mais antiga do Brasil -, a Pinacoteca de Igarassu possui 24 quadros do período colonial brasileiro. São painéis de grandes dimensões, todos do estilo Barroco, feitos a óleo ou em têmpera, estes ainda mais raros. Entre os mais importantes, estão quatro pinturas de 1729 que narram a história de Igarassu. Estas peças pertenciam a Igreja de Cosme e Damião e ilustram a fundação da igreja, um milagre dos santos que aconteceu em Igarassu e foi reconhecido pelo Vaticano, a chegada dos portugueses e a invasão e o saque dos holandeses.


Entre as outras raridades, também há o retrato de Santo Olegário, feito com a técnica de ilusionismo. Quando o observador se move, tem a impressão que o olhar da pintura o está acompanhando. Os quadros da Pinacoteca foram pintados entre os séculos 17 e 18, sendo um do séc. 16. Como a maioria deles eram doados à Igreja, não trazem a assinatura dos pintores. Além dos painéis, o acervo ainda guarda algumas imagens de santos. São oito peças em madeira, restauradas pela Fundação Joaquim Nabuco, no projeto De Volta À Luz, que recompôs uma parte do acervo barroco pernambucano."


terça-feira, 27 de abril de 2010

Outra coisa sobre blogs... e blogueiras....

Bem, depois que eu inventei de fazer um blog eu descobrir outros espaços da net, depois que eu encontrei o blog da Elaine ai é que descobri mesmo. A partir do blog dela, que é uma graça, descobrir um monte de outros blogs de pessoas que fazem artes manuais, uma coisa mais linda que a outra, e tiram onda mesmooooooo... A própria Elaine tira onda com essas coisas...

E sim, eu gosto muito de tudo isso!!! \o/

Professora da EBD, Educadora Infantil e maluca por coisas altamente kawaiis (fofas) oxe... eu me acabo... não sou vivo navegando no blog da Elaine como na rede dela, pronto confessei!!! rsrssrsrs...

Outro dia descobrir nessas andanças outro blog. O Xô depressão, um blog de uma bancária que depressiva achou na blogosfera um meio de superar suas angústias... Navegando na blogosfera já achei várias pessoas que fizeram isso. Usaram o blog para ajudar a dá uma guinada na vida... virar o jogo... Acho que tudo na vida começa com uma grande decisão, mas, o primeiro passo para transformar uma decisão em realização é comunica-la, nem que seja para nós mesmo! A blogosfera nos oferece isso, a possibilidade de comunicar a quem queira ouvir o que desejamos e isso ajuda nos maus momentos da vida!

Enfim, a Fernando a partir do Xô Depressão começou a fazer seus artesanatos para vender e criou outro blog, o Sonho Retrô , caraca as coisas que ela faz são lindasssss.... eu tô doida para encomendar um avental... o que falta é $$$$$$$$$$$$$, mas sempre acho interessante como a blogosfera deu essa força a ela e a outras pessoas para fazer algo por si...

Enfim [2], se é para falar de blogs que gosto e de pessoas que os usaram para superar maus momentos, também falo sobre minha amiga de net Claudinha Cristal , que esta meio sumida da blogosfera, mas que sei que também utilizou o blog em um momento ruim para ter forças... acho o blog dela uma graça, como ela diz, lá ela já me disse, lá ela coloca tudo o que gosta, o que revela mais uma faceta dos blog, nele podemos recortar e colar e mesmo criar tudo o que quisermos, esse espaço abre possibilidades!

Enfim[3], era isso que eu queria dizer.... ah, e a propósito acho que até eu qualquer dia desses vou colocar por aqui as minhas artes... rsrsrsrs... pq sim... as vezes eu também faço das minhas,  com menos competência que algumas das blogueiras que observo e sempre com objetivos nada lúdicos e sempre práticos e didáticos, mas faço minhas graças também....

Era isso... fui...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre meu mais novo livro... Machado de Assis Afro-descendente!

Alegria... alegria.... Solte-mos fogos... entre raivas por não conseguir mexer satisfatoriamente nesse danado desse blog e a vida cotidiana, achei que seria boa idéia falar sobre meu mais novo bebê... esse veio de longe, e demorou a chegar... mas chegou, lindo e em forma... com aquele cheirinho de livro novo e aquela capacidade de inquietar que só os bons autores e os bons livros tem.

Meu mais novo "bebê" é o livro de Eduardo de Assis Duarte, professor da UFMG,  "Machado de Assis Afro-descendente: escritos de um caramujo", trata-se de uma reunião de textos (poemas, contos, crônicas e ficção romanesca) de Machado onde ele deixa claro sua  afro-descendência.

Pelo pouco que já li desse livro, nele Assis Duarte traz um Machado de Assis que conhece sua origem e não a nega, que com seu estilho acido faz uma forte critica a sociedade burguesa, escravista que nasceu no Brasil do século XIX (claro que a escravidão no Brasil é anterior ao século XIX, mas Machado expressa em seus textos as características dessa época especificamente!!!)

O livro fez parte das comemorações pelos 136 anos da lei do Ventre Livre (1871); 119 anos da abolição da escravidão (Lei Áurea, 1888) e 99 anos da morte de Machado de Assis (1908), ou seja, não foi publicado ontem. Realmente faz tempo que eu quero esse livro, faz quase um ano, mas sempre tinha outro livro na lista e só o fato de ter que encomendar e esperar chegar já me tirava ele da lista de prioridades, mas dessa vez ele não me escapou e foi, fiz a encomenda e recebi meu lindo livro... \o/ Festa \o/ Mais um pouco de festa \o/ 

Ah, sobre Machado de Assis, deixo aquilo que todo mundo já sabe:


Neto de escravos alforriados, nascido livre no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 1839, trabalhou, na adolescência, como balconista e operário gráfico, foi autodidacta, passou da oficina à redação se tornou funcionário público e literato. É um dos maiores escritores do mundo, mas sempre foi acusado de "aburguesamento", denegação de suas origens e omissão perante os dramas sociais de seu tempo, especialmente a escravidão, uma infâmia... pois os seus escritos, especialmente os separados pelo profº Eduardo de Assis contradizem essa tese e deixam evidente que tanto o Machado cronista, poeta e ficcionista valeu-se de sua genialidade para fazer uma poderosa crítica do regime e da sociedade que o cercava.
\o/ "Amo Machado" \o/

Para não ser injusta, sobre Eduardo de Assis Duarte:

Doutor em Letras pela USP, é professor de Literatura da Faculdade de Letras da UFMG, coordena o projeto integrado de pesquisa Afro-descendências: raça/etnia na cultura brasileira. Autor de Jorge Amado: romance em tempo de utopia (2ª Ed. Record, 1996) e Literatura, política, identidades (Fale/UFMG, 2005), organizou diversas publicações na área de estudos literários.

Aprendendo a mecher no blog...

Meu Deus, pq é tão dificil mecher nessas coisas eletrônicas?!?!?! Todas as facilidades que o meio eletronico oferece a quem gosta de registrar os sabores e dissabores da vida, as vezes, me parecem pequena diante da dificuldade que as vezes tenho de manipular esses espaços eletrônicos...

Alguém há de me perguntar qual dificuldade eu vejo... mais eu vejo muitas... aiaiai...

As vezes, especialmente quando eu não consigo fazer o que quero, eu tenho vontade de apagar esse blog e pronto... mas ai eu teria que voltar a escrever em papel... e eu já me habituei a digitar... ai eu não poderia selecionar tantas imagens... então acabo não apagando e em vez disso cada dia mais pego gosto pelas postagens e afins...nos últimos quatro meses já postei mais coisas do que nos último dois anos...

Mas, ainda assim, aprendo devagar demais a mecher nesse espaço e colocar o que quero e isto me irrita profundamente... como sou lenta... 

domingo, 25 de abril de 2010

Só para comemorar!!!


Uau... Eu tenho que celebrar... soltar fogos... ri ou chorar... ou apenas colar aqui minha alegria que não cabe em mim...

Eu achei... depois de tanto tempo procurando eu achei... eu sabia que acharia um dia.... sinto vontade de cantar... Ops... melhor não... ninguém merece... mas eu tenho que comemorar mesmo...

Não eu não encontrei o amor da minha vida rsrsrs... Do geito que sou chata rsrsrs...

Eu achei algo menos amplo que o amor da minha, que um tesouro escondido na marca do pirata... eu achei apenas um livro perdido que a tempos eu procurava...

Sim, eu vou explicar... pq não quero perder essa história de vista nunca mais...

Ah algum tempo atrás, quando eu frequentava bibliotecas públicas com minhas amigas barulhentas que não me deixavam ler na biblioteca em paz... eu achei em uma estante dessas que ninguém meche há anos, perdido, abandonado, empoeirado um livrinho pequenininho bem velhinho com um titulo simples: "Eu e Você" (Toi et Moi)... eu li o livro inteiro na biblioteca mesmo... e levei para casa...



"Eu e Você" (Toi et Moi) é um livro encantador, a poesia é delicada e narra a história de um casal de "amantes" seu primeiro encontro, o cotidiano do relacionamento... a história inteira contada em poesia, de forma tão intima, emocionante, apaixonante e decididamente inesquecivel, eu devolvi esse livro com muita pena, mas não antes de copiar a maior parte dos poemas em meu diario, assim como os dados do livro, o autor e tudo o mais...


Mas, o tempo levou meu diário daquele ano sabe Deus para onde, dentre tantas outras perdas que eu sofrir quando esse diario sumiu, eu perdir o nome desse autor de maneira que demorei a encontrar esse livro novamente... Aliás, só hoje, por coincidência, novamente encontrei em uma esquina escura da net o linck que me levou de volta aquele "meu" livrinho triste e empoeirado... que eu amei e cuja memória guardei...

O autor do livro se chama Paul Géraldy, ou melhor, esse é o pseudônimo, seu nome verdadeiro é Paul Lefèvre e eu descobrir que meu autor desconhecido foi um dos grandes poetas franceses do século XX, o que não me impressiona, amado pelas mulheres, o que não é surpresa, eu gosto de coisas óbvias

Ah, vou deixar aqui a primeira poesia do livro... ela arrebatou meu coração...

Expansões
Paul Géraldy

Eu gosto, gosto de você
Compreende?
Eu tenho por você uma doidice...
Falo, falo, nem sei o que
Mas gosto, gosto de você
Você ouviu bem isso que eu disse? ...
Você ri? Eu pareço um louco?
Mas, que fazer para explicar isso direito,
Para que você sinta? ...
O que eu digo é tão oco!
Eu procuro, procuro um jeito...
Não é exato que o beijo só pode bastar.
Qualquer cousa que me afoga, entre soluço e ais.
É preciso exprimir, traduzir, explicar...
Ninguém sente senão o que soube falar.
Vive-se de palavras, nada mais.
Mas é preciso que eu consiga
Essas palavras e que eu diga,
E você saiba... Mas, o que?
Se eu soubesse falar
Como um poeta que sente,
Diria eu mais do que
Quando tomo entre as mãos
Essa cabeça linda
E cem mil vezes, loucamente,
Digo e repito
E torno a repetir ainda:
Você! Você! Você! Você!

Uma história boba...





Pois é, a história contada por Sthefany Meyer é sim uma história boba, eu sei... 

Uma história de fim previsível, açucarada e os filmes, apesar de serem sucesso de bilheteria, não são bem o que de melhor já foi produzido para as telonas desde sua criação...

Mas, mesmo a Série Crepúsculo não sendo a oitava maravilha do mundo moderno ainda é uma história que eu adoro...

Os meus motivos? Bem, eu não sei! Mas estou com vontade de falar sobre algo "nada haver" só para desestressar dos meus abacaxis e decidi falar pensar e falar sobre meu afeto por essa história boba e açucarada que eu tanto gosto...

Então vamos lá, eu não sei bem pq gosto da história, talvez eu goste pq sou uma pessoa óbvia que gosta de coisas óbvias, talvez pq a Bella seja bem o tipo de adolescente que eu fui: desastrada, tropeçativa, péssima em educação física, pouco vaidosa, responsável, esforçada nos estudos e com um amor incondicional a Jane Austen \o/!!! Adorava ler Orgulho e Preconceito... Darcy... pq eu não encontro um Darcy para mim... (Mundo Cruel onde os heróis só existem nos livros...).

Mas, voltando ao Crepúsculo...



Talvez eu goste da história pq Edward é o personagem mais cristão que eu encontrei na literatura do século XXI. Eu nunca vi um personagem mais "evangélico perfeito" em toda minha vida!!Fala sério!!!  O cara nunca avança o sinal e ainda respeitou até o fim o paradigma da virgindade... 

Eu sempre me pergunto pq os pastores são tão cruéis quando falam sobre Crepúsculo nas igrejas.

Meu Deus!!! Se todos os adolescentes da minha igreja se comportassem como Edward eu seria uma tia tão mais feliz... Pensem nas possibilidades: eu não teria que dar tantas broncas... eu não teria que ser chata... exigente... eu seria uma tia infinitamente mais feliz e menos preocupada com a possibilidade daquelas crianças que mal deixaram a mamadeira engravidarem, eu poderia ser descontraída o tempo todo, poderia não ser responsável... Só de imaginar eu fico pensando: "Ai que vida legal eu teria...".

Antes de criticar a história só pq ela tem alguns vampiros e lobisomens os pastores poderiam ler o livro e perceber que Edward e Bella (Bella nem sempre) são bons exemplos e quem me dera todas as minhas alunas gostassem dos Edwards e todos os meninos quisessem ser como ele... 

Mas não!!! Elas precisam gostar dos garotos mais malandros do bairro... o que nós chamamos de "lobos" rsrsrs... Mas, Jacob é um logo bonzinho... Enfim... isso é uma postagem para desestressar, então não falemos sobre coisas estressativas.... voltemos para o lúdico da vida...


Ah, talvez eu ainda goste dessa história por pura implicância!!! 

Pq existem os modelos pré estabelecidos, tipo: meninas gostam de rosa e meninos gostam de azul e professoras de história não gostam de series de livros como Crepúsculo. Eu detesto esses modelos pré estabelecidos... Eu, sendo menina e meio óbvia, gosto de rosa, mas ainda assim nada me impede de amar o azul também...  Sendo professora gosto de Paulo Freire e sendo profissional de história gosto dos meus teóricos e dos meus livros também, mas tenho uma tendência a recusa tudo o que me parece pré estabelecido e uma atração por tudo aquilo que parece não ter sido feito para pessoas como eu... 

Por exemplo, quando eu estudava existia na biblioteca da escola (como até hoje existem) uma coleção de livros paradidáticos, eu detestava todos eles... sempre achava que eles eram feitos para retardados... e odiava sobre todas as coisas versões adaptadas dos clássicos...

Só pq eu era adolescente não significava que eu tinha que ler algo adaptado, preferia ler os clássicos na na íntegra (mesmo que tivesse que me agarrar com o dicionário e reler dez vezes o mesmo parágrafo rsrsrs...)! Eu sei eu sou chata!!!

Hoje, que já passei da faze dos paradidáticos eu os leio e ainda digo "é uma releitura interessante do clássico!" só por deboche... embora eu ainda ache que a maioria dos livros paradidáticos parecem ter sido feitos para retardados e que pouquíssimas adaptações dos clássicos prestam, na verdade até hoje a única adaptação que eu gostei foi a que Rubem Braga fez de Cyrano de Bergerac, ficou realmente linda!

Eu sei, eu sou chata e abusada, quem sou eu no jogo do bicho para sair falando mal das obras dos outros, eu uma leitora de Sabrinas.... Biancas e Júlias... Eu sei que não sou ninguém, mas quem tem boca fala o que quer... e escuta o que não quer também... e eu tanto falo o que quero como escuto o que não quero...

Mas... voltando a Crepúsculo



Enfim, eu sou apaixonada por essa história boba de amor entre um vampiro e uma menina desastrada que tem um cheiro bom... essa história que no final das contas mostra com algum sucesso que mesmo que nossa juventude pós-moderna esteja tão empenhada em se mostrar rebelde, destrambelhada e cheia de novos paradigmas, ela ainda anseia pelos valores tradicionais... No fundo acho que essa história boba e seu fim igualmente bobo e lindo e de tanto sucesso no mundo ocidental mostra que a gente adoraria ver a tradição, o casamento, a família e o amor romântico vencerem e que todos pudesse-mos ser "felizes para sempre"!

Aiaiai... eu sei... sou uma gordinha romântica!!!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Igreja Matriz de São José em Recife

Como já comentei por aqui, não sou uma grande fotografa, tá bom, eu não sou fotografa para poder ser classificada como boa ou ruim... Mas, gosto de fotografar coisas que considero significativas.

Recentemente, depois de perder em sucessivas formatações e reformatações de meu pc um material fotográfico que me era muito caro, descobri que posso colocar minhas fotos no blog e aqui elas estarão seguras contra vírus e derivados... Eu sei, essa solução é meio óbvia, devia ter pensado nisso desde o princípio e até poderia criar um blog fechado só para isso, mas sabe como é!?!? Sou lenta com tecnologia e suas possibilidades...

Enfim, tive a oportunidade de fotografar o interior da Matriz de São José, no bairro de São José no Recife. Uma Igreja construída durante o século XIX, tem 160 anos de idade, demorou 20 anos para ser construída e está com sua estrutura danificada, logo interditada.

Mas nem por isso quem consegue adentra em seus espaço deixa de se encantar com o clima que permeia a Igreja. Dentro de suas paredes grossas a sensação de segurança é incrível, vc se sente em paz. É como se o barulho, a agonia e os problemas da cidade não pudessem atravessar as grossas paredes, vencer as solidas portas e chegar até você! Incrível!!!

Eu não sou católica, sou evangélica desde pequenininha, não professo o credo da Igreja Católica Apostólica Romana, mas sempre que visito as Igrejas do século antigas me encanto com o brilhantismo dos artistas que construíram essas igrejas. Me dobro a obra de arte que eles construíram e me permito um minuto de silêncio para aproveitar toda a beleza que os homens são capazes de construir para trazer a luz aquilo com o que sonham ou tem pesadelos.

Eu, como protestante que sou, não sei, direito, nem mesmo os nomes dos lugares sagrados católicos dentro do espaço da igreja, por isso não vou legandar as fotos, até "q toda legenda direciona o olhar" e também não quero direcionar o olhar de ninguém.

Mas, não posso deixar diante de tudo de recortar do meu arquivo pessoal e colar aqui as fotos da Matriz de São José, tal como as adolescentes fazem com as fotos de seus ídolos tiradas das revistas.

Ah, compenso a minha falta de conhecimento sobre os templos católicos e sua arquitetura com o trecho do texto de Edileuza da Rocha (esse linck leva a imagens da parte externa da Igreja que eu não fotografei) que fala sobre a estrutura geral da Igreja:

"A entrada da nave está delimitada lateralmente por dois pequenos oratórios e tem por teto o coco, no mesmo nível da galeria. A nave recebe iluminação através dos janelões dos corredores e das galerias, somando dez janelões de cada lado. O perfil da Igreja tem rara predominância vertical e seu fronstispício é exemplar único de desenho quase austero de portada e torres. O corpo principal possui um arco no alto, ocupando quase toda a largura da portada e torres. O corpo principal possui um arco no alto, ocupando quase toda a largura da portada. O vitral existente nesse arco foi infelizmente emparedado e, em 1964, recebeu um painel cerâmico de Francisco Brennand. O retábulo levantado em 1926, de alvenaria, mármore e massa, não aparenta gosto definido. Essa edificação lembra a Igreja de Santana, em Belém do Pará, um exemplar do classicismo introduzido por Antônio Landi, em 1782". (ROCHA: 2004, 132)


Nossa Senhora da Conceição: uma representação da passagem do livro de Apocalipse que diz: "Depois apareceu no céu um grande sinal: Uma mulher vestida de sol, e a lua debaixo de seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre sua cabeça; e, estando grávida, clamava com as dores do parto e sofria os tormentos para dar à luz".
  

São José de Botas com o cajado lírio em uma das mãos:  o cajado lírio, é símbolo da vitória sobre os demais pretendentes à mão de Maria e as botas representam sua fuga com a família para o Égito, a fim de escapar da matança ordenada por Herodes.

 

São João Evangelista é representado com uma águia ao lado, como símbolo da elevada espiritualidade que transmite com seus textos.


São Paulo, com a espada, em defesa da fé.

 

São Pedro com as Chaves do céu!

 
Altar da Igreja. 

sábado, 17 de abril de 2010

Você não me ensinou a té esquecer!!

Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar

E nesse desepero em que me vejo
já cheguei a tal ponto
de me trocar diversas vezes por você
só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar

____________

Acho essa música brega de doer, mas sou apaixonada por ela... gosto desse tom extremo... da questão final "Que faço eu da vida sem você?" Ela quase que me fere físicamente!!!

Minha Flor, meu bebê...


Minha Flor, meu bebê
Composição: Cazuza / Dé / Bebel Gilberto
 
Dizem que tô louco
Por te querer assim
Por pedir tão pouco
E me dar por feliz
Em perder noites de sono
Só pra te ver dormir
E me fingir de burro
Pra você sobressair
Dizem que tô louco
Que você manda em mim
Mas não me convencem, não
Que seja tão ruim
Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem pra receber
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê
Dizem que tô louco
E falam pro meu bem
Os meus amigos todos
Será que eles não entendem
Que quem ama nesta vida
Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê

___________________

Recife, 13 de Junho de 2010.

É engraçado como nós nos relacionamos com determinadas música, mesmo eu ,que não sou uma pessoa musicalizada, tenho minhas músicas que me lembram pessoas e situações especiais.

Esta canção de Cazuza, por exemplo, me lembra alguém. Alguém de quem eu realmente sinto muita falta nesse momento. Minha flor, meu bebê, ela conta a pequena história que vivi com essa criatura tão linda, que hora fica muito presente, hora muito ausente... Mas, é assim mesmo... Quando postei essa música pela primeira vez estava em um momento de profunda melancolia, uma saudade funda e dolorosa tomava conta de mim, hoje estou mais calma e decidir acrescentar essas palavras a postagem...

Ah, a imagem, ela ficou bastante adequada para ilustrar a relação... embora eu em nada me assemelhe a uma elfa, ainda assim a imagem é adequada!
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Recife, 04 de julho de 2011.


Lá se vai um ano... Se em junho de 2010 eu já estava mais cauma o que se dirá hoje!?!?


É engraçado ler isso... Foi muito bom ter escrito!


11 - Minha Flor, Meu Bebê

Powered by mp3skull.com


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Recife, 02 de Setembro de 2011.

Toda vez que escuto essa música e volto a esse post sinto uma grande vontade de chorar... Saudades do meu bebê! 

Por sugestão...

Há algum tempo, umas amigas do trabalho andaram visitando este blog.

Uma disse: "Pelo amor de Deus, vc gosta das mesmas coisas que meu filho!", obviamente ela só prestou atenção nas imagens de animes, especialmente as do meu querido e amado Naruto.

A outra disse algo mais interessante, ela falou que sentiu falta de algumas imagens do Alto Treze de Maio, que oferece uma das visões mais curiosa da Cidade do Recife.

Bem, eu gostei do comentário das duas, mas o da segunda me foi mais agradável, eu adoro sugestões, então tirei algumas fotos do Alto Treze de Maio, que aqui estão:















Essa foto me lembrou a música de Nação Zumbi que diz: "O sol nasce e ilumina as pedras evoluidas que cresceram com a força de pedreiros suicidas". Por trás das pedras evoluidas nasce as favelas onde moram os pedreiros suicidas, mas se você olhar do lado dos pedreiros quem está atras são as pedras...

















Essa faixa que começa depos dos prédios é o mar, nós não nos damos conta de como o mar está próximo de nossa cidade, o vento é constante em nossas vidas, como vai longe a influencia da maresia... é ótimo soltar os cabelos quando se está no topo do Alto e sentir o vento, ele é forte, há daí tb dá para ver o Estádio do Arruda, o quarto maior estádio particular do Mundo!!! Mas, em primeiro plano (eu acho) o que vemos é parte da subida que leva ao Alto!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu chodô!!!

Bem, desde os 18 anos que eu trabalho, o que não é uma coisa de outro mundo levando em conta que tem gente que perde a infância trabalhando e que eu fui trabalhar pq quiz (segundo a vontade do meu pai, eu ainda estaria sob a jurisdição dele)... Com 23 (quase 24) vejo que lá se foram cinco anos de trabalho mal remunerado, o que não é nenhuma coisa terrivelmente chocante uma vez que sou educadora.

No Brasil todos sabem que professor ganha mal, claro que não me conformo com essa situação, mas não me sinto vitíma dela uma vez que sempre soube dessa realidade e que AMO meu trabalho, desde aquele que desenvolvo com crianças de 2 anos até aquele que desenvolvo como formadora outros profissionais. Só que não é esse o chodô que quero comentar.

O fato que deu vontade de comentar, é a observação que já me acompanha por semanas é que observo que depois desse tempo de trabalho meus amigos, que começaram comigo a trabalhar, já conquistaram algumas coisas: alguns casaram com pompa, outros uma casa ou terreno popular também, ouve outros que compraram um carro popular e ainda os que se equiparam com aparelhos eletrônicos de alta tecnologia... e afinal de contas, eu me pergunto, "que diabos eu fiz com meu dinheiro?" "O que foi que construir como patrimônio para mim?"

Agora, enquanto eu concluia meus cinco minutos de estudo, me deu um estalo e eis que eu descobri qual é o meu patrimônio construido ao longo desses cinco pequenos anos de trabalho...

Eu construi uma pequena Biblioteca particular, minha biblioteca... rsrsrs... uma coisinha pequena e graciosa que se divide em três partes pela casa e que aos meus olhos é lindaaaaa... como não pensei nisso antes??? Vivo paquerando meus livros... eles são meus chodôs... meu investimento... pode parecer bobo, mas a verdade é que essa Biblioteca é meu maior bem e foi ela que eu construi nos últimos anos!

Aliás, pensando bem, ela é a realização dos meus sonhos de menina quando eu peregrinava pelas bibliotecas da escola onde estudava, de Casa Amarela e de Casa Forte!

Aliás [2], um ponto a destacar é a Biblioteca de Casa Amarela, ela é ótima, excelente mesmo, é clara, confortável, aconchegante, os funcionários não são chatos, vc pode pegar livro emprestado e o melhor é que se você estiver precisando descansar da sua própria casa pode ir para lá, pegar nem que seja um gibi e ler tranqüilamente aproveitando o silêncio que reina ao redor dela... Que saudade, tempo bom que não volta mais!!!

Mas, voltando a minha Biblioteca pessoal, ela é fofa demais, tem um pouco de tudo que eu gosto e um pouco do que não gosto também, mas que comprei por implicância ou ganhei por algum motivo... ela também é a cara de meus amigos... aiaiai... ninguém pode dizer que não construir nada... algo eu construir sim!!!

E, tal como os rapazes fotografam seus carros e colam em orkuts e afins, as noivas seus casamentos e algumas pessoas exibem seus acessórios altamente tecnológicos eu me dou ao direito de colar aqui as fotos de minha pequena, porém em estado de crescimento, biblioteca... e claro que com isso tenho o intuito de provar a mim mesma que não desperdicei dinheiro, apenas tinha um objetivo diferente dos que a maioria dos meus amigos tinham... E sonho é sonho, cada um tem o seu, eu acho, e cada um se esforça para torna-lo realidade... isso é o que importa... eu acho!

Parte 1: Livros, que já foram usados e vez ou outra gosto de ler...










Parte 2: Livros que estão sendo usados agora...








Parte 3: Livros que não estão sendo usados no momento...









Parte 4: A parte menos intelectualizada, esses livros eram para ser descartáveis, lidos e trocados, mas quem disse que tenho coragem de me desfazer deles...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um dia ensina a outro dia e uma noite revela conhecimento a outra noite...


Onten foi um dia terrivel, mas nada como um dia após o outro... dias ruins podem até deixar sua marca, mas decididamente vão da mesma forma com que vieram, meio que do nada... graças a Deus meu dia ruim deu lugar a um dia tranquilo e enquanto eu estava no meu trabalho, ainda um tanto preocupada, lembrei do Salmo 19, o meu Salmo preferido, um Salmo que me parece bastante adequado para pessoas como eu.

Deixo então alguns versículos desse Salmo que em momentos de ansiedade costuma me consolar, há, também deixo devo admitir o quanto esse espaço ajuda a desabafar sem perder o prumo e agradeço a Elaine pela palavra doce de compreensão que sempre é muitoooo bem vinda nesses momentos chuvosos...


SALMOS 19:

"Os ceús manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos,
Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite." (vers. 1)

"A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e da sabedoria aos simplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos." (vers.: 7,8)

"Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Também da sorbeba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim... sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e libertador meu." ( vers.: 12,14)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dias difíceis!!!
























Todos os dias são difíceis e em geral a vida não é fácil para ninguém, há até quem diga que "a vida só é dura para quem é mole", mas sempre existem aqueles dias que são tão piores que os outros...

Hoje foi o meu dia tão pior, estou exausta!!!

Estou cansada de tantas preocupações, a vida me preocupa e essa preocupação constante me cansa!

Minha irmã costuma dizer que eu já nasci preocupada, geralmente quando ela diz isso eu tenho vontade de dizer a ela que eu não nasci preocupada, ela é que inaugurou minhas preocupações ao nasce... mas eu não sei se isso é verdade, eu lembro que antes que ela nascesse eu já me preocupava com algumas coisas... rsrsrsrs... Preocupação e agunia parecem rotina na minha vida!!!

Gostaria de me desprender de tudo e curtir, largar os pesos pelo caminho... porém, largar não está em mim... Então me conformo em desabafar meu estado de preocupação no meu pequeno diário e me agarrar a minha sombrinha particular e me proteger dessa chuva... o sol vai voltar logo...

Alice no País das Maravilhas


Pois é, eu também li esse livro... Ooooh, como essa história está na moda muitas outras pessoas também devem está lendo e como é um clássico da literatura universal tantas outras devem ter lido em momentos anteriores, logo eu serei apenas mais uma a dizer de uma forma ou de outra que essa história é excelente.

Alice em sua caminhada para o país das maravilhas atrá de seu coelho branco nos conduz em uma aventura um tanto maluca, mas decididamente instigante, entre minha infância e adolescência li esse livros umas cinco vezes (e olha que eu era o tipo que lia livros emprestados da biblioteca) e ainda acho que foram poucas vezes e que não entendi tudo o que a história conta, lembro que foi uma leitura que ninguém me indicou eu apenas me encantei com o a capa do livro (essa que está ai em cima) e com as primeiras linhas da história e no final das contas me deparei com um livro é fantastico que me despertou pela primeira vontade de aprender outra língua para poder ter acesso a um livro em sua língua original (uma vontade que ainda não transformei em realidade por preguiça ou falta de tempo...).

Decididamente essa é uma a história que merece ser lida e relida, contada e recontada, comentada e recomentada e sem dúvida vez ou outra se torna a melhor forma de falar a respeito de algo importante, o que me faz lembrar de algo que recentemente um amigo me falou a respeito da eterna busca humana pela verdade, algo semelhante a jornada de Alice atrás do coelho branco, uma busca na qual é boa idéia fazer tal como Alice e seguir o coelho branco, sem deixar de eventualmente parar e tomar um chá com um chapeleiro maluco.

Na verdade desde o Natal de 2008 e o inicio de 2009 que eu penso em escrever algo sobre essa história, foi que uma amiga me perguntou o que eu queria ganhar de presente de aniversário e eu falei nesse livro, mas coisas aconteceram e mesmo ela sendo uma boa amiga acabou que fiquei sem o presente rsrsrsrsrs... que tristeza imensa rsrsrs... hoje me deparei com a promoção do Fio de Ariadne, um dos blogs que acompanho... e decidi que já era hora de transformar minha experiência com esse livro no tradicional amontoado incompleto de palavras que são minhas postagens.

E a proposito das aventuras de Alice, não posso ou quero esquecer de deixar aqui um dos textos mais lindos com o qual me deparei nos descaminhos da net, é um texto de Paulo Mendes Campos, um texto belissimo diga-se de passagem, que ai vai.

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Para Maria da Graça


Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.

Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.

A realidade, Maria, é louca.

Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: “Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?”

Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu no mundo?” Essa indagação perplexa é o lugar – comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.

A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: “Estou tão cansada de estar aqui sozinha!” O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.

Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial e temos a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.

Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria têm de ser grave.

A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: “Oh, I beg your pardon!” Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gosta de gatos, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: “Gostarias de gatos se fosses eu?”

Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: “A corrida terminou! mas quem ganhou ?” É bobice Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste.

Disse o ratinho: “Minha história é longa e triste!” Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: “Minha vida daria um romance”. Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance é só o jeito de contar uma vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: “Minha vida daria um romance!” Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.

Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: “Devo estar diminuindo de novo”. Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.

E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e de rinicerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom humor.

Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.

Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: “Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas”.

Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.

CAMPOS, Paulo Mendes. Para Maria da Graça in Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979.